Return to search

Efeitos da administração sistêmica aguda de cocaína nos hormônios ACTH, cortisol e prolactina de micos-estrela (callithrix penicillata)

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2007. / Submitted by wesley oliveira leite (leite.wesley@yahoo.com.br) on 2009-12-08T16:59:10Z
No. of bitstreams: 1
2007_DanielaLimaGoncalves.PDF: 1164033 bytes, checksum: 18dfa193c85680956315bccef9302271 (MD5) / Approved for entry into archive by Daniel Ribeiro(daniel@bce.unb.br) on 2009-12-23T22:14:02Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2007_DanielaLimaGoncalves.PDF: 1164033 bytes, checksum: 18dfa193c85680956315bccef9302271 (MD5) / Made available in DSpace on 2009-12-23T22:14:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2007_DanielaLimaGoncalves.PDF: 1164033 bytes, checksum: 18dfa193c85680956315bccef9302271 (MD5)
Previous issue date: 2007 / A cocaína, atuando sobre o Sistema Nervoso Central, induz alterações neuroquímicas,
fisiológicas e comportamentais. De fato, a administração deste psicoestimulante influência
diversas funções neuroendócrinas como, por exemplo, a ativação do eixo HPA e a inibição da
liberação de prolactina. Entretanto, os circuitos neurais ativados e as respostas fisiológicas e
comportamentais provocadas pela cocaína, assim como suas possíveis interações, ainda não
foram totalmente elucidadas. Desta forma, este trabalho teve como objetivo determinar os efeitos
da administração sistêmica aguda de cocaína sobre os hormônios adrenocorticotrópico (ACTH),
cortisol e prolactina em micos-estrela (Callithrix penicillata). Para tanto, foi dosada – por
imunoensaio com detecção quimioluminescente – a concentração plasmática/sérica dos
hormônios acima citados em nove micos adultos e ingênuos ao procedimento experimental. Este
consistiu em coletar, em intervalos de 7-dias, amostras de sangue de cada sujeito 30 e 60-min
após a administração ip de 10 e 20 mg/kg de cocaína, e após 0, 30 e 60-min pós-injeção ip de
salina. Ademais, os níveis basais de ACTH e cortisol foram determinados de 2 em 2 meses,
durante 6 meses após a última injeção da droga. A administração de 20 mg/kg de cocaína
aumentou a concentração plasmática basal de ACTH 30-min após a sua injeção, enquanto que
depois de 60-min foi observada uma diminuição significativa. Este psicoestimulante também
aumentou significativamente a concentração sérica de cortisol dos micos, porém apenas depois de
60-min da injeção de 20 mg/kg. Por outro lado, os níveis séricos de prolactina diminuíram
significativamente após a administração de ambas as doses da droga (10 e 20 mg/kg), sendo este
efeito observado 30 e 60-min pós-injeção. Por fim, um aumento persistente e gradual – mas não
significativo – foi observado na concentração plasmática de ACTH, principalmente 4 e 6 meses
da primeira injeção de cocaína, apesar da concentração circulante de cortisol ter permanecido
constante. A concentração dos hormônios avaliados não alterou significativamente após 0, 30 e
60-min da administração de salina. Ademais, os resultados não parecem ter sido influenciados
pela administração da droga/salina, coleta de sangue ou análises de imunoensaio
quimioluminescente. Contudo, a divisão dos sujeitos em grupos experimentais deve ser
considerada ao interpretar os dados de alguns hormônios (ex. prolactina). Portanto, os resultados
sugerem que a administração sistêmica aguda de cocaína induz alterações neuroendócrinas
significativas em micos-estrela, similares às observadas em outros animais. Estes efeitos
seguiram um padrão (temporal) distinto para cada um dos hormônios analisados, possivelmente
devido ao seu respectivo mecanismo de controle de liberação (ex. feedback negativo). Novos
estudos são necessários para melhor elucidar os efeitos neuroendócrinos – e seus mecanismos
centrais subjacentes – da administração de cocaína, visando possíveis novos alvos
farmacológicos para o tratamento de dependentes. ________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Cocaine, via its actions on the Central Nervous System, induces neurochemical,
physiological and behavioral changes. In fact, the use of this psycostimulant influences several
neuroendocrine functions, such as activation of the HPA axis and decrease in prolactin release.
However, the neural circuits activated and the physiological and behavioral responses induced by
cocaine, in addition to their possible interactions, have not been completely elucidated. Thus, the
present study aimed at determining the effects of an acute systemic cocaine administration on the
adrenocorticotropic hormone (ACTH), cortisol and prolactin circulating levels of black tufted-ear
marmosets (Callithrix penicillata). The plasma/serum concentrations of the aforementioned
hormones were dosed – by immunoassay with quimioluminescent detection – in nine adult and
experimentally naïve marmosets. For each subject, blood samples were collected at 7-day
intervals, 30 and 60-min after an ip injection of 10 and 20 mg/kg of cocaine, as well as 0, 30 and
60-min following the ip administration of saline. Furthermore, basal levels of ACTH and cortisol
were determined every 2-months, during 6 months after the last cocaine injection. The
administration of 20 mg/kg of this drug increased plasma ACTH concentrations 30-min
following its injection, while a significant decrease was observed after 60-min. This
psycostimulant also significantly increased the marmosets’ serum cortisol levels, although only
after 60-min of a 20 mg/kg injection. On the other hand, serum prolactin levels decreased
significantly after the administration of both cocaine doses (10 and 20 mg/kg), being this effect
observed 30 and 60-min post-injection. Lastly, a gradual and persistent non-significant increase
in plasma ACTH was observed, particularly 4 and 6 months after the first cocaine injection,
although the circulating levels of cortisol remained constant. The concentration of the hormones
analyzed 0, 30 and 60-min after saline administrations were also similar. Furthermore, the results
do not seem to have been influenced by the drug/saline injections, blood samplings or
immunoassay quimioluminescent analysis. However, when interpreting data for some hormones
(e.g. prolactina), the use of two experimental groups should be considered. The results, therefore,
suggest that an acute systemic cocaine administration induces significant neuroendocrine changes
in black tufted-ear marmosets, similar to previous results in other species. For each of the
hormones analyzed, the effects followed a distinct (temporal) pattern possibly due to specific
control mechanisms (e.g. negative feedback). Further studies are necessary to better elucidate the
neuroendrocine effects – and their underlying central mechanisms – of cocaine administration, as
new pharmacological target may be identified for the treatment of cocaine dependence.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/2898
Date January 2007
CreatorsGonçalves, Daniela Lima
ContributorsBarros, Marília
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0033 seconds