Return to search

Síndrome dos ovários policísticos e hiperprolactinemia : entidades distintas

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2006. / Submitted by Kathryn Cardim Araujo (kathryn.cardim@gmail.com) on 2009-11-13T12:22:31Z
No. of bitstreams: 1
2006_Roberpaulo Ferreira Barboza Filho.pdf: 1293895 bytes, checksum: 386715891e85723f3106284c2a2e89aa (MD5) / Approved for entry into archive by Marília Freitas(marilia@bce.unb.br) on 2010-01-12T19:37:02Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2006_Roberpaulo Ferreira Barboza Filho.pdf: 1293895 bytes, checksum: 386715891e85723f3106284c2a2e89aa (MD5) / Made available in DSpace on 2010-01-12T19:37:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2006_Roberpaulo Ferreira Barboza Filho.pdf: 1293895 bytes, checksum: 386715891e85723f3106284c2a2e89aa (MD5)
Previous issue date: 2006-07-06 / A síndrome dos ovários policísticos é a endocrinopatia mais freqüente em mulheres em idade reprodutiva, acometendo cerca de 5-10% dessas mulheres. Tem sido descrito que a síndrome dos ovários policísticos (SOP) estaria associada com hiperprolactinemia (prolactina > 27 ng/ml) de 5 a 30% dos casos. No entanto, a pesquisa sistemática do aumento da prolactina pode demonstrar outras causas que não a SOP. OBJETIVOS: Os objetivos deste trabalho foram: (1) analisar pacientes com síndrome dos ovários policísticos, diagnosticadas com os critérios atualmente aceitos para seu diagnóstico, e avaliar os seus níveis de prolactina; (2) pesquisar outras causas para o aumento da prolactina que não a síndrome dos ovários policísticos, nas pacientes com níveis de prolactina elevados e (3) comparar os níveis de prolactina das portadoras de síndrome de ovários policísticos com um grupo controle com resistência à insulina objetivando a definir se as mulheres com SOP, sem outras causas de hiperprolactinemia possuem níveis mais elevados de prolactina do que as controles. MÉTODOS: Foi realizado estudo analítico, retrospectivo, transversal, envolvendo pacientes portadoras de Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) e pacientes sem SOP com resistência à insulina, acompanhadas no Ambulatório de Ginecologia Endocrinológica do Hospital Universitário de Brasília (HUB), no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2005. Analisamos um grupo de 82 mulheres (grupo 1) (idade: 27,1±7,6 anos; idade menarca: 12±1,4 anos) com a SOP em que a presença de hiperprolactinemia foi pesquisada sistematicamente. O diagnóstico de SOP foi feito baseando-se em: história de alterações menstruais desde a menarca, presença de hirsutismo (índice de Ferriman 12±5) e ovários policísticos à ultrasonografia (presença de 10 ou mais cistos foliculares, com diâmetros variando de 2 a 10 mm e por estroma denso). Esse grupo foi posteriormente dividido, de acordo com os níveis de prolactina apresentados: um sesgundo grupo (grupo 2) de pacientes com diagnóstico de SOP hiperprolactinêmicas e um terceiro grupo (grupo 3) de pacientes com SOP normoprolactinêmicas. Os níveis de prolactina foram comparados com um grupo controle de mulheres com resistência à insulina (grupo 4) (n=42; idade = 29,2±8,2 anos). RESULTADOS: Encontramos 13 (15%) mulheres com níveis de prolactina (103,9±136 ng/ml) maior do que 27 ng/ml: 9 (69%) tinham tumor de hipófise e melhoraram com o uso da cabergolina; duas (15%) usavam anticoncepcional hormonal oral (PRL = 46 ng/dl e 55 ng/ml) e uma (7%) usava buspirona e tianeptina (PRL = 37,1 ng/ml) e com a retirada dos mesmos normalizaram a prolactina e uma (7%) tinha macroprolactina (PRL = 34,4 ng/ml). O nível médio de PRL nas 69 pacientes restantes foi de 12,1±5,5 ng/ml e não foi estatisticamente diferente daquele do grupo controle: 11,8±4,9 ng/ml. CONCLUSÕES: A pesquisa sistemática de outras causas para esses níveis elevados de prolactina evidenciou etiologia bem distinta que não a síndrome dos ovários policísticos, mostrando a necessidade de investigar as pacientes com maior rigor. Os níveis de prolactina das portadoras de síndrome de ovários policísticos, sem outras causas de hiperprolactinemia, são semelhantes àqueles do grupo controle com resistência à insulina. A associação de hiperprolactinemia e SOP em trabalhos anteriores provavelmente estava ligada à pesquisa inadequada da causa da prolactina alta.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/3137
Date06 July 2006
CreatorsBarboza Filho, Roberpaulo Ferreira
ContributorsMotta, Luiz Augusto Casulari Roxo da
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0027 seconds