O uso do tu no português brasiliense falado

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução, 2007. / Submitted by Camila Mendes (camila@bce.unb.br) on 2010-01-14T15:55:27Z
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Previous issue date: 2007 / O objetivo deste trabalho é analisar a variação tu/você entre falantes brasilienses descrevendo quais fatores lingüísticos e sociais condicionam a variação em diferentes faixas etárias. O estudo verifica se a variação nos pronomes de segunda pessoa acontece porque estes formam um par de pronomes do tipo T/V, segundo a definição proposta por Brown e Gilman (1960), e se o fenômeno em questão revela processo de mudança lingüística em progresso ou de gradação etária. O estudo foi realizado dentro dos pressupostos da sociolingüística variacionista descritos por Weinreich, Labov e Herzog (1968). São analisadas amostras de fala de pessoas de três faixas etárias, de 13 a 19 anos; de 20 a 29 anos; e de mais de 30 anos, nascidas em Brasília ou que tenham se mudado para a cidade com até cinco anos de idade. As amostras foram obtidas por intermédio de gravações de conversas espontâneas. O uso de entrevistas sociolingüísticas foi evitado porque o pronome tu tende a aparecer predominantemente em conversas informais em relacionamentos íntimos. A análise dos dados demonstra que a freqüência de uso de tu diminui com a idade, isto é, quanto mais velho o falante, menor a freqüência de uso deste pronome. Os homens usam mais tu que as mulheres. A escolha entre um e outro pronome é condicionada por fatores diversos nas diferentes faixas etárias. Entre falantes com menos de 30 anos, o uso de tu aparece com interlocutores da mesma idade principalmente como marca de intimidade, em momentos de descontração quando os interlocutores falam em tom de brincadeira e em observações irônicas. Os falantes mais velhos tendem a usar mais o tu para fazer brincadeiras. O estilo de vida do falante, entre alternativo e conservador, é também um fator importante, as pessoas com estilo alternativo usam mais tu que as conservadoras. Assim, os resultados apontam tanto para uma mudança em curso: os usos do pronome tu estão se expandindo; quanto para um caso de gradação etária: a freqüência de uso de tu diminui à medida que o falante se estabelece profissionalmente. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The aim of this research is to analyze the variation of the second person singular pronouns tu/você among speakers from Brasília, and describe the conditioning factors of the variation within different age groups. The study verifies whether the variation happens because these pronouns form a pair of the type T/V, according to the definition proposed by Brown and Gilman (1960), and whether it is a case of change in progress or a case of age grading. The study was carried out according to the principles of linguistic change described by Weinreich, Labov and Herzog (1968). Samples of speech of people born in Brasília, or that moved to the city before five years old, from three age groups were analyzed: from 13 to 19 years old; from 20 to 29 years old; and older than 30 years old. The samples were obtained by recording natural speech. Classical sociolinguistic interviews were not used because the pronoun tu tends to appear mainly in informal conversations of people in intimate relationships. The analysis of the data demonstrates that the frequency in the use of tu diminishes with the age, that is, the older the speaker, the lower the frequency of this pronoun. Men use more tu than women. The choice between one or the other pronoun is conditioned by different factors within each generation. Among speakers less than 30 years old, tu appears in interlocutors of the same age group as a mark of intimacy, in relaxed moments when speakers use a playful tone and in ironic observations. Older speakers tend to use tu more when making jokes towards each other. The lifestyle of the speakers, between alternative and conservative, is also an important factor; alternative people use more tu than conservative ones. The results point not only to a change in progress: the uses of tu are expanding, but also to age grading: the frequency of tu gradually diminishes when speakers start their professional lives.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/3255
Date January 2007
CreatorsDias, Edilene Patrícia
ContributorsScherre, Maria Marta Pereira
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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