Return to search

A zona greisenizada principal do maciço estanífero Mangabeira (GO): geologia, petrologia e ocorrência de indio (In)

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 1993. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2012-02-09T15:30:03Z
No. of bitstreams: 1
1993_MarciaAbrahaoMoura.pdf: 4250774 bytes, checksum: 70172118990bdf53bf591a5173eea4c0 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2012-02-10T12:05:06Z (GMT) No. of bitstreams: 1
1993_MarciaAbrahaoMoura.pdf: 4250774 bytes, checksum: 70172118990bdf53bf591a5173eea4c0 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-02-10T12:05:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
1993_MarciaAbrahaoMoura.pdf: 4250774 bytes, checksum: 70172118990bdf53bf591a5173eea4c0 (MD5) / O Maciço Mangabeira localiza-se na Subprovíncia Paranã, pertencente à Província Estanífera de Goiás. Ele é predominantemente constituído de um biotita granito rosa, do
tipo A, de idade médio-proterozóica, além de granitos evoluídos e greisens. A Zona Greisenizada Principal (ZGP) do Maciço é
composta de diferentes fácies de granitos (granito róseo g2d; granito à albita e topázio; e leucogranito) ; greisens e
de uma rocha à quartzo e topázio, anómala em In. As rochas encaixantes são granitos e ultramilonitos de composição granítica, provavelmente do Arqueano/Proterozóico Inferior. A distinção entre os fácies graníticos dá-se com base em dados petrográficos e químicos, sendo o estudo de
micas fundamental na caracterização das rochas da ZGP, onde aqueles filossilicatos se dividem em três grupos: A, B e C,
que definem a série fengita-zinnwaldita, somente identificada nas rochas da Subprovíncia Estanífera do Paranã. As micas do grupo A, representadas por zinnwalditas,
são ricas em FeO (>8.9%), F (>6.0%), Rb, Li e Mn e pobres em Al. As micas do grupo B são fengitas aluminosas, com teores de FeO entre 5 e 9.5% e F, entre 0.5 e 4.5%. Possuem baixos conteúdos de Rb, Li e Mn e alto Al. O grupo C compreende as micas não classificadas dentro dos grupos A e B. São as
fengitas litiníferas, com teores de F, FeO, Mn, Al, Li e Rb intermediários entre os daqueles dois grupos. O granito g2d, róseo, equigranular médio, possui fengita aluminosa e representa o fácies menos evoluído da
família de granitos g2 na ZGP. Quimicamente, caracteriza-se por ser pobre em F, Li, FeO, A1203/ Rb, Zn e Sn, e por ter altos teores de Ba e Sr. Seu padrão de terras raras é plano, com uma acentuada anomalia negativa de Eu. O granito à albita e topázio (GAT), equivalente aos topázio - Li-mica granitos, contém fengita litinífera e/ou zinnwaldita e é rico em topázio, que pode ocorrer como
grãos grandes ou sob a forma de diminutas inclusões em albita. Ele derivou do granito g2d por diferenciação magmática e seus teores de F, Li, FeO, A1203, Rb, Zn, Sn e
Ta são mais elevados que os daquele granito. Possui, ainda, teores mais baixos de Ba e Sr é seus padrões de terras raras denotam um empobrecimento em terras raras pesadas.
O GAT e o granito g2d foram submetidos, a um forte metassomatismo de percolação, que os transformou em granitos greisenizados e albitizados e em greisens. Posteriormente,
durante o ciclo Brasiliano, as rochas da ZGP foram submetidas a cisalhamento. O greisen originado a partir do granito g2d contém
fengita aluminosa na sua moda, enquanto a mica do greisen do GAT é .a zinnwaldita .
0 leucogranito (LGR), de cor cinza, granulação média a grossa, contém fengita aluminosa. Esse granito não apresenta características típicas da série g2 ou gl e ainda é pouco conhecido. A rocha à quartzo e topázio (RQT), semelhante aos topazitos, ocorre associada ao GAT. Ela é composta de quartzo, topázio (como grãos grandes ou incluso em quartzo ou topázio) , zinnwaldita, arsenopirita e cassiterita, além
de poder conter escorodita, esfalerita, wolframita, löllingita, calcopirita, bismutinita, galena, estanita, tennantita, yanomamita (InAs04. 2H20) e diversos arseniatos: de Sn, U, Ba, K, Pb ou Bi. Quimicamente, caracteriza-se por
conter elevados teores de Si02, A1203, F e Cu e baixos teores de Na20, K20, Rb, Ba, Sr e Li. Seus padrões de terras raras são semelhantes aos do g2d. Os processos tardi/pós-magmáticos que afetaram as
rochas da ZGP provocaram a mobilidade de diversos elementos. Houve aumento de FeO, MnO, F, Zn, Li, Rb, Be, Sn, W, Si02,
A1203, Fe2o3, P205, CaO, Y e Zr durante as transformações dos granitos,- K20, MgO, Ba, Sr, Cu, Ti02, Na20 e Nb foram ora
adicionados ao sistema ora dele retirados; e Ta e Th foram pouco móveis. Dentre as terras raras do granito g2d, apenas o Gd, Dy, Ho e Er foram pouco móveis, sendo que o Gd
apresentou mobilidade praticamente nula.
Teores anômalos de In foram obtidos na RQT, os quais podem chegar a 0.4%. O elemento concentra-se na escorodita, esfalerita, cassiterita e estanita, bem como nos
dois minerais de In identificados, yanomamita e roquesita (CuInS2) . A yanomamita ocorre sempre associada à escorodita, o que sugere a existência de solução sólida entre aqueles minerais, ao passo que a roquesita está intercrescida com a esfalerita, com quem possivelmente forma uma solução sólida. Esta relação foi anteriormente sugerida na literatura mas
jamais havia sido observada. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Mangabeira Massif is located at the Paranã Subprovince, which belongs to the Goiás Tin Province. It is constituted
of an A-type mid-Proterozoic biotite granite, evolved granites and greisens.
The Main Greisenized Zone (ZGP) is composed of different granite facies (a purple granite, g2d; albite and topaz granite; and leucogranite) , greisens and of a quartz-topaz rock, with anomalous indium contents. The country rocks are granites and ultramylonites of granitic composition,
probably of Arquean/low-Proterozoic age. Micas are important in the characterization of each facies and comprise three
groups: A) zinnwaldite, B) aluminous phengite, and C) lithium phengite. These groups define a phengite-zinnwaldite
series, so far only described in the Paranã Subprovince rocks. The g2d granite contains aluminous phengite and represents
the less evolved granitic facies of the g2 family. It has low F, Li, FeO, A1203, Rb, Zn and Sn and high Ba and Sr contents, when compared to the other ZGP rocks. It has a
flat REE pattern with strong negative Eu anomaly. The albite and topaz granite(GAT), similar to topaz - Limica granites kwown elsewhere, contains lithium phengite or
zinnwaldite in its modal composition. It is rich in topaz, which can occur either as large grains or as small euhedral
inclusions in albite crystals. The GAT has derived from the g2d granite by magmatic differentiation and is richer in F,
Li, FeO, A1203, Rb, Zn, Sn and Ta than g2d. It also has lower Ba and Sr contents and a REE pattern showing depletion in heavy rare earth elements. Both g2d and GAT underwent a
strong infiltration metassomatism, which transformed them in albitized and greisenized granites and greisens. Later on,
during the Brasiliano cycle, the ZGP rocks were affected by shearing. The g2d greisen has aluminous phengite, while that formed by
the GAT transformation contains zinnwaldite.
The leucogranite (LGR) , gray, médium to gross grained, contains aluminous phengite. This granite cannot be classified neither as taking part of the g2 family nor of
gl, and is yet poor kwown. The quartz-topaz rocks occur together with the GAT and look
like topazites. The rocks are mainly composed of quartz, topaz (as large grains or as small inclusions in quartz and
topaz) , zinnwaldite, arsenopyrite and cassiterite, but can also contain scorodite, sphalerite, wolframite, loellingite,
chalcopyrite, bismutinite, galena, stannite, tennantite and hydrated arsenates: Sn, U, Ba, K, Pb and Bi arsenates. Geochemically, the RQT is characterized by having low Na20,
K20, Rb, Ba, Sr. and Li, and high Si02, A1203, F and Cu. Íts REE pattern is similar to those obtained for the g2d granite.
The late/pos-magmatic processes that affected the ZGP rocks caused the mobility of many elements. FeO, MnO, F, Zn, Li,
Rb, Be, Sn, W, Si02, AI2O3, Fe2O3' P2O5' CaO,Y and Zr were gained during the transformations, while Ta- and Th behaved
as less mobile elements. Other elements were sometimes gained and sometimes lost during the processes. Analysed REE had different degrees of mobility. The LREE, Yb and Lu were
much mobile and Gd, Dy, Ho and Er had low mobility, being Gd the less mobile REE.
Anomalous In contents were found in the RQT (up to 0.4%), which are the highest indium contents in rock ever described. The main In carrier is scorodite, averaging 2%In
and being widespread in RQT. Other important In carriers are cassiterite, sphalerite and stannite. Two In minerais were
identified during the present study: yanomamite, an hydrated arsenate of In (InAs04.2H20) and roquesite, an indium-copper
sulphide (CuInS2) . The first one is always related to scorodite (FeAs04.2H20) , suggesting a solid-solution between
them. Roquesite is intergrown with sphalerite, possibily forming a solid-solution with it.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/9946
Date January 1993
CreatorsMoura, Márcia Abrahão
ContributorsBotelho, Nilson Francisquini
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0033 seconds