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Avaliação dos simbióticos em modelo animal de sepse pediátrica

Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde para a obtenção do
título de Doutor em Ciências da Saúde. / A sepse é uma síndrome clínica muito comum, atingindo também a
população pediátrica. É considerada uma das principais causas de
morbidade e mortalidade em recém-nascidos prematuros. A característica
marcante dessa doença é o desequilíbrio da resposta inflamatória. Tem
sido proposta uma relação entre sistema imunológico e o microbioma.
Este estudo tem como objetivo investigar os efeitos dos simbióticos sobre
a inflamação sistêmica induzida em modelo animal de sepse pediátrica.
Os animais foram suplementados por 15 dias consecutivos com prebiótico
fruto-oligossacarídeos (FOS), probióticos (bifidobacterium bifidum,
lactobacillus rhamnosus, lactobacillus casei, lactobacillus acidophilus)
ou simbióticos. No 15o dia os animais foram submetidos a indução de
endotoxemia pela administração de lipopolissacarídeo de Escherichia coli
(LPS). Posteriormente avaliou-se o dano oxidativo, através da
mensuração dos níveis de TBARS, carbonil e nitrito/nitrato e a
inflamação sistêmica através da atividade de mieloperoxidase (MPO) e
citocinas IL-1, IL-6 e TNF-α, em cérebro, rim, pulmão e intestino. Foi
determinada também a presença de crescimento bacteriano nos
linfonodos mesentéricos. Em seguida, avaliou-se o papel da microbiota
intestinal através de transplante de microbiota fecal (TMF), em dois
modelos de sepse, LPS e zimosan. Os animais doadores de fezes
receberam suplementação prévia de duas cepas de probióticos
(lactobacillus rhamnosus e casei), por 15 dias consecutivos. Avaliou-se
os mesmos parâmetros de dano oxidativo e inflamação sistêmica já
citados e nos mesmos tecidos, avaliou-se a lesão tissular através de
histologia. No geral, os resultados mostram que o tempo de tratamento de
15 dias teve um efeito protetor mais eficaz do que o tempo de sete dias.
Quando avaliado o papel protetor das diferentes cepas de simbióticos,
percebe-se que em cada tecido, e em cada marcador, as cepas tiveram
comportamentos diferentes. Observa-se no tecido intestinal que os
simbióticos parecem ter um maior efeito protetor nos marcadores
avaliados. Já no tecido pulmonar esse efeito parece ser uma consequência
dos lactobacillus rhamnosus. No tecido renal destaca-se os lactobacillus
casei, acidhophilus e os simbióticos (conforme o marcador avaliado).
Entretanto, no cérebro fica menos evidente qual cepa teve a maior
participação na proteção desse tecido. Quando avaliado o papel da
microbiota intestinal através do TMF, observa-se que todos os
tratamentos com transplante fecal tiveram efeitos protetores,
independente da administração prévia de probióticos aos grupos doadores
de fezes. Os resultados demonstram que as cepas probióticas diferem s

ignificativamente entre si, tendo diferentes efeitos sobre a saúde do
hospedeiro. Sendo assim, não se pode extrapolar os resultados obtidos
entre diferentes cepas. É importante ressaltar o papel da microbiota
intestinal per se, pois os resultados do presente estudo mostram uma
proteção, sobre os parâmetros inflamatórios e de dano oxidativo, no TMF,
independente da administração prévia de probióticos. Com base nestes
resultados pode-se concluir que os simbióticos e o TMF podem oferecer
um benefício imunomodulatório adicional ao tratamento medicamentoso,
e assim podendo ser uma nova alternativa terapêutica em pacientes
pediátricos com sepse.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unesc.net:1/5009
Date January 2017
CreatorsÁvila, Pricila Romão Marcondes
ContributorsRitter, Cristiane, Pizzol, Felipe Dal
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UNESC, instname:UNESC, instacron:UNESC
CoverageUniversidade do Extremo Sul Catarinense
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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