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A educação especial na rede publica estadual de Belo Horizonte : redescobrindo Helena Antipoff

Orientador: Cecilia Azevedo Lima Collares / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-07-22T01:30:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1997 / Resumo: Este estudo tem como objetivo compreender as causas da segregação nas Escolas Especiais da rede pública estadual de Belo Horizonte, ou melhor, o seu isolamento, enquanto instituição, mantendo uma educação paralela. Enquanto permanece como instituição fechada, como um LUGAR, especialistas e demais profissionais exercem um poder sobre os deficientes, ou desviantes, de natureza autocrática e patemalista, principalmente em se tratando dos deficientes mentais. Esse poder se manifesta de diferentes formas, incluindo a política institucional, o tipo de tratamento a que serão submetidos os "clientes", não só em termos clínicos, como também educacionais, implicando uma modalidade de instituição que, ao mesmo tempo que se preserva como tal, garantindo uma nova geração de deficientes e especialistas, controla esses indivíduos para que fiquem em seu "lugar" - à margem da comunidade - e não ameacem a estabilidade do sistema. Nesse contexto, são avaliados dois momentos históricos aparentemente divergentes - décadas de 30 e de 80 ., mas que na verdade convergem, especialmente no que se refere ao explícito compromisso com a mudança. Um compromisso que na área educacional se manifesta na prática educativa que absorve os ideais políticos desses dois momentos históricos. A década de 30 é rememorada a partir dos elementos que são levantados no próprio ambiente educacional de Escolas Especiais de hoje, que neste trabalho dão direção e movímento ao texto histórico. Enquanto institucionalizadora da Educação Especial em Minas Gerais, a década de 30 tem em Francisco Campos o personagem idea1izador de uma mudança, a qual prevê uma dinâmica de democratização do ensino, mas traz implícita em seu processo os critérios de seletivídade no interior da escola. Outro personagem que se destaca é a psicóloga Helena Antipoff, que nesse cenário desempenha um papel de protagonista, uma vez que foi ela quem implantou e implementou a Reforma do Ensino Público em Minas Gerais. Esses personagens, nesse momento histórico, encontram na filosofia da Escola Nova todo o embasamento de que precisavam para fazer valer a mudança, pretendida na época. O papel de Antipoff se define melhor através de concepções tidas na época como "revolucionárias", no entanto apropriadas à construção de um arquétipo de Escola Especial. Quanto à década de 80, nela se destaca um movímento . o I Congresso mineiro de Educação - que, pautando-se também em ideais democráticos, buscou uma renovação da prática educativa. Através dessa renovação, procurou-se atingir o sistema educacional como um todo, de forma tangencial a Educação Especial, a qual se vê incrustada de assistencialismo e protecionismo, o que a impede de exercer uma pedagogia integradora. Assim, é implantada uma "Nova" Política de Educação Especial, através da qual se procurou desmontar uma estrutura já consolidada, não só em termos de conceitos e formas de educar, mas também em relação a toda cultura organizacional da escola. Entretanto, isso não aconteceu. Percebe-se que existem impedimentos em vírtude do já construido; melhor dizendo, há a constatação da influência que o passado exerce no movimento da Educação Especial. Embora esse passado não seja mencionado, as ações que dele emanam e a ele estão incorporadas dificultam hoje vísões mais abertas. O papel de Helena Antipoff, neste cenário, mereceu destaque especial, uma vez que é nas idéias dela que ainda hoje se apoiam as estruturas da Escola Especial em Minas Gerais / Abstract: The main purpose of this study is the comprehension of segregation causes observed at the Special State Schools of the Public Education System of Belo Horizonte (Minas Gerais), i. e., its isolation as an institution, maintaining a parallel education . Since theses schools are considered to be close institutions, in the sense of Locus, specialists and others professionals exert a autocratic and patemalist power over handicapped individuaIs and their relatives, and especially over the feeble-minded. This power expresses itself in different manners. including the institutional politics and the type of treatment dispensed to the "clients" in clinical and educational terms. This implies a new modality of institution that both preserves itself, guaranteeing a new generation of pupils and specialists, and controls these individuaIs, maintaining them in their own "space", - excluded from the society -, not disturbing the system's stability. In this context, two apparently divergent historic moments (the thirties and the eighties) were analyzed, since they actually converge, specially in regard of the compromise with the change in both periods, i. e., a compromise with the educational practice which absorbed the politic ideaIs of these two historic moments. The 30's are compared with elements found in surveys made in today's Special School Educational Environment, which indicate the direction and movement of the historic texto The institutionalization of Special Education in Minas Gerais happened in the 30's and its idealizator, responsible for the change, was called Francisco Campos. He foresaw a teaching democratization dynamic, that implies in its process the criteria of selectivity inside the school. Another important personality was the psychologist Helena Antipoff, who happened to be a main character at that time, since she was responsible for tlle implementation of the Public School Reform in Minas Gerais. These two people found in the New School Philosophy the necessary rationale in order to justify the changes desired at that time. Antipofl's role can be better defined through the concepts of her time, considered then as "revolutionary"; however, these concepts were suitable for the construction of a special school archetype. In the 80's, one notorious event can be emphasized which was based on democratic ideaIs and which was in quest of an Educational Practice Reform: the "I Congresso Mineiro de Educacão" (the 1st Education Congress of Minas Gerais). It was through this reform that it was tried to reach the educational system on the whole, and particularly Special Education, which finds itself encrusted with assistencialism and protectionism, obstructing the practice of a pedagogy of integration. In this marnler, a new politic for Special Education is implanted that tries to pull down a consolidated structure discussing the teaching concepts and methods related to the cultural and organizational process in school. However, this did not happen. We perceive that there are some obstacles on account of pre-established ideas and actions, i. e., there is evidence of the power of the past over the activities in Special Education. Although the past is not mentioned, the actions which come from it and belong to it are nowadays considered to be a hindrance for more open point of views. In this context, the special role of Helena Antipoff deserves to be mentioned, since the structures of Special School in Minas Gerais are based on them until today / Mestrado / Psicologia Educacional / Mestre em Educação

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/252759
Date25 February 1997
CreatorsCampos, Maria Imaculada
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Collares, Cecília Azevedo Lima, 1938-
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format124f., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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