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Os comunistas e a estrutura sindical corporativa (1948-1952) : entre a reforma e a ruptura

Orientador: Armando Boito Junior / DissertaçãO (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / O exemplar do AEL pertence a Coleção CPDS / Made available in DSpace on 2018-07-21T13:24:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1996 / Resumo: Este trabalho analisa a política sindical do PCB entre 1948 e 1952, especialmente as suas posições em relação a estrutura sindical estatal criada no pós-30. Além do estudo da bibliografia referente à política do PCB no período, me concentrei nos documentos oficiais do próprio partido e na sua imprensa. Constatei uma contradição entre o conjunto das memórias dos militantes comunistas, que serviram de base para a construção de uma história do PCB, e os documentos produzidos por esse mesmo partido no período. A principal característica de toda essa produção é uma avaliação bastante negativa da política sindical do PCB neste período. As principais críticas se dirigem às tentativas de formação de associações profissionais à margem da estrutura sindical oficial. Essa política teria sido, segundo esses autores, responsável pela perda de influência dos comunistas junto às massas trabalhadoras urbanas. Porém, os meus estudos sobre a política sindical do PCB me levaram a conclusões bastante diversas. Primeiro, podemos afirmar que a política de construção de organizações de trabalhadores à margem da estrutura oficial não teve como objetivo a construção de uma outra estrutura sindical paralela de caráter permanente. Essa foi a forma encontrada para acumular forças no sentido de reconquistar os sindicatos oficiais. A minha pesquisa não indicou também que a política adotada pelos comunistas tenha sido diretamente responsável pelo descenso da lutas de massas e pela perda de influência dos comunistas junto aos trabalhadores urbanos. Em geral tais teses tenderam a subestimar o papel desempenhado pela repressão ao movimento operário durante o governo Dutra e superestimar a adesão ao sindicato oficial. Minha tese aponta no sentido oposto: sustento que, nas condições colocadas para o movimento operário, naquela conjuntura, a constituição de associações profissionais e de organizações nos locais de trabalho foi a melhor forma de manter os trabalhadores minimamente organizados. Sustento também que não seria correta a visão de que nos sindicatos oficiais estivessem as massas operárias e que, portanto, as associações livres seriam entidades paralelas e divisionistas e por esse motivo não atraíam os trabalhadores. Concluo que este foi um período em que os comunistas chegaram mais perto de romper com o que se convencionou chamar de ideologia do populismo sindical. Mas, a conjuntura, no geral, desfavorável para a classe operária (aumento da repressão) e os limites da crítica comunista à estrutura sindical estatal (como indica a sua omissão quanto aos mecanismos de outorga) impossibilitaram que os comunistas pudessem substituir essa estrutura corporativa e tutelada por uma outra assentada no sindicalismo livre / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Ciência Política

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/281707
Date21 July 2018
CreatorsBuonicore, Augusto Cesar
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Boito Junior, Armando, 1949-, Junior, Armando Boito, Araujo, Angela Maria Carneiro, Antunes, Ricardo, Batalha, Claudio Henrique de Moraes
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format260f., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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