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Dose de risco de fluorose dental a que são submetidas crianças em região de agua fluoretada : avaliação do efeito da temperatura ambiental e da exposição a dentifricios fluoretados

Orientador: Jaime A. Cury / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Made available in DSpace on 2018-08-12T01:41:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2000 / Resumo: Tendo em vista a preocupação com o aumento da prevalência da fluorose dental, todas as fontes e fatores que podem contribuir para uma exposição sistêmica a flúor devem ser estudados. Em região de água fluoretada um fator importante é a temperatura ambiental, principalmente em países tropicais. Quando da existência de fluoretação da água a exposição a dentifrícios fluoretados é relevante, devido à ingestão inadvertida por crianças em idade de risco de fluorose dental. O limiar, em termos de risco, tem sido considerado uma dose entre 0,05 a 0,07 mg F/kg/dia. No presente trabalho foi avaliado o efeito da temperatura ambiental na dose de flúor a que são submetidas crianças pela exposição à água fluoretada nas quatro estações do ano. Avaliou-se também a contribuição da escovação com dentifrício fluoretado para a dose total de exposição. Após aprovação pelo Comitê de Ética da FOP-UNICAMP e realização de um estudo piloto com 5 voluntários da creche da FOP-UNICAMP, foram selecionadas 33 crianças entre 20 e 30 meses de idade de uma creche municipal de Piracicaba/SP, as quais bebiam e comiam alimentos preparados com água de abastecimento público. Para a determinação da dose total de exposição ao flúor, foi feita a coleta da dieta-duplicada (sólidos e líquidos) e dos produtos da escovação nas quatro estações do ano. A extração de flúor dos alimentos, sólidos e líquidos da dieta, foi feita pela técnica de microdifusão facilitada por HMDS. A quantidade de flúor ingerido pela escovação foi calculada subtraindo-se a quantidade de flúor recuperada (expectoração e lavagem da escova) da utilizada (calculada em função do peso de dentifrício e determinação da quantidade de flúor solúvel no mesmo). As análises de flúor foram feitas com eletrodo específico, Orion 96-09. A dose a que as crianças foram submetidas foi calculada dividindo-se a quantidade (mg) de flúor ingerida por dia pelo peso (kg) das mesmas. Os resultados da concentração de flúor na água (ppm F HzO), temperatura ambiental (°C), dose (mg F/kg/dia) devido à dieta (DoDi), dentifrício (DoDe) e total (DT), respectivamente na primavera, verão, outono e inverno, foram: 1) ppm F HzO: 0,56+0,07a; 0,54+0,07 a; 0,66+0,12 b e 0,66+0,08 b. 2) °C: 22,7(16,8-28,5); 25,3(19,5-31,2); 17,2(9,7-24,8) e 18,1(10,3-25,9). 3) DoDi: 0,042+ 0,009 a; 0,039+0,009 a; 0,039+0,014 a e 0,039+0,014 a. 4) DoDe: 0,058+0,046 a; 0,052+0,020 a; 0,049+0,021 a e 0,054+0,026 a. 5) DT: 0,094+0,049 a; 0,091+0,024 a; 0,087+0,019 a e 0,092+0,032 a, sendo que médias seguidas de letras distintas diferem estatisticamente (p<0,05).Conc1ui-se que: 1) Nas condições de variação de temperatura deste trabalho (17-25 °C), não houve variação significativa na dose de flúor a que foram submetidas as crianças entre as estações do ano. Entretanto, a concentração de flúor na água foi cerca de 20% menor nas estações mais quentes, mascarando o efeito da maior quantidade de líquido ingerido e por conseguinte de flúor. Se na primavera-verão ela tivesse se mantido em tomo de 0,66 ppm F, a dose devido à dieta teria aumentado de 0,04 para 0,05 mg F/Kg/dia o que poderia representar um aumento de 0,2 no índice de fluorose da comunidade; 2) As crianças foram submetidas a uma dose total de flúor pela dieta+dentifrício superior ao limite de 0,05-0,07, em todas as estações. Assim, para maior segurança em termos de fluorose dental são sugeridas alternativas para estudo e posterior avaliação: a) Utilizar por escovação uma quantidade máxima de 0,3 g de dentifrício, mantendo a concentração convencional de 1100 ppm F; b) Reduzir a concentração do dentifrício para 600 ppm de flúor solúvel; c) Reduzir a concentração de flúor da água para 0,3 ppm F. Dentre estas, a utilização de quantidades reduzidas de dentifrício parece ser a mais apropriada em termos de riscolbenefício / Abstract: Considering the concem about the increase in dental fluorosis prevalence, all sources and factors that can contribute to systemic exposure to fluoride must be investigated. In fluoridated regions, temperature is an important factor, especialIy in tropical countries. The use of fluoridated dentifrices is also important because children, mainly those in the age of risk for dental fluorosis, ingest a lot of them during the brushing. In terms ofrisk, the threshold of 0.05 to 0.07mg F/ body weight/ day has been considered. This study evaluated the effect of environmental temperature on fluoride dose to which children were exposed due to fluoridated water, in the four seasons of the year. The contribution of toothbrushing with fluoride dentifrice was also determined. After local ethical committee approval and a preliminary study with five children during two seasons, 33 children (aged 20 to 30 months)from a local day nursery were selected for the final study. They drunk and ate food prepared with fluoridated water. To determine the total dose of fluoride exposure, duplicate-plate samples (solids and liquids) and products :from toothbrushing were collected, in the four seasons of the year. Fluoride from diet samples was extracted by HMDS-microdifusion method. The intake of fluoride from toothbrushing Was calculated by subtracting the amount of F recovered (expectorated and afier washing the fuush with distilled water) from the amount originally placed on each child's brush. Dose Was calculated through the division of fluoride intake during one day (mg F) by children's weight (kg). Fluoride analyses were done using F-specific electrode (Orion 9609). The results from fluoride concentration in drinking water (ppm F H2O), temperature (°C), dose (mg F/ kg/ day) deriving from diet (DoDi), dentiftice (DoDe) and total (DT), respectively in spring, summer, falI and winter, were: 1) ppm F H2O: 0.56+ 0.07 a, 0.54+ 0.07 a, 0.66+ 0.12 b and 0.66 +0.08 b. 2) °C: 22.7(16.8-28.5); 25.3(19.5-31.2); 17.2(9.7-24.8) and 18.1(10.3-25.9). 3) DoDi: 0.042+ 0.009 a; 0.039+0.009 a; 0.039+0.014 a and 0.039+0.014a. 4) DoDe: 0.058+0.046 a; 0.052+Q.020 a; 0.049+Q.021 a and 0.054+0.026 a. 5) DT: 0.094+0.049 a; 0.091+0.024 a; 0.087+0.019 a and 0.092+0.032 a. Values followed by distinct letters are statistically different (p<0.05). It can be concluded that: 1) considering temperature variation in this study (17 - 25°C), there wasn't a significant variation on fluoride dose to which children were submitted during the seasons of the year. However, fluoride concentration in drinking water was about 20% lower during the hottest seasons (spring and summer), masking the effect of larger amount of liquid intake and so, fluoride intake. If, during the hottest seasons, fluoride in drinking water had been 0.66 ppm, dose would have beco me 0.05 rng FI kgl day (instead of 0.04 mg F/ kg/ day), what would mean an increase of 0.2 in the fluorosis community index. 2) Children were exposed to a total dose deriving from diet and dentifrice that was above the threshold of 0.05 - 0.07 mg F/ kg/ day. Therefore, for safety in respect to dental fluorosis, three options are suggested for survey and latter evaluation: a) use reduced amounts of dentifrice (0.30 g) per brushing, maintaining the standard fluoride concentration of 1100 ppm F; b) develop dentiftices with lower fluoride concentration (600 ppm F); c) reduce fluoride concentration in drinking water to 0.3 ppm F. Among them, using reduced amounts of dentifrice seems to be the most appropriate option nowadays, considering the relation between risks and benefits of fluoride use / Mestrado / Farmacologia, Anestesiologia e Terapeutica / Mestre em Odontologia

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/289264
Date12 August 2018
CreatorsLima, Ynara Bosco de Oliveira
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Cury, Jaime Aparecido, 1947-, Narvai, Paulo Capel, Rosalen, Pedro Luiz
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format141 p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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