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Alcool e drogas na esquizofrenia

Orientador: Paulo Dalgalarrondo / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-07-26T04:59:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2000 / Resumo: O objetivo deste trabalho é estudar o fenômeno do uso de álcool e drogas ilícitas (maconha e cocaína) na esquizoftenia. Trata-se de estudo comparativo, casocontrole, de dois grupos de esquizoftênicos pareados para sexo e idade, que preencheram os critérios diagnósticos do DSMIV para esquizoftenia. O grupo caso é definido por esquizofrênicos que têm história de ter feito uso de álcool, pelo menos no último mês e/ ou história de ter feito uso de drogas (maconha e cocaína), pelo menos alguma vez na vida e também no último ano. O grupo controle é definido por pacientes esquizoftênicos sem esse antecedente de uso de álcool e/ ou drogas. A amostra foi composta por 15 pacientes por grupo, internados na enfermaria de Psiquiatria do HC-Unicamp, ou matriculados no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) da Prefeitura Municipal da cidade de Campinas. Foram estudadas variáveis demográficas, histórico psiquiátrico, psicopatologia (Escala PANSS, CGI), funções cognitivas (MMSE, Teste de.Fluência Verbal, EIWA e Memória Lógica), funcionamento global (GAS) e familiar (GARF), tratamento farmacológico, sintomas extrapiramidais (ESRS, UKU), qualidade de vida (QLS) e impressão subjetiva do paciente em relação à medicação (DAI-30 e SSAS), às drogas e ao álcool (SSAS). Os grupos foram comparados utilizando-se o teste de Wilcoxon para amostra pareada para as variáveis contínuas e o teste Qui-quadrado de Stwart-Maxwell e teste de MacNemar para as variáveis categoriais. Os resultados demostram que os pacientes esquizoftênicos que usam álcool e/ou drogas têm tendência a melhor desempenho escolar e a apresentar menos anedonia. No entanto, têm pior adaptação social, tendem a tentar mais o suicídio e fazem maior uso de tabaco. Estes pacientes, com o uso da medicação, sentem-se subjetivamente mais "alienados", mais "xarope", mais "zoró" e mais "robô". Alémdisso, eles têm objetivamente mais sintomas extrapiramidais e piora dos sintomas negativos, com o uso da medicação. Nos pacientes do grupo caso, o tempo de uso de agentes antiparkinsonianos, no tratamento atual, foi significativamente menor que o tempo de uso no grupo controle. Isto não se deve ao tempo de doença, que não foi diferente para os dois grupos, tampouco, se deve ao tempo de uso de antipsicóticos tanto no tratamento atual como no anterior, que também não foi diferente para os dois grupos; e nem mesmo a presença de menos sintomas extrapiramidais, que ao contrário, foi objetivamente maior no grupo caso. Isso, permitiunos concluir que, neste estudo, os pacientes do grupo caso podem estar fazendo uso de álcool e/ ou drogas para atenuar os efeitos extrapiramidais da medicação antipsicótica. Este achado, reforça a teoria do modelo da automedicação, que postula que os pacientes esquizoftênicos fariam uso de álcool e/ou drogas para aliviar os efeitos extrapiramidais indesejáveis dos antipsicóticos. A relação subjetiva com o álcool parece ser percebida como favorecedora de melhor interação social, bem como com a maconha. Essa última, no entanto, piora os sintomas negativos e acentua a sensação de pensamento confuso. A cocaína parece produzir subjetivamente mais alegria e maior capacidade de atenção; mas por outro lado, os pacientes sentem-se subjetivamente mais hostis, mais tensos, com mais sintomas positivos e negativos da esquizoftenia / Abstract: The aim of this investigation was to evaluate drug and alcohol use in schizophrenia through a comparative, case-control study of two groups of age and sex matched schizophrenics who fulfilled the DSMIV criteria for schizophrenia. The case group consisted of individuals with a previous history of alcohol use, at least, in the past month, and a history of drug use (marijuana and/ or cocaine), at least, throughout life and the past year. The control group had no such history of alcohol and drugs use. The subjects (15 patients per group), were university hospital psychiatric inpatients or were registered at CAPS (psychosocial Treatment Center) in the municipality of Campinas. The parameters studied inc1uded demographic variables, psychiatric history, psichopathology (pANSS and CGI), cognitive functioning (MMSE, verbal fluency test, EIWA, Logical Memory test), global functioning (GAS), family functioning (GARF), pharmachological treatment, extrapyramidal symptoms (ESRS, UKU), quality oflife (QLS) and subjective impression ofmedication (DAI-30 and SSAS), as well as alcohol and drugs (SSAS). The Wilcoxon-matched pairs test was used to compare continuous variables, and the Stewart-Maxwell t test and MacNemar test were used to compare categorical variables. Schizophrenic patients who used alcohol and drugs had tendency for better school achievement and less anedonia, but showed poor social adaptation, a tendency toward suicide attempts and greater use of tabacco than did schizophrenics who do not use alcohol and drugs. The patients were subjectively more alienated and reported felling like "zombies" under medication. Objectively, they had more extra pyramidal side effects and worsen negative symptoms. These patients are using antiparkinson agents medication for a shorter period of time than patients of control group are doing, This doesn't occurs neither because ofthe length oftime oftheir illness, which wasn't different for the two groups, nor because of the length of time they are using antipsychotic medication. This finding reinforces the automedication model of schizophrenic patients aliviate the uncomfortable extrapyramidal symptoms caused by antipsychotics agents, using alcohol or drugs. The subjective relation to alcohol was perceived as a social facilitator to cope with social interactions and marijuana. However, marijuana worsened the negative symptoms and accentuated thought confusion. Cocaine produced subjective happiness and more attention, although the patients felt more subjective hostility, tension and reported more varied positive and negative symptoms / Mestrado / Saude Mental / Mestre em Ciências Médicas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/311609
Date22 February 2000
CreatorsBoscolo, Marilia Montoya
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Dalgalarrondo, Paulo, 1960-, Menezes, Paulo Rossi, Campos, Gastão Wagner de Sousa
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format153 p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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