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Estudo dos polimorfismos dos sistemas de aloantigenos plaquetarios humanos (HPA) em doenças hemorragicas e tromboticas

Orientadores: Valder Roberval Arruda, Fernando Ferreira Costa / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-07-26T22:18:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2000 / Resumo: Os aloantígenos plaquetários humanos (HP A), são polimorfismos das glicoproteínas da membrana da plaqueta que estão associados a patologias imunes plaquetárias como a púrpura trombocitopênica aloimune neonata4 a púrpura pós-transfusional, a reftatariedade transfusional plaquetária podendo estar relacionados a doenças vasculares oclusivas. Vários sistemas HP A são conhecidos e a distribuição dos alelos desses sistemas é bastante heterogênea em grupos étnicos distintos. Nesse estudo, os principais sistemas HP A envolvidos na aloimunização plaquetária foram determinados pela reação em cadeia da polimerase, em três grupos étnicos que compõe a população brasileira: Caucasóides, Negróides e Indíos. Os resultados obtidos demonstraram que entre os grupos de Caucasóides e Negróides brasileiros, a prevalência dos HPAs-1 a 5 foi similar. Nossos dados contrastam com os descritos para grupos étnicos semelhantes em outros países. Entre os Índios, nenhum alelo b (de baixa ftequência) foi encontrado para os sistemas HPA-1,-4 e -5. Para .avaliar o possível impacto clínico dessas observações no desenvolvimento da púrpura trombocitopênica alo imune neonatal (pT AN), realizamos um rastreamento para a plaquetopenia neonatal e sua relação com a incompatibilidade genotípica materno-fetal. A plaquetopenia foi identificada em 1% de 12.714 recém-nascidos não selecionados de Campinas, nos quais 0,11% (13 casos) apresentou contagem plaquetária menor que 50 x 109/L. Dois recém-nascidos com plaquetopenia desenvolveram sangr~ento grave, enquanto a maioria dos casos foi assintomática. Em aproximadamente metade dos casos, existiam condições clínicas associadas ao desenvolvimento de plaquetopenia neonatal. Foi realizada a investigação de plaquetopenia neonatal secundária à aloimunização para os sistemas HP A, através da identificação de 'incompatibilidade genotípica materno-fetal. Os resultados demonstraram a ocorrência de incompatibilidade genotípica em 50% dos casos tanto no grupo controle quanto no grupo de recém-nascidos plaquetopênicos. O sistema mais comumente associado à plaquetopenia aloimune foi o HPA-3, seguido pelo sistema HP A-2. Em conclusão, a plaquetopenia neonatal é comum entre recém-nascidos não selecionados e o desenvolvimento de plaquetopenia não pôde ser previsto pela incompatibilidade genotípica HP A. O papel dos sistemas HP A como fator de risco para o desenvolvimento de púrpura trombocitopênica imunológica (PTI) em pacientes adultos também foi avaliado. Os resultados desse estudo demonstraram uma frequência duas vezes maior do alelo HRA-5b nos pacientes portadores de PTI aguda do que em controles normais. Esses dados sugerem que a presença do alelo HP A-5b pode estar associada ao aumento do risco para PTI aguda em adultos. Finalmente, avaliamos o papel dos alelos do sistema HP A-I como fator de risco para doenças arteriais ou venosas. Plaquetas que apresentam o alelo HPA-Ib na Opina, apresentam maior resposta agregante ao fibrinogênio o que pode resultar em maior resistência do trombo plaquetário à lise fisiológica. Foram estudados dois grupos de pacientes com doenças arteriais ou trombose venosa. Nenhuma associação foi encontrada entre a presença do alelo HPA-Ib e o risco para trombose venosa ou doença arterial. Embora a prevalência do alelo HP A-I b não tenha apresentado diferença em um grupo de 137 pacientes que apresentaram infarto agudo do miocárdio (IAM), comparados a um grupo controle (12,7% vs. 14,6%), a prevalência do alelo HPA-Ib foi maior entre pacientes jovens do que em idosos (p=O,OI4). Diferindo de fatores de risco convencionais, o alelo HP A-I b não representa um fator de risco para trombose venosa, para doença arterial sistêmica ou IAM. A maior prevalência do alelo HP A-I b em pacientes jovens com IAM pode levar a uma patogênese distinta no aparecimento precoce da doença arterial coronanana / Abstract: Human platelet alloantigens (HP A) are polymorphic sequencies of the platelet membrane glycoproteins, which are associated to immune platelet disorders, such as neonatal alloimmune thrombocytopenia (NAIT), post-transfusion purpura (PTP), platelet transfusion reftactoriness and may be to related to occlusive vascular disease. Several distinct biallelic systems are known, and a heterogeneous distribution of HP A alleles has been described among distinct ethnic groups. In this study, the most trequently HP A systems involved in alloimmunization were determined by polymerase chain reaction, in three distinct ethnic groups which compose Brazilian population: Caucasians, Blacks and Indians. The HP A-I to -5 allele trequencies obtained between Caucasian and Blacks were similar. These data contrast with those reported for similar ethnic groups in other countries. Among the Indians, no b allele (low ftequency allele) ofthe HPA-l, -4 and -5 systems were identified. To evaluate the possible clinical impact of these data in the development of NAIT, we carried out a screening for neonatal thrombocytopenia and its relation to maternal-fetal genotype mismatch. Thrombocytopenia was determined in 1% of 12,714 uns~lected newborns trom Campinas in which 0.11% (13 cases) presented platelet count less than 50 x 109/L. Two newborns with thrombocytopenia developed a severe bleeding disorder, whereas the majority was asymptomatic. Maternal-fetal clinical conditions related to the development of thrombocytopenia were presented in almost half of the cases. The risk for neonatal thrombocytopenia due to alloimmunization to HP A systems was investigated by genotype mismatch between mother and newbom. The results showed that 50% of genotypes revealed a matemal-newbom mismatch in both control and thrombocytopenic group. The most common system likely to be associated with alloimmune thrombocytopenia is the HP A-3 system, followed by the HP A-2 system. In conelusion, neonatal thrombocytopenia is common among unselected newboms and the development of thrombocytopenia can not be predicted by the genotype mismatch.The role of HP A in the risk for an autoimmune platelet disease was carried out among adults with immune thrombocytopenic purpura (ITP). The result of this study was the detection of a two-fold higher ftequency of allele HP A-Sb among acute-ITP patients compared to a control group. These data suggest that the presence of HP A-Sb allele could be related to an increased risk of adults with acute ITP. Finally, we determined role of HP A-I system alleles as an inherited risk factor for venous or arterial disease. Platelet carrying the HPA-lb protein has a higher aggregation response to fibrinogen and may result in a elot resistant to physiological removal. Two groups of patients with venous thrombosis or arterial disease were evaluated. No association was found between HP A-I b allele and the risk for either venous thrombosis or arterial disease. Althóugh the prevalence ofHPA-lb alIeI e among 137 patients with myocardial infarction (1 / Doutorado / Clinica Medica / Doutor em Ciências Médicas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/312208
Date26 July 2018
CreatorsCastro, Vagner de
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Costa, Fernando Ferreira, 1950-, Arruda, Valder Roberval, 1964-
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format132p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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