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Efeitos dos analogos da prostaglandina sobre a barreira hemato-aquosa, pressão intra-ocular, hiperemia conjuntival e barreira hematoretiniana de pacientes glaucomatosos pseudofacicos ou afácicos.

Orientador: Vital Paulino Costa / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-04T18:55:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos das soluções de bimatoprosta à 0,03%, de latanoprosta à 0,005%, de travoprosta à 0,004% e de unoprostona isopropílica à 0,15% sobre a barreira hemato-aquosa, bem como avaliar a influência dessas soluções sobre a pressão intra-ocular (PIO) e a ocorrência de hiperemia conjuntival e de edema macular cistóide (EMC) em pacientes afácicos ou pseudofácicos com glaucoma. Para isso, realizou-se um estudo clínico randomizado, com observador mascarado e com duração de seis meses. Oitenta pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto ou glaucoma do tipo afácico/pseudofácico foram tratados com bimatoprosta (n=16), latanoprosta (n=15), travoprosta (n=17), unoprostona (n=16) ou duasorb (grupo controle) (n=16); os três primeiros grupos receberam a medicação uma vez ao dia (20:00 horas) e os dois últimos grupos, duas vezes ao dia (8:00 e 20:00 horas). A barreira hemato-aquosa foi avaliada por meio do laser flare meter antes do início do uso das medicações e após 7 e 15 dias, 1, 2, 3, 4, 5 e 6 meses de tratamento. A PIO foi medida sempre às 10:00 horas, nas mesmas ocasiões. A hiperemia conjuntival foi classificada de acordo com uma escala, por um observador mascarado, nas mesmas ocasiões. A ocorrência de EMC foi verificada por meio da realização de angiofluoresceinografia antes do início do estudo e um e seis meses após o início do tratamento, ou na hipótese de haver piora da acuidade visual. As médias dos valores do flare foram significativamente maiores nos grupos tratados com bimatoprosta, latanoprosta e travoprosta durante todo o período de acompanhamento quando comparados ao grupo da unoprostona (p<0,019) ou ao grupo controle (p<0,014). Não houve diferenças significativas nos valores médios do flare entre os olhos que receberam bimatoprosta, latanoprosta e travoprosta (p>0,067) durante os seis meses do estudo. Quatro olhos tratados com latanoprosta (27%), um tratado com bimatoprosta (6%) e um tratado com travoprosta (6%) desenvolveram EMC (p=0,031). Todos os casos de EMC foram resolvidos após interrupção do uso do análogo da prostaglandina e tratamento com diclofenaco tópico por um mês. No início do estudo, a PIO média foi significativamente menor no grupo controle (p<0,00001), porém os grupos tratados com análogos da prostaglandina apresentaram PIOs médias sem diferença estatisticamente significante (p=0,714). A redução média da PIO após seis meses foi maior nos grupos tratados com latanoprosta (26%), bimatoprosta (28%) e travoprosta (29%) que no grupo controle (3%) e no grupo tratado com unoprostona (14%) (p<0,05). Todos os análogos da prostaglandina estiveram associados, em algum momento do estudo, com o desenvolvimento de hiperemia conjuntival, que foi mais freqüente, em ordem decrescente, com bimatoprosta (75,0%), travoprosta (47,1%), latanoprosta (40,0%) e unoprostona (18,8%) (p=0,037). Bimatoprosta induziu graus de hiperemia significativamente maiores que latanoprosta, unoprostona e placebo (p<0,01). Conclui-se que o uso de bimatoprosta, latanoprosta e travoprosta está associado a um aumento significativo na média dos valores do flare e é capaz de induzir EMC em olhos pseudofácicos ou afácicos. Todos os análogos da prostaglandina reduziram de forma significativa a PIO em olhos pseudofácicos ou afácicos com glaucoma. Ainda que hiperemia conjuntival tenha sido observada com todos os análogos da prostaglandina, ela foi mais freqüente e mais intensa após uso de bimatoprosta / Abstract: The aim of this study was to investigate the effects of bimatoprost 0.03%, latanoprost 0.005%, travoprost 0.004% and unoprostone 0.15% on the blood-aqueous barrier, to evaluate the effect of those solutions on the intraocular pressure (IOP) and to determine the occurrence of conjunctival hyperemia and cystoid macular edema (CME) in aphakic or pseudophakic patients with glaucoma. Hence, a randomized, masked-observer, 6-month clinical trial was carried out. Eighty patients with primary open angle glaucoma or aphakic/pseudophakic glaucoma were treated once daily (8 pm) with bimatoprost (n=16), latanoprost (n=15), or travoprost (n=17) or twice daily (8 am and 8 pm) with unoprostone isopropyl (n=16) or lubricant drops (control group) (n=16). The blood-aqueous barrier status was assessed using the laser flare meter before the medications were started and after 7 and 15 days, 1, 2, 3, 4, 5 and 6 months of treatment. The IOP was measured always at 10 am, at the same intervals. The conjunctival hyperemia was classified according to a scale, by a masked investigator, at the same intervals. Fluorescein angiography was performed to investigate the occurrence of CME at baseline and at 1 and 6 months of follow-up, or if a patient showed decreased visual acuity at any time during follow-up. Mean flare values were significantly higher in the bimatoprost, latanoprost, and travoprost groups throughout follow-up compared with the unoprostone (p<0.019) or control groups (p<0.014). There were no significant differences in mean flare measurements among eyes receiving bimatoprost, latanoprost, and travoprost during the six months of follow-up (p>0.067). Four latanoprost-treated eyes (27%), one bimatoprost-treated eye (6%), and one travoprost-treated eye (6%) developed CME (p=0.031). All cases of CME resolved after discontinuation of the prostaglandin analogue and the use of topical diclofenac for one month. At baseline, mean IOP was significantly lower in the control group (p<0.00001), but the prostaglandin analogue groups had similar mean IOP levels (p=0.714). Mean IOP reductions after six months were higher for the latanoprost (26%), bimatoprost (28%), and travoprost (29%) groups than for the control (3%) and unoprostone (14%) groups (p<0.05). All prostaglandin analogues were associated with the development of conjunctival hyperemia, that was more frequent, in decreasing order, with bimatoprost (75,0%), travoprost (47,1%), latanoprost (40,0%) and unoprostone (18,8%) (p=0.037). Bimatoprost induced significantly higher hyperemia scores than latanoprost, unoprostone, and placebo (p<0.01). In conclusion, the use of bimatoprost, latanoprost and travoprost is associated with a significant increase in mean flare values and may lead to development of CME in pseudophakic or aphakic eyes. All prostaglandin analogues produced significant IOP reductions in pseudophakic or aphakic eyes with glaucoma. Although conjunctival hyperemia was observed with all prostaglandin analogues, it was more frequent and more intense with bimatoprost / Doutorado / Oftalmologia / Doutor em Ciências Médicas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/313535
Date18 July 2005
CreatorsArcieri, Enyr Saran
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Costa, Vital Paulino, 1965-, Cohen, Ralph, Rocha, Flavio Jaime, Vasconcellos, Jose Paulo Cabral, Costa, Marilisa Nano
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format219p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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