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Defesa quimica em larvas da borboleta Mechanitis polymnia (Nymphalidae : Ithomiinae)

Orientador: Jose Roberto Trigo / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-28T02:25:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2001 / Resumo: Os imaturos de lepidópteros estão sujeitos a altas taxas de mortalidade no ambiente natural. Uma das formas de defesa mais utilizadas e estudadas é a defesa química, envolvendo, por exemplo, substâncias tóxicas ou impalatáveis. Estas substâncias podem ser adquiridas pelos lepidópteros de suas fontes alimentares ou biosintetisadas de novo. Através de um acompanhamento dos imaturos de Mechanitis po/ymnia no campo observou-se que larvas apresentam as taxas mais altas de sobrevivência quando comparadas a ovos e pupas. A sobrevivência de ovos a adultos de Mechanitis po/ymnia em So/anum tabacifolium (área urbana) foi maior do que em So/anum mauritianum e So/anum concinnum (ambos floresta secundária). Experimentos realizados em laboratório com a formiga predadora generalista Camponotus crassus confirmaram a capacidade de defesa de larvas de Mechanitis po/ymnia contra predadores. Além disto verificou se que o tipo de defesa envolvida seria provavelmente defesa química e que as substâncias de defesa estariam localizadas na superfície das larvas já que a rejeição pelas formigas se dava após breve contato inicial. Uma classe de substâncias possivelmente responsáveis pela defesa seriam os lipídios cuticulares (LCs). Lipídios cuticulares de insetos e plantas terrestres tem como principal função, proteção contra dessecação. Por se localizarem na superfície externa do corpo, podem estar envolvidos em mecanismos de comunicação química tanto inter, quanto intraespecífica. Desta forma, investigou-se o papel de lipídios cuticulares na defesa de larvas de Mechanitis po/ymnia contra a formiga predadora generalista Camponotus crassus. Verificou-se que o padrão químico de LCs de larvas de Mechanitis po/ymnia e de folhas de So/anum tabacifolium é muito semelhante, ao contrário de outros Ithomiinae e suas plantas hospedeiras. Camponotus crassus não predou larvas vivas ou mortas de Mechanitis po/ymnia em bioensaios em laboratório, porém predou larvas vivas de outros Ithomiinae. Formulou-se a hipótese de que as formigas não reconheceram as larvas de Mechanitis po/ymnia como presa devido à sua incapacidade de diferenciar as larvas das folhas de So/anum tabacifolium, causada pela similaridade do padrão químico dos LCs. Quando larvas de Mechanitis po/ymnia foram colocadas em uma situação de baixa similaridade com a folha em que elas se encontravam, elas passaram a ser predadas por Camponotus crassus. Larvas palatáveis de Spodoptera frugiperda foram utilizadas em bioensaios de dupla escolha para comprovar o papel dos LCs nesta defesa química. Dois bioensaios foram realizados: 1. A larva experimental se encontrava em situação de alta similaridade e foi menos visitada pelas formigas; 2. A larva experimental estava em situação de baixa similaridade e foi visitada de forma igual à larva controle. Isto demonstrou que um padrão químico de LCs semelhante ao de uma folha pode ser uma defesa eficiente contra predadores quimicamente orientados como Camponotus crassus. Do ponto de vista da formiga a larva estaria quimicamente camuflada na folha de sua planta hospedeira / Abstract: Immature Lepidoptera are subject to high mortality rates in the natural environment. Chemical defences are one of the best studied and known mechanisms of defence employed by butlerflies. In the field, it was observed that larval survivorship is higher than the survivorship of eggs or pupae. The survivorship of Mechanitis po/ymnia from eggs to imagoes on So/anum tabacifolium (urban area) was higher than on So/anum mauritianum or So/anum concinnum (both in a secondary forest). Laboratory experiments assured the defence capability of Mechanitis po/ymnia against generalist predators like Camponotus crassus. It was also observed that the chemistry of defence was located on the surface of the caterpillars because the ants rejected them after a short contact. Because they are located on the external surface of the body, cuticular lipids (CLs) may be involved in chemical communication, both inter and intraspecific. It was verified that the CL profile of Mechanitis po/ymnia larvae and So/anum tabacifolium leaves is almost identical unlike for other Ithomiinae examined. Uve larvae of Mechanitis po/ymnia were not killed by Camponotus crassus which also did not eat dead larvae. On the other hand other Ithomiinae larvae were killed and preyed upon by Camponotus crassus. Two other experiments showed that the similarity between the chemical profiles of CLs of Mechanitis po/ymnia and So/anum tabacifolium was the responsible for the defence against Camponotus crassus. The larvae would be chemically camouflaged on the leaves for an approaching ant that would not be able to distinguish the larvae from the leaf / Mestrado / Mestre em Ecologia

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/316032
Date14 February 2001
CreatorsPortugal, Augusto Henrique Arantes
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Trigo, José Roberto, 1956-2017, Oliveira, Paulo Sergio M. C., Siari, Antonio Carlos
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format161p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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