Return to search

Estudo da epidemiologia molecular dos Staphylococcus aureus resistentes a oxacilina em pacientes portadores de sindrome de imonodeficiencia adquirida

Orientador: Maria Luiza Moretti Branchini / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-23T21:29:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Padoveze_MariaClara_M.pdf: 3944976 bytes, checksum: f73e7e7715b746be4fa7f7756e903306 (MD5)
Previous issue date: 1998 / Resumo: O Staphylococcus aureus é um importante agente etiológico de infecções hospitalares. Cepas de S. aureus resistentes à oxacilina (SARO) têm sido causadoras de surtos e endemias em hospitais, particularmente os de médio e grande porte e nos universitários. Diversas medidas de controle são empregadas com o objetivo de reduzir a disseminação deste agente dentro das unidades de saúde. Entretanto, uma vez o SARO estabelendo-se como endêmico, sua erradicação é bastante dificil. O emprego de técnicas de discriminação através da análise do DNA de cepas causadoras de infecções hospitalares é um recurso valioso para confirmar a eficácia de medidas de controle de agentes de infecção hospitalar. O SARO foi introduzido no Hospital das Clínicas da UNICAMP em 1990, tomando-se endêmico em diversas unidades, entre elas, a enfermaria de Moléstias Infecciosas (MI). A partir de 1993 foi aberta a unidade de Leito Dia (LD) para atendimento semi-ambulatorial de pacientes portadores de Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA). Estes pacientes com freqüência sofrem reinternações na enfermaria de MI e por este motivo questionou-se a importância deste grupo de pacientes na epidemiologia de SARO no hospital. Este estudo objetivou estudar a incidência de colonização nasal por SARO nos pacientes com SIDA em tratamento na enfermaria de MI e LD. Foi analisado o perfil genômico de cepas de SARO responsáveis por colonização e infecção dos pacientes em tratamento nestas duas unidades, utilizando-se a técnica de eletroforese de campo pulsátil "Pulsed-Field Gel Electrophoresis" (pFGE). Na primeira etapa deste trabalho, foram coletados semanalmente swabs de narina anterior (SNF) de 178 pacientes com SIDA no LD e MI de dezembro de 1993 a dezembro de 1995. O periodo de seguimento variou de 1 a 720 dias no LD (média: 141,3 dias) e de 1 a 270 dias no MI (média: 8,68 dias). Dentre os pacientes acompanhados, 62 (34,83%) apresentaram pelo menos uma cultura positiva para SARO. Foram colhidos 1.239 SNF (média: 7 SNF por paciente), sendo estes: 1085 SNF negativos, 116 positivos para SARO e 38 positivos para S. aureus sensível à oxacilina. Foram observados 18 episódios de isolado único de SARO, nos casos de pacientes que não puderam ser seguidos posteriormente. Observaram-se 27 episódios de colonização transitória e 27 episódios de colonização persistente. Houve diferença significativa na detecção de SARO nos grupos de pacientes em foram colhidos mais que 3 SNF por paciente no LD e MI quando comparados com os grupos em que foram colhidos 1 ou de 2 a 3 SNF por paciente. Na segunda etapa, foram analisadas por PFGE 60 cepas de SARO isoladas de 33 pacientes com e sem SIDA, em tratamento no LD e MI. Nestas cepas pode-se identificar 7 perfis genômicos (A, A¹, A², B, C, D e E). Detectou-se um perfil predominante "A" em 52 (86,66%) das cepas analisadas. Não houve diferença significativa na presença do perfil "A" entre pacientes com ou sem SIDA. Entre as cepas analisadas por PFGE algumas foram coletadas de um mesmo paciente, porém em datas diferentes. Em 11 casos, estes isolados eqüenciais apresentaram o mesmo perfil genômico. Em três casos houve mudança do perfil genômico em isolados seqüenciais de pacientes. Concluindo, observou-se alta incidência de SARO no grupo de pacientes com SIDA acompanhados neste estudo. O predomínio do perfil genômico "A" no LD e MI indica transmissão cruzada nas duas unidades, sugerindo que estes pacientes devem ser considerados potenciais portadores de SARO / Abstract: The Staphylococcus aureus is an important nosocomial pathogen. Methicillin-Resistant Staphylococcus aureus (MRSA) strains has been caused outbreaks and endemics at hospitals, main1y in university and terciary care hospitals. Many control measures are used by health care units to reduce MRSA spread. There is some difficult to eradicate MRSA in hospitals where it has been endemic. Epidemiological surveillance of nosocomial pathogens is frequently aided by the application of DNA typing methods in order to determine the effectiveness of control measures. Since 1990, MRSA has become endemic in some wards at Hospital das Clínicas of the UNICAMP. Among them there is the Infectious Diseases (ID) ward. In 1993 a day care unit was created to care for AIDS patients. This group of patients needs frequent hospitalization at ID ward and their role in the MRSA epidemiology has been unclear. The objective was to study the incidence of nasal colonization by MRSA in AIDS patients in the AIDS day care unit and ID ward. It was performed a chromosomal DNA analysis of MRSA colonization and infection strains in both units, using Pulsed-Field Gel Electrophoresis (PFGE). This study was carried out in two phases: first the AIDS patients were followed from the AIDS day care unit and ID ward from December 1993 to December 1995. Swabs of anterior nares cultures (SN) were weekly obtained from these patients. 178 AIDS patients were followed and 62 (34, 83%) had at least one positive culture for MRSA. The average follow up in AIDS day care unit was 141,3 days (range: 1 - 720) and in the ID ward was 8,68 days (range: 1 - 270). It was obtained 1239 SN (mean: 7 SN per patient): 1085 SN negative, 116 positive for MRSA and 38 positive for methicillin-sensitive S. aureus. It was found 18 patients with a single positive culture without follow-up. There were 27 transient colonization episodes and 27 persistent colonization episodes. There was difference among the group of patients in wich were collected more than three SN in LD and MI units comparing with the two other groups that were collected 1 or from 2 to 3 SN per patient. Sixty MRSA strains from 33 AIDS patients and non-AIDS patients cared for in the day care unit and ID ward were typed by PFGE. It was found 7 difIerent profiles (A, AI, A2, B, C, D e E). The profile "A" was found in 52 (86,66%) isolates typed. There was no statistical difference ong AIDS and non-AIDS patients with respect to this profile. Some of the strains typed have been collected from the saroe patient in different days. In 11 cases, these sequential isolates show the same profile. In 3 cases, the sequential isolates changed their profile. In conclusion, this study detected high MRSA incidence in AIDS patients. The predominance of the profile "A" at the AIDS day care and ID units strongly suggest cross-colonization and these patients shouldbe considered potential MRSA carrier / Mestrado / Mestre em Ciências Biológicas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/317103
Date19 June 1998
CreatorsPadoveze, Maria Clara
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Branchini, Maria Luiza Moretti, Pignatari, Antonio Carlos Campos, Tresoldi, Antônia Teresinha
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format97f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0029 seconds