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Análise da contribuição dos sintomas clínicos de infecção aguda e parâmetros laboratoriais na progressão para imunodeficiência em infectados pelo HIV-1 / Analysis of the contribution of clinical symptoms of acute infection and laboratory parameters in the progression to immunodeficiency in HIV-1 infected

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Previous issue date: 2007 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Programa Nacional de DST/Aids / O estudo da infecção recente pelo HIV-1 tem papel fundamental para o
entendimento da patogênese da imunodeficiência causada por este vírus. Para tanto,
foi estabelecida em 2002 uma coorte na UNIFESP em colaboração com a Prefeitura
de São Paulo, com pacientes com infecção recente pelo HIV-1, diagnosticados pelo
método de dupla testagem sorológica, o STAHRS.
Até o fechamento dos dados para este trabalho foram incluídos 207 voluntários
com infecção recente pelo HIV-1, 191 homens (92,27%), 173 deles referem realizar
sexo com homens (HSH, 83,98%). Entre todos os participantes, 123 são brancos
(59,79%) com média de idade igual a 32,09 anos (extremos de 18,13 e 70,41 anos).
Todos os voluntários referem ter contraído o vírus por via sexual. Dentre os
parâmetros demográficos pudemos demonstrar a relação entre maior idade no
momento da infecção e menor tempo para progressão para imunodeficiência (p=0,02).
A mediana do resultado da contagem de linfócitos T CD4+ na primeira coleta de
sangue do estudo foi de 529 células/μL (interquartil 25-75% [IQ], 403–698), de
linfócitos T CD8+ foi 907 células/μL (IQ 607–1.194) e a mediana da carga viral 21.100
cópias/mL (IQ 4.392-72.025), que em escala logarítmica na base 10 (log10)
corresponde a 4,32/mL (IQ 3,64–4,86).
Compareceram à consulta clínica inicial 196 pacientes, 66 (33,67%) referiram
sintomas, com duração de 15 dias em média, sendo febre o mais freqüente (84,85%),
seguido de intensa indisposição ou fraqueza (65,15%), aumento do volume de
gânglios (45,45%), dores pelo corpo (36,36%) e dor de garganta (16,66%), além de
emagrecimento, diarréia, cefaléia, dor abdominal, úlceras esofágicas e meningite viral.
Não houve diferença no tempo de progressão entre os que descreveram sintomas ou
não. Os dados sugerem, portanto, não existir relação entre a apresentação clínica
inicial e o tempo para imunodeficiência. Observamos ainda que os pacientes que
apresentaram sintomas sugestivos de infecção aguda apresentaram maior valor de
linfócitos T CD8+ (p=0,003) e de carga viral (p=0,046).
Este estudo fortemente sugere que a presença de sintomas na infecção aguda
pelo HIV-1 não prediz menor ou maior tempo para imunodeficiência, mas pacientes
sintomáticos mantiveram carga vira e contagem de linfócitos T CD8+ elevados durante
todo o período de acompanhamento. Estes achados reforçam a importância de
estudos de coorte com pacientes com infecção recente pelo HIV-1, para a busca de
fatores imunológicos que expliquem estes achados. / Studies of recently HIV-1-infected subjects are important for the pathogenesis
understanding of the disease. Therefore, a cohort was started in 2002 at UNIFESP, in
collaboration with the City of São Paulo, with recently HIV-1-infected patients identified
by the dual testing approach, also known as STARHS.
By the time of database locking for this analysis, 207 volunteers were included,
191 men (92.27%), 173 of those reporting sex with men (83.98%). Among the
participants, 123 are white (59.79%) with age average of 32.09 years-old (extremes of
18.13 and 70.41). All the volunteers referred sexual acquisition of HIV infection. Among
the demographic variables we were able to demonstrate an association between higher
age and time for progression to immunodeficiency (p=0.02). The median values for
laboratory findings at baseline were CD4+ T of 529 cells/μl (interquartile range 25-75%
[IQ], 403–698), CD8+ T of 907 cells/μl (IQ 607–1.194) and viral load of 21,100
copies/ml (IQ 4,392-72,025), translated into 4.32 log10/ml (IQ 3.64–4.86).
One hundred, ninety six volunteers came for the first clinical appointment, 66
33.67%) of those describing symptoms compatible with acute HIV infection, on average
for 15 days, with fever as the most frequent (84.85%), followed by significant malaise
and fatigue (65.15%), lymphnode enlargement (45.45%), body pain (36.36%), and sore
throat (16.66%), besides weight loss, diarrhea, headache, abdominal pain, esophageal
ulcers, and viral meningitis. We could not detect differences in the time for progression
among those who described symptoms or not. Therefore, these data suggest the lack
of association between acute HIV-1 infection syndrome and time of progression to
immunodeficiency. We could also observe that patients who referred symptoms had
higher CD8+ T lymphocyte counts (p=0.003) and higher viral load (p=0.046). This study has strongly suggested that the presence of symptoms during acute
HIV-1 infection does not predict faster or slower progression to immunodeficiency, but
those patients with acute syndrome maintained higher CD8+ T cell counts and higher
viral loads during their follow-up. These findings support the importance of cohort
studies in recently HIV-1-infected subjects to better understand the immunological
mechanisms to explain these findinds. / BV UNIFESP: Teses e dissertações

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unifesp.br:11600/23629
Date January 2007
CreatorsSauer, Mariana Melillo [UNIFESP]
ContributorsUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Kallas, Esper Georges [UNIFESP]
PublisherUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format91 f.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UNIFESP, instname:Universidade Federal de São Paulo, instacron:UNIFESP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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