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Discurso e medicalização: O significado do TDAH para pais e mães de alunos do Ensino Fundamental

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Previous issue date: 2017-06-28 / The objective of this research is to identify and analyze the meaning of Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD) on reports from parents of children who received this diagnosis. Since the late twentieth century, more precisely the last thirty years, the number of ADHD diagnoses has been increasing as part of a growing process of pathologization and medicalization of behaviors. In this process, the school appears as the primary targeting agent of children for health professionals, confirming reports that link the educational space as a player of the scientific-medical discourse, without a proper consideration, contributing to maintain the separation and discrimination between those considered normal and "abnormal", those who distance themselves from their standards. To carry out this research, we conducted twelve semi-structured interviews with parents of primary I school students, from public schools and a private clinic for specialized treatment. It is a qualitative research oriented theoretically and methodologically by Social Discursive Psychology, which emphasizes the importance of language and discourse in understanding the psychosocial processes, developed by English authors such as Jonathan Potter and Margareth Wetherell. The majority of respondents passively accepted, without question, medical diagnosis attributed to their children and the use of psychotropic medications as a means of eliminating the learning and behavioral problems of their children, a fact that highlights the value and power of the medical discourse in our social context. / O objetivo desta pesquisa é identificar e analisar o significado do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDA/H) em relatos de pais e mães de filhos que receberam este diagnóstico. Desde o final do século XX, mais precisamente nos últimos trinta anos, tem sido crescente o número de diagnósticos de TDA/H como parte de um crescente processo de patologização e medicalização dos comportamentos. Nesse processo, a escola aparece como principal agente encaminhador de crianças para profissionais da área da saúde, confirmando os relatos que apontam o espaço educacional como reprodutor do discurso médico-científico, sem uma reflexão própria, contribuindo para manter a exclusão e a discriminação entre os considerados normais e os “anormais”, aqueles se distanciam de seus padrões. Para efetivar esta pesquisa, realizamos doze entrevistas semiestruturadas com pais e mães de alunos do ensino fundamental I, de escolas públicas e de uma clínica particular para tratamento especializado. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, orientada teórica e metodologicamente pela Psicologia Social Discursiva, que enfatiza a importância da linguagem e do discurso na compreensão dos processos psicossociais, desenvolvida por autores ingleses como Jonathan Potter e Margareth Wetherell. Os entrevistados, em sua maioria, aceitam passivamente, sem questionar, o diagnóstico médico atribuído a seus filhos e o uso de medicamentos psicotrópicos como meio de eliminar os problemas de aprendizagem e comportamentais de seus filhos, fato que evidencia o valor e poder do discurso médico em nosso contexto social.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.bc.uepb.edu.br:tede/2837
Date28 June 2017
CreatorsAraujo, Wilma Fernandes de
ContributorsOliveira Filho, Pedro de, Gaudencio, Edmundo de Oliveira, Barros, Sibelle Maria Martins de
PublisherUniversidade Estadual da Paraíba, Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde - PPGPS, UEPB, Brasil, Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB, instname:Universidade Estadual da Paraíba, instacron:UEPB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
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