Return to search

O conceito de confian?a em epistemologia do testemunho : distinguindo confiar de fiar-se

Submitted by Setor de Tratamento da Informa??o - BC/PUCRS (tede2@pucrs.br) on 2015-11-04T16:15:14Z
No. of bitstreams: 1
476002 - Texto Completo.pdf: 1213442 bytes, checksum: cb8174b4aadd812fda85d962d66b8a0c (MD5) / Made available in DSpace on 2015-11-04T16:15:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1
476002 - Texto Completo.pdf: 1213442 bytes, checksum: cb8174b4aadd812fda85d962d66b8a0c (MD5)
Previous issue date: 2015-08-24 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior - CAPES / Trust is an indispensable concept whenever we think of human beings interacting with other individuals because it helps us to think about the political order and social cooperation. However, it is far from having a single definition. The search for a definition has proved that it is necessary to come back to the origins of the concept in order to seek for understanding its use in Epistemology. In Moral Philosophy, it is established a distinction between two ways of trusting: 1) trust, which is characterized by a deeper interpersonal relationship that involves good will and vulnerability; 2) rely, which is a kind of trust but more basic in how the world and the things work. The concept of trust becomes relevant in Epistemology when we start to consider transmission of knowledge by testimony. The main issue is when we can trust other people to acquire knowledge based on their acts of speech. It is not possible to debate testimony without considering the problem of trust. Nevertheless, the concept has been used inappropriately. The moral aspects do not contribute to the epistemic scenario. However, not considering these aspects mischaracterizes the concept, reducing it to relying only. We defend that, only rely should be, prudently, used. It is a concept that has already been established in Epistemology literature. In order to do so, we analyzed three possibilities: a reduction to the moral field, an analogy between the concept in Moral Philosophy and Epistemology and, at last, a non-analogical use, that is, strictly epistemic. We presented a general sketch of the debate about Epistemology of Testimony and the role of trust in this reduction. We exposed the concept of moral trust and evaluated the possibility of a reduction. Not considering the distinction proposed in Moral Philosophy mischaracterizes the concept. On the other hand, the reduction is not possible because moral trust presupposes risk acceptance, the attempt of eliminating risks through rational thought weakens the act of trusting. Besides, trust makes us resistant to evidences and, in Epistemology, it is wrong to neglect evidences. Interpersonal conceptions propose analogical use of the concept, applying them to epistemological debates without neglecting moral aspects. Nevertheless, they are not a viable option because they are epistemically powerless. The moral bias do not play any relevant epistemic role. Thus, we analyzed the possibility of a non-analogical use, based on Richard Foley?s (2001) proposition. This author does not consider differences between trust and rely. He ends up reducing the concept of trust to the concept of rely, overshadowing the vocabulary in Epistemology of Testimony. We defend that the non-analogical use is a mistake because it mischaracterizes what normally is called trust in order to reduce it to an already fixed concept in epistemological literature. It does nothing but confusions to the debate. Considering moral aspects of trust is important for identifying the problem. The concept of trust cannot contribute to the debate because it does not play an epistemic role. As for the concept of rely, it can be used in Epistemology of Testimony, just as it has been used in other epistemological debates. / Confian?a ? um conceito indispens?vel quando pensamos o ser humano interagindo com outros sujeitos, pois auxilia-nos a pensar a ordem pol?tica e a coopera??o social. Mas est? longe de possuir uma defini??o ?nica. A procura por uma defini??o mostrou-nos ser necess?rio retornar ?s origens do conceito, na busca por compreender seu uso em Epistemologia. Na Filosofia Moral estabelece-se uma distin??o entre duas formas de confiar: 1) a confian?a (trust), que se caracteriza por ser uma rela??o interpessoal mais profunda, a qual envolve boa vontade e vulnerabilidade; 2) a fiabilidade, um tipo de confian?a mais b?sica no funcionamento do mundo e das coisas. O conceito de confian?a torna-se relevante em Epistemologia quando passamos a considerar a transmiss?o de conhecimento por testemunho. A principal quest?o ? quando podemos confiar em outras pessoas para adquirir conhecimento com base em seus atos de fala. N?o h? como debater testemunho sem considerar o problema da confian?a. Mas, o conceito tem sido utilizado de modo inadequado. Os aspectos morais n?o contribuem para o cen?rio epist?mico. Todavia a desconsidera??o desses aspectos descaracteriza o conceito, reduzindo-o ? fiabilidade. Defendemos que, por parcim?nia, deve-se utilizar apenas fiar-se, um conceito j? estabelecido na literatura epistemol?gica. Para tal, analisamos tr?s possibilidades: uma redu??o ao campo moral, uma analogia entre o conceito em Filosofia Moral e Epistemologia e, por fim, um uso n?o anal?gico, ou seja, estritamente epist?mico. Apresentamos um esbo?o geral do debate sobre Epistemologia do Testemunho e o papel da confian?a nessa discuss?o. Expomos o conceito de confian?a moral e avaliamos a possibilidade de uma redu??o. A n?o considera??o da distin??o proposta em Filosofia Moral descaracteriza o conceito. Por outro lado, a redu??o n?o ? poss?vel, pois confian?a moral pressup?e aceita??o do risco, a tentativa de eliminar os riscos atrav?s de reflex?o racional enfraquece a atitude de confian?a. Al?m do mais, confian?a nos faz resistentes a evid?ncias, e em Epistemologia ? errado negligenciar evid?ncias. As concep??es interpessoais prop?em um uso anal?gico do conceito, aplicando-o aos debates epistemol?gicos sem negligenciar os aspectos morais. Entretanto, n?o s?o uma op??o vi?vel, pois s?o epistemicamente impotentes. O vi?s moral n?o desempenha nenhum papel epist?mico relevante. Assim, analisamos a possibilidade de um uso n?o anal?gico, tendo como base a proposta de Richard Foley (2001). Este autor desconsidera a distin??o entre confiar e fiar-se e acaba por reduzir o conceito de confian?a ao de fiabilidade, obscurecendo o vocabul?rio em Epistemologia do Testemunho. Defendemos que a utiliza??o n?o anal?gica ? um erro, pois descaracteriza aquilo que normalmente se denomina confian?a para reduzi-la a um conceito j? consagrado na literatura epistemol?gica. N?o faz mais que confundir o debate. A considera??o dos aspectos morais da confian?a se faz importante justamente para identifica??o do problema. O conceito de confian?a n?o pode contribuir para o debate, pois n?o desempenha um papel epist?mico. J? o conceito de fiar-se pode ser utilizado em Epistemologia do Testemunho, assim como v?m sendo utilizado em outros debates epistemol?gicos.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2.pucrs.br:tede/6382
Date24 August 2015
CreatorsKetzer, Patricia
ContributorsM?ller, Felipe de Matos
PublisherPontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul, Programa de P?s-Gradua??o em Filosofia, PUCRS, Brasil, Faculdade de Filosofia e Ci?ncias Humanas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-8305327606432166393, 600, 600, 600, 600, -4398000523014524731, -672352020940167053, 2075167498588264571

Page generated in 0.0026 seconds