Planejou-se um estudo com o objetivo de se avaliar os níveis plasmáticos de vitamina A, carotenóides e proteína ligadora de retinol (RBP) em 311 crianças, de 7 meses a onze anos de idade, com história de infecções das vias aéreas superiores (IVAS), pneumonia e diarréia, residentes na área urbana da Cidade de São Paulo, Brasil, e atendidas na santa Casa de Misericórdia de São Paulo. As crianças foram classificadas de acordo com seus níveis de vitamina A e carotenóides segundo o critério proposto pelo Interdepartmental Committee on Nutrition for National Defense (ICNND). Para caracterizar estado nutricional das crianças determinou-se o hematócrito e foram realizadas dosagens de hemoglobina e proteinas plasmáticas, medidas antropométricas e avaliação do consumo dietético de alimentos fontes de carotenóides e vitamina A, pelo método da freqüência de consumo alimentar. Os niveis plasmáticos de vitamina A (ug/dl) e RBP (mg/dl) foram mais baixos (p<0,05) nos grupos diarréia e pneumonia (15,2 ug/dl e 1,7 mg/dl; 15,2 ug/dl e 0,7 mg/dl, respectivamente), quando comparados com os grupos IVAS e testemunha (19,0 ug/dl; 2,4 mg/dl e 18,8 ug/dl; 2,6 mg/dl, respectivamente). Os níveis de carotenóides foram mais baixos nos três grupos de estudo em relação ao grupo testemunha (p<0,05). Trinta e quatro pacientes internados do grupo pneumonia foram divididos aleatóriamente, em dois sub-grupos: testemunha (com tratamento de rotina hospitalar) e experimental (tratamento de rotina mais suplementação com 200.000 UI de palmitato de retinila hidromiscível). Após cerca de uma semana da administração de vitamina A, foi verificado aumento estatisticamente significante (p<0,05) nas médias dos niveis de vitamina A (experimental: 26,5 ug/dl; testemunha: 24,1 ug/dl) e RBP (experimental: 2,2 mg/dl; testemunha: 2,9 mg/dl) nos dois grupos, em relação aos niveis basais de vitamina A (experimental: 14,1 ug/dl; testemunha: 16,1 ug/dl) e RBP (experimental: 0,8 mg/dl; testemunha: O, 6 mg/dl)· Não houve diferenças estatísticas quando foram comparadas as médias dos niveis de vitamina A nos grupos experimental e testemunha, após a suplementação (26,5 ug/dl e 24,1 ug/dl, respectivamente). O estudo sugere que os baixos níveis circulantes de vitamina A podem ser conseqüência da reduzida mobilização da vitamina A durante a fase de infecção, devido a baixa disponibilidade de RBP. / The present study was carried out in order to assess the plasma levels of vitamin A, carotenoids and retinol binding protein (RBP) of three-hundred and eleven children aged from seven months to eleven years, who had a history of upper respiratory infection (URI), pneumonia and diarrhoea. The children were resident in the urban area of the Municipality of São Paulo, Brazil, and were seen at the \"Santa Casa de Misericórdia de São Paulo\" Hospital. The Interdepartmental Committee on Nutrition for National Defense (ICNND) criterion was used to classify the children according to their plasma vitamin A and carotenoid levels. Other measurements such as hemoglobin, hematocrit and plasma proteins dosage, anthropometry, as well as vitamin A and carotenoids qualitative intake, evaluated through the food frequency method, were taken in order to characterize the nutritional status of the children. The data shows that plasma vitamin A (ug/dl) and RBP (mg/dl) levels in the diarrhoea (15.2 ug/dl; 1.7 mg/dl) and pneumonia (15.2 ug/dl; 0.7 mg/dl) groups were lower (p<0.05) than those observed in the control (18.8 ug/dl; 2.6 mg/dl) and URI (19.0 J.lg/dl; 2.4 mg/dl) groups. The plasma carotenoid levels were lower in all study groups when compared to the control group (p<0.05). Thirty four hospitalized patients from the pneumonia group were randomly allocated into two groups. The experimental group, besides the routine treatment, received 200.000 UI of aqueous retinyl palmitate oral solution, whereas the control group recei ved only the routine treatment. This clinical trial showed that after one week there was a statistically signif icant (p<0.05) increase in average levels of vitamin A (experimental group: 14.1 ug/dl --> 26.5 ug/dl; control group: 16.1 ug/dl --> 24.1 ug/dl) and RBP (experimental group: O. 8 mg/dl --> 2. 2 mg/dl; control group: 0.6 mg/dl --> 2.9 mg/dl) in both groups as from the baseline. When the final average levels of vitamin A (26.5 ug/dl and 24.1 ug/dl) were compared, any statistically significant difference was found between the groups. This study suggests that low levels of circulating plasma vitamin A maybe a consequence of a reduced mobilization of this vitamin during infectious disease due to low plasma RBP levels.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-16012018-093206 |
Date | 14 March 1994 |
Creators | Jorge Gustavo Velasquez Melendez |
Contributors | Maria Jose Roncada, Mauro Fisberg, Arnaldo Augusto Franco de Siqueira, Julio Toporovski, Donald Wilson |
Publisher | Universidade de São Paulo, Saúde Pública, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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