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Variação da acidez do solo em resposta à adição de materiais orgânicos / not available

Foram conduzidos dois experimentos de incubação de amostras de terra com diferentes fontes de carbono orgânico, objetivando relacionar as possíveis variações de pH e de alumínio trocável com a natureza dos materiais orgânicos utilizados, com as variações das formas de alumínio e com a atividade microbiológica do solo. O primeiro estudo foi conduzido em casa de vegetação, utilizando o delineamento estatístico inteiramente casualizado em arranjo fatorial, incubando-se amostras de terra de dois solos com diferentes valores de pH e alumínio trocável por um período de 175 dias, com dez materiais orgânicos palha da cana, feijão de porco (Canavalia ensiformis D.C.), esterco bovino e de galinha, composto orgânico, vermicomposto, turfa, vinhaça e dois lodos de esgoto com diferentes períodos de armazenamento. Durante a incubação foram realizadas determinações periódicas de pH (H2O e CaCl2 0,01 mol L-1) e alumínio trocável, as quais permitiam verificar que os materiais orgânicos estudados com, exceção de turfa e do composto orgânico, atuaram na redução de acidez das amostras de terra. O aumento do pH e a redução do alumínio trocável notados no estudo foram basicamente atribuídos a alcalinidade prontamente reativa de alguns materiais e à ação alcalinizante ou complexante de compostos liberados durante a degradação da matéria orgânica. Além de diminuir a amplitude das variações totais de pH e alumínio trocável dos tratamentos, a incubação dos materiais orgânicos, nas amostras de terra de maior acidez, resultou numa alteração mais lenta deste atributo, que foi atribuída a maior dificuldade de decomposição dos materiais nessa condição. A determinação do alumínio complexado pela matéria orgânica, através de extração com CuCl 2, evidenciou que o processo de complexação contribuiu pouco com a redução do alumínio trocável do solo, ficando evidente que o aumento do pH foi o principal responsável pela alteração. O segundo estágio foi conduzido em câmaras de incubação com temperatura controlada, onde amostras de terra de um Cambissolo foram incubadas com cinco materiais orgânicos sob temperaturas de 20 e 30° C, por um período de 38 dias. Após este período, as temperaturas foram elevadas a 35° C e mantidas até o final do ensaio, 71 dias. Os materiais utilizados foram: feijão de porco, esterco bovino, vinhaça, turfa e um lodo de tratamento biológico de efluentes. Ao longo de todo o período de incubação foi realizado o acompanhamento do CO2 desprendido de cada tratamento e dos respectivos valores de pH, determinando-se ao final dos 38 dias de incubação os teores de alumínio trocável. Os resultados indicaram que a vinhaça foi o material que apresentou maior porcentagem de mineralização, seguido do feijão de porco, esterco bovino, lodo e turfa. Aos dados de produção de CO2 foi ajustado o modelo de cinética de primeira ordem, que permitiu o cálculo das constantes de velocidade de degradação do materiais orgânicos. As determinações de pH do solo, ao longo do período de incubação permitiram a observação de comportamentos semelhantes aos obtidos no primeiro ensaio para esse atributo, sendo que as alterações de pH resultantes da adição de vinhaça foram mais expressivas a 30° C que a 20° C e foram relacionadas à quantidade acumulada de CO2 liberado / not available

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-20181127-161717
Date29 January 1999
CreatorsTadeu Cavalcante Reis
ContributorsArnaldo Antonio Rodella
PublisherUniversidade de São Paulo, Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas), USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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