Trata-se de um estudo quantitativo com delineamento exploratório-descritivo, cujos objetivos foram conhecer a percepção dos trabalhadores de enfermagem de um hospital de ensino acerca da segurança do paciente, considerando-se as dimensões de cultura de segurança, e identificar os principais fatores que acarretam danos ao paciente na referida instituição. O estudo foi desenvolvido em um hospital público e de ensino, e a população constituída por 95 profissionais de enfermagem. A coleta de dados ocorreu entre os meses de maio a outubro de 2011, por meio de um questionário baseado na Agency Health Research Quality, empregando-se a escala de Likert e considerando-se as dez dimensões de cultura de segurança e duas variáveis de resultado: expectativas e ações dos supervisores e gerentes na promoção da segurança do paciente, aprendizado organizacional melhoria contínua, trabalho em equipe no âmbito das unidades, abertura para as comunicações, feedback e comunicação a respeito de erros, respostas não punitivas aos erros, pessoal, apoio da gestão hospitalar para a segurança do paciente, trabalho em equipe pelas unidades hospitalares, transferências internas e passagens de plantão, percepções generalizadas sobre segurança, frequência de relatórios de eventos. Os dados foram analisados em função testes estatísticos específicos. O instrumento de coleta de dados mostrou-se confiável, obtendo-se o Alpha de Cronbach igual a 0,88. Na caracterização dos sujeitos, foi verificado que 65,3% eram auxiliares de enfermagem, 26,3% enfermeiros e 8,4% técnicos de enfermagem; 73,7% do sexo feminino; 67,4% com idade entre 30 e 49 anos e com tempo de formação de 11 a 15 anos. Como principais resultados do estudo, podemos citar que, na dimensão abertura para as comunicações e comunicação a respeito dos erros, o maior índice encontrado foi de 35,8%, que afirmam que às vezes conversam livremente sobre algo que está errado e às vezes têm retorno sobre mudanças implantadas em função de eventos adversos notificados. Em relação à dimensão respostas não punitivas aos erros, 50,5% acreditam que seus erros podem ser usados contra eles; quanto ao número de eventos reportados, 76,8% nunca preencheram um relatório de eventos adversos. As dimensões que apresentaram percepção favorável foram o trabalho em equipe no âmbito das unidades e transferências internas e passagens de plantão, 64,2% consideram que os profissionais colaboram entre si quando há sobrecarga de trabalho e 44,2% afirmam que as informações sobre o cuidado do paciente não se perde com a passagem de plantão. Acreditamos que este estudo possa contribuir para as intervenções necessárias nas dimensões avaliadas e fornecer subsídios para o aprimoramento de processos assistenciais e gerenciais com foco na segurança do paciente / This is a quantitative study with descriptive exploratory design, which aimed to know the perception of nursing staff in a teaching hospital on patient safety, considering the dimensions of safety culture and identify the main factors that cause damage to the patient in that institution. The study was conducted in a public hospital and teaching and a population of 95 nurses. Data collection occurred between the months from May to October 2011, through a questionnaire based on the Agency Health Research Quality, using a Likert scale and considering the ten dimensions of safety culture and two outcome variables: expectations and actions of supervisors and managers in promoting patient safety, organizational learning - continuous improvement, teamwork within units, opening for communication, feedback and communication about error, non-punitive responses to errors, personnel, support hospital management to patient safety, teamwork by hospitals, internal transfers and tickets call, generalized perceptions about safety, frequency of events reported. The data were analyzed according to specific statistical tests. The data collection instrument was reliable, yielding a Cronbach\'s alpha equal to 0.88. The characterization of the subjects, it was found that 65.3% were nursing assistants, nurses 26.3% and 8.4% nursing technicians, 73.7% female, 67.4% aged between 30 and 49 years and training time from 11 to 15 years. As main results, we may mention that the size opening for communication and communication about the errors, the highest rate found was 35.8%, who say that sometimes talk freely about something that is wrong and sometimes has a payoff on changes implemented due to adverse events reported. In relation to the size non-punitive responses to errors, 50.5% believe that their errors can be used against them, on the number of reported events, 76.8% never filled out a report of adverse events. The dimensions that were presented favorable perception teamwork within units and internal transfers and tickets call, 64.2% believe that professionals collaborate with each other when there is extra work and 44.2% say the information about the patient care is not lost with the shift change. We believe this study contributes to the necessary interventions in the dimensions evaluated and provide subsidies for the improvement of care processes and management with a focus on patient safety
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-22082012-154853 |
Date | 22 June 2012 |
Creators | Eliana Cristina Peixoto Massoco |
Contributors | Marta Maria Melleiro, Sueli Fátima Sampaio, Daisy Maria Rizatto Tronchin |
Publisher | Universidade de São Paulo, Gerenciamento em Enfermagem, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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