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Análise dos fatores de risco para anemia dos recém-nascidos RH positivo filhos de gestantes aloimunizadas RH(D)

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Vaena, MMV Dissertacao.pdf: 210284 bytes, checksum: 1f4da4c9dc642bc3c2e1a9edda34d60f (MD5) / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira / A anemia fetal causada pela Doença Hemolítica Perinatal (DHPN)
é responsável por quadros graves de insuficiência cardíaca e hidropisia,
podendo levar a óbitos fetais. A DHPN pode ocasionar ainda sequelas
neurológicas graves em recém-nascidos devido à encefalopatia bilirrubínica.
No Brasil, apesar da profilaxia a incidência da doença ainda é alta. O
conhecimento do histórico obstétrico e o acompanhamento pré-natal
especializado, com avaliação da anemia fetal pela dopplervelocimetria, e
terapêutica, com transfusão intrauterina, são capazes de aumentar a sobrevida
desses pacientes e evitar sequelas.
Objetivos Descrever e analisar a relação da história obstétrica e do
acompanhamento pré-natal com a ocorrência de anemia no recém nascido
com DHPN, identificando características clínico-epidemiológicas nestes
períodos que possam estar relacionadas com a anemia no recém-nascido.
Metodologia O banco de dados do ensaio clínico sobre o uso de
imunoglobulina humana em anemia hemolítica por aloimunização Rh (D)
forneceu os dados necessários para identificação destas relações. Dados
complementares da dopplervelocimetria foram obtidos junto ao Serviço de
Medicina Fetal do Instituto Fernandes Figueira (IFF). Foram considerados os
recém-nascidos (RN) com diagnóstico de DHPN por anticorpo anti-Rh(D),
nascidos no IFF no período de abril de 2006 a junho de 2009. Foram excluídos
os RN com hidropisia fetal, idade gestacional menor que 32 semanas, asfixia
grave, e os que foram submetidos à exsanguineotransfusão ao nascer.
Análises bivariadas foram utilizadas para identificar as associações com a
anemia. O modelo de trajetória foi utilizado para estimar as associações do
histórico obstétrico e do pré-natal com a anemia. As análises estatísticas foram
realizadas com os programas Epinfo e SPSS.
Resultados O percentual de recém-nascidos com anemia moderada a grave
ao nascer (Htc ≤35%) foi de 38%, os recém-nascidos com anemia leve (Htc
entre 41% e 36%) somaram 27,2% e os não anêmicos (Htc ≥ 42%) 40%. A
média da idade gestacional de início do pré-natal especializado foi de 26
semanas e 16,36% das gestantes que teriam indicação de avaliação com
doppler, chegaram após 34 semanas, o que inviabilizou o acompanhamento
adequado e a realização da dopplervelocimetria. O modelo de trajetória
identificou correlação estatisticamente significativa entre histórico obstétrico e o
período pré-natal de 37% e, entre o período pré-natal com os valores de
hematócrito de cerca de 70%.
Conclusão A história de filhos acometidos por DHPN mostrou-se um fator
importante e que deve ser considerado na assistência pré-natal das gestantes
aloimunizadas Rh(D). O resultado do modelo de trajetória relacionando as
variáveis do período pré-natal com Hematócrito, corrobora a importância de um
pré-natal especializado que permita avaliação da anemia fetal através da
dopplervelocimetria, e que disponha de mais recursos terapêuticos para o
tratamento da anemia. A classificação adequada de risco das gestantes,
através da avaliação da história obstétrica e do resultado do primeiro doppler,
poderia colaborar para o encaminhamento mais precoce das gestantes em
risco para DHPN e a racionalização dos recursos destinados ao pré-natal de
alto risco, acompanhamento e terapêutica da Doença Hemolítica. / The fetal anemia caused by hemolytic diseases is responsible for
severe cases of cardiac insufficiency and hydropsis, which may lead to fetal
death. The hemolytic disease of the fetus and newborn (HDFN) may also cause
severe neurologic sequelae in newborns due to bilirrubinic encephalopathy. In
Brazil, despite prophylaxis the incidence of the disease remains high. The
knowledge of the obstetric history and prenatal specialized care, with
assessment of the fetal anemia by fluxometric doppler and therapy with
intrauterine transfusion, are able to increase the survival of these patients and
prevent sequelae.
Objectives To describe and analyze the relationship between obstetric history
and prenatal care with anemia in the HDFN, identifying clinical and
epidemiological characteristics of these periods that may be related to anemia
in the newborn.
Methods The database of the clinical trial on the use of human immunoglobulin
in hemolytic anemia due to Rh(D) alloimmunization provided the necessary data
for identification of these relationships. Additional data was obtained from the
fluxometric doppler exams of the Fetal Medicine Service of the Instituto
Fernandes Figueira (IFF). We considered the newborn diagnosed with HDFN
by anti-Rh(D), born at the IFF in the period between April 2006 to June 2009.
Infants with fetal hydropsis, gestational age less than 32 weeks, severe
asphyxia or who underwent exchange transfusion at birth were excluded.
Bivariate analyzes were used to identify associations with anemia. The
trajectory model was used to estimate the association of obstetric history and
antenatal anemia. Statistical analyzes were performed using Epinfo and SPSS
programs.
Results The percentage of infants with moderate to severe anemia at birth (Htc
≤ 35%) was 38%, newborns with mild anemia (Htc between 41% and 36%)
amounted to 27,2% and non-anemic (Htc ≥ 42%) was 40%. The average
gestational age of initiation of specialized prenatal care was 26 weeks, and
16,36% of the pregnant women arrived after 34 weeks, which restrained proper
monitoring through doppler velocimetry. The trajectory model identified a 37%
statistically significant correlation between obstetric history and the prenatal
period and a 70% correlation between prenatal period with hematocrit values.
Conclusion The previous history of children affected by HDFN proved to be an
important factor and should be considered in prenatal care of alloimmunized
Rh(D) pregnant women. The trajectory model identified the relationship
between hematocrit value and prenatal care variables. This data supports
specialized pre-natal care that allows assessment through doppler and that can
afford the means to treat anemia. Thus, the proper classification of risk by
evaluating the obstetric history and the outcome of the first doppler, could
contribute to the earlier referral of high risk to HDFN pregnant women to and
also to the rationalization of the resources destinated to high risk prenatal care,
monitoring and treatment of Hemolytic Disease.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.arca.fiocruz.br:icict/4116
Date January 2012
CreatorsVaena, Marcella Martins de Vasconcelos
ContributorsSantos, Maria Cristina Pessoa dos, Santos, Maria Cristina Pessoa dos, Gomes Junior, Saint Clair Santos
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ, instname:Fundação Oswaldo Cruz, instacron:FIOCRUZ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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