Return to search

Papel da disfunção erétil como manifestação sentinela e marcador de risco para doença coronariana

Submitted by Ana Maria Fiscina Sampaio (fiscina@bahia.fiocruz.br) on 2014-05-22T13:34:46Z
No. of bitstreams: 1
Augusto José Gonçalves de Almeida Papel da disfunção...2014.pdff.pdf: 741862 bytes, checksum: 78e1a73115d8c66327b61fd1807203e3 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-05-22T13:34:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Augusto José Gonçalves de Almeida Papel da disfunção...2014.pdff.pdf: 741862 bytes, checksum: 78e1a73115d8c66327b61fd1807203e3 (MD5)
Previous issue date: 2013 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil / INTRODUÇÃO: A doença cardiovascular é a causa mais comum de morte em todo o
mundo. Em homens, 50% das mortes por doença arterial coronariana ocorre em
indivíduos sem história prévia de doença cardiovascular. Disfunção erétil e doença
arterial coronariana têm uma relação estreita, já que ambas são consequências de
disfunção endotelial, levando a limitações no fluxo sanguíneo. A associação entre
severidade da disfunção erétil e a extensão das lesões da doença arterial
coronariana ao exame angiográfico sugere que homens com disfunção erétil sejam
considerados sob risco aumentado de doença arterial coronariana. OBJETIVO:
Avaliar o papel da disfunção erétil como manifestação sentinela e/ou marcador de
risco para doença arterial coronariana. MÉTODOS: Realizou-se uma análise
secundária com dados previamente coletados em dois projetos (“Projeto Avaliar” e
“Projeto Ampliar”). Pacientes do sexo masculino, com idade >18 anos, foram
convidados a participar das duas pesquisas sobre disfunção erétil ao comparecerem
a uma consulta médica ambulatorial em 2002-2003 (Projeto Avaliar) e em 2003-2004
(Projeto Ampliar). Foram selecionados, consecutivamente, 20 pacientes por cada um
dos oito mil médicos que colaboraram com o estudo. O grau de disfunção erétil foi
avaliado por pergunta única de auto-avaliarão global. A presença de condições
médicas foi identificada por auto-relato, os participantes informaram se já haviam
recebido diagnóstico médico de: hipertensão arterial, diabetes, depressão,
hiperplasia benigna ou câncer de próstata, hipercolesterolemia ou doença arterial
coronariana e qual a idade quando o problema foi diagnosticado. Análise
multivariada através de regressão logística foi usada para calcular a razão de
prevalência de “odds” para as associações testadas. RESULTADOS: No total, foram
avaliados 148.685 pacientes, 71.503 no Projeto Avaliar e 77.182 no Projeto Ampliar.
A prevalência de disfunção erétil foi 58,8% e a de doença arterial coronariana 8,1%.
Diagnóstico de diabetes, depressão, hiperplasia benigna ou câncer de próstata,
doença arterial coronariana, hipertensão e hipercolesterolemia foram
significativamente associados com prevalência aumentada de disfunção erétil.
Doença arterial coronariana foi reportada em 11,3% dos homens com disfunção
erétil, comparado a 3,6% naqueles sem esta disfunção (p<0,001). A razão de "odds"
ajustada entre doença arterial coronariana e disfunção erétil foi de 1,33 (IC 95%
1,27-1,39). Aproximadamente, 50% dos diagnósticos de doença arterial coronariana
ocorreu antes do diagnóstico de disfunção erétil, enquanto a outra metade
aconteceu ao mesmo tempo ou depois do diagnóstico da disfunção. CONCLUSÕES:
Nossos dados sugerem que disfunção erétil pode ser um marcador, manifestação
"sentinela", de doença arterial coronariana. As implicações destes resultados são:
deve-se enfatizar a importância da investigação de rotina da função erétil nas visitas
médicas em qualquer especialidade, e em homens apresentando disfunção erétil,
deve-se investigar a presença de outros fatores de risco para doença arterial
coronariana e, conforme as circunstâncias, tratá-los ou introduzir medidas de
redução/controle de risco, conforme as recomendações e diretrizes específicas. / INTRODUCTION: Cardiovascular disease is the most common cause of death
worldwide. In men, 50% of deaths due to coronary artery disease occur among those
without previous history of cardiovascular disease. Erectile dysfunction and coronary
artery disease are closely related, since they are both consequences of endothelial
dysfunction, leading to restrictions on the blood flow. The association between the
severity of erectile dysfunction and the angiographic extension of coronary artery
disease suggests that men with erectile dysfunction be considered at increased risk
for coronary artery disease. OBJECTIVES: To evaluate the role of erectile
dysfunction as a sentinel sign and/or surrogate of risk for coronary artery disease.
METHODS: We performed a secondary analysis on data previously collected in two
research projects (“Projeto Avaliar” e “Projeto Ampliar”). Male patients, age 18 years
old or more, were invited to participate in two surveys about erectile dysfunction while
attending a routine office visit or consultation in 2002-2003 (Projeto Avaliar) and in
2003-2004 (Projeto Ampliar). Twenty patients were consecutively recruited by each
one of the eight thousands doctors collaborating with the survey team. Erectile
dysfunction was assessed by a single global self-rating question. The presence of
selected medical conditions was self-identified by survey participants who informed
whether they had ever been diagnosed by a physician with: hypertension, diabetes,
depression, benign hyperplasia or prostate cancer, hypercholesterolemia or coronary
artery disease, and at what age they were diagnosed with each problem. Multivariate
logistic regression analyses were carried out to calculate prevalence odds for the
associations tested. RESULTS: Overall, 148,685 patients were enrolled, 71,503 in
"Projeto Avaliar" and 77,182 in "Projeto Ampliar". The prevalence of erectile
dysfunction was 58.8% and the prevalence of coronary artery disease was 8.1%.
Being diagnosed with diabetes, depression, benign prostate hyperplasia or prostate
cancer, coronary artery disease, hypertension, and hypercholesterolemia were
significantly associated with increased prevalence of erectile dysfunction. Coronary
artery disease was reported by 11.3% of men with erectile dysfunction, as compared
to 3.6% of males without this dysfunction (p<0.001). The adjusted odds-ratio of the
association between coronary artery disease and erectile dysfunction was 1.33 (CI
95% 1.27-1.39). Approximately, half of the coronary artery disease diagnosis
occurred before erectile dysfunction had begun, the other half occurred either after or
at the same time erectile dysfunction had begun. CONCLUSIONS: Our data suggest
that erectile dysfunction may be a surrogate, sentinel sign, for coronary artery
disease. The implications of our results are: more emphasis should be given to the
routine assessment of erectile function during a medical consultation, regardless of
the specialty; and in men presenting with erectile dysfunction, other risk factors for
coronary artery disease should be ruled out, and, according to the circumstances,
they should be treated or proper risk reducing measures adopted as recommended
by specific guidelines.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.arca.fiocruz.br:icict/7636
Date January 2013
CreatorsAlmeida, Augusto José Gonçalves de
ContributorsFernandes Neto, Antonio, Rocha, Mário de Seixas, Ribeiro, Guilherme de Sousa, Moreira Junior, Edson Duarte
PublisherCentro de Pesquisas Gonçalo Moniz
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ, instname:Fundação Oswaldo Cruz, instacron:FIOCRUZ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0026 seconds