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Prevalência e fatores associados aos transtornos mentais e violência no trabalho das agentes de segurança penitenciária no Brasil / Prevalence and associated factors with common mental disorders and workplace violence in the female correctional officers in Brazil

FERREIRA, M. J. M. Prevalência e fatores associados aos transtornos mentais e violência no trabalho das agentes de segurança penitenciária no Brasil. 2016. 160 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016. / Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2017-01-18T15:50:56Z
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Previous issue date: 2016-11-18 / Violence in the workplace contributes to the development of health problems among Correctional Officers (CO). The daily work of these professionals is stressful, and can have serious consequences for their physical and psychological integrity, such as anxiety and stress. It aims to estimate the prevalence of common mental disorders, violence at work and its associated factors in Female Prison Security Agents in Brazil. It is a cross-sectional, analytical study of national scope, a cut of the project entitled "National health survey on female prison population and prison servants". The population consists of CO formally linked to the Brazilian female penitentiary system, acting in direct contact with women deprived of their freedom and who accepted to participate in the study. The sample was stipulated in 40% of the CO present at the time of collection, excluding holiday, license or new entrants. Data were collected through a self-administered questionnaire. The Pearson chi-square test was performed. Odds Ratio and Confidence Intervals were estimated for factors that showed a significant association or showed to be confounding. The multivariate analysis was performed through the Logistic Regression model. Factors that increased the likelihood of CO developing common mental disorders or experiencing violence in the work environment were verified. Point and interval estimates, as well as bivariate and multivariate association analyzes were performed using the complex sampling module with the weighting obtained by the inverse of the product of the probabilities of choosing the CO by sampling stage. About 30.6% of the interviewees had common mental disorders. The consumption of painkillers that did not require medical prescription for acquisition was reported by slightly more than 22% of those interviewed. CO that obtained common mental disorders were more likely to suffer violence in the prison setting (OR = 1.879 (95% CI: 1.069 - 3.305)). With regard to the number of violence suffered at work, 55% reported having been victims of two or more episodes. About 68.4% (95% CI: 62.5-73.8) of the ASP reported having knowledge of events involving violence with co-workers in prison. The CO that entered the age group of 25 to 35 years have the greatest odds (OR = 4.06 (95% CI: 1.6 - 10.8)) of suffering violence at work. The chance of suffering violence increases for women working in temporary deprivation homes (OR = 1.80 (95% CI: 1.07 - 3.03) and penitentiaries (OR = 2.16 (95% CI: 1, 28 - 3,63). The direct contact with the incarcerated population and the high levels of stress at work contribute to the formation of a violent environment. With low social support among CO, which contributes to making the work environment even more exhausting, unsafe and dangerous. The Health sector, in turn, needs to expand the scope of its activities with the CO. In view of the vulnerability inherent in their functions in prisons. / A violência no ambiente de trabalho contribui para o desenvolvimento de problemas de saúde entre Agentes de Segurança Penitenciária (ASP). O cotidiano de trabalho desses profissionais é estressante, podendo trazer consequências graves para a sua integridade física e psicológica, tais como ansiedade e estresse. Objetiva estimar a prevalência de transtornos mentais comuns, violência no trabalho e seus fatores associados em Agentes de Segurança Penitenciária do sexo feminino no Brasil. Trata-se de um estudo seccional, analítico, de abrangência nacional, recorte do projeto intitulado “Inquérito nacional de saúde na população penitenciária feminina e de servidoras prisionais”. A população consiste em ASP vinculadas formalmente ao sistema penitenciário feminino brasileiro, atuando em contato direto com mulheres privadas de liberdade e que aceitaram participar do estudo. A amostra foi estipulada em 40% das ASP presentes no momento da coleta, sendo excluídas do cálculo as agentes em férias, licença ou recém-ingressas. Os dados foram coletados através de questionário autoaplicado. Foi realizado o teste de qui-quadrado de Pearson. O Odds Ratio e Intervalos de Confiança foram estimados para os fatores que apresentaram associação significativa ou mostraram-se como de confundimento. A análise multivariada foi realizada através do modelo de Regressão Logística. Foram verificados os fatores que aumentaram a probabilidade da ASP desenvolver transtornos mentais comuns ou sofrer violência no ambiente de trabalho. As estimativas pontuais e intervalares, bem como as análises de associação bivariada e multivariada foram realizadas utilizando o módulo de amostragem complexa com a ponderação obtida pelo inverso do produto das probabilidades de escolha das ASP por estágio de amostragem. Cerca de 30,6% das entrevistadas obtiveram transtornos mentais comuns. O consumo de calmantes que não necessitavam de receituário médico para aquisição foi relatado por pouco mais de 22% das entrevistadas. As ASP que obtiveram transtornos mentais comuns possuem mais chances de sofrer violência no ambiente prisional (OR = 1,879 (95%IC: 1,069 - 3,305)). Com relação ao número de violências sofridas no trabalho, 55% referiram ter sido vítimas de dois ou mais episódios. Cerca de 68,4% (95%IC: 62,5 - 73,8) das ASP declararam ter conhecimento de eventos envolvendo violência com colegas de trabalho na prisão. As ASP que ingressaram na faixa etária de 25 a 35 anos possuem as maiores chances (OR = 4,06 (95%IC: 1,6 - 10,8)) de sofrer violência no trabalho. A chance de sofrer violência aumenta para as mulheres que trabalharam em casas de privação provisória (OR = 1,80 (95%IC: 1,07 - 3,03) e penitenciárias (OR = 2,16 (95%IC: 1,28 - 3,63)). No Brasil, episódios de agressões e ameaças no trabalho acometem grande parcela das ASP. O contato direto com a população encarcerada e os altos níveis de estresse no trabalho contribuem para a conformação de um ambiente violento. Evidenciaram-se contextos laborais com baixo suporte social entre as ASP. Isso contribui para que o ambiente de trabalho torne-se ainda mais desgastante, inseguro e perigoso. O setor Saúde, por seu turno, precisa ampliar o escopo de suas atuações junto as ASP, tendo em vista a vulnerabilidade inerente às funções que desempenham nas unidades prisionais.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.ufc.br:riufc/21579
Date18 November 2016
CreatorsFerreira, Marcelo José Monteiro
ContributorsKerr, Lígia Regina Franco Sansigolo
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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