Return to search

O sujeito é de sangue e carne: a sensibilidade como paradigma ético em Emmanuel Levinas

Made available in DSpace on 2013-08-07T18:55:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
000396312-Texto+Completo-0.pdf: 1497848 bytes, checksum: 4577c9f2673476ed6b18dc00543ab1a3 (MD5)
Previous issue date: 2007 / Une lecture qui parcourt la pensée de Emmanuel Levinas permet de refaire et d’articuler ses traits et moments principaux, et par ce cheminement nous cherchons d’approfondir le sens éthique de la subjectivité comme responsabilité pour l’Autre ou l’un-pourl’Autre, et de montrer que l’humain s’ouvre par la possibilite extraordinaire du fait que l’altérité de l’Autre puisse intervenir dans le sujet avant même de sa propre identité pour soi-même. Le point aigu de cette thèse cherche à soutenir que le sens éthique de la subjectivité n’apparaît pas suffisamment sans une exhaustive référence à sa sensibilité et son incarnation. Cette articulation nodale entre éthique et incarnation ou entre responsabilité et sensibilité se montre avec patence à partir des descriptions de l’arc de constitution de la subjectivité, soit comme être pour-soi par la jouissance et l’appropriation économique des choses du monde, soit comme l’un-pour-l’Autre susceptible d’être affecté par l’altérité d’autrui et de lui répondre par le don de ses ressources et, en dernière instance, par le don de soi-même, compte tenu du fait que le sujet se constitue en premier chef par la jouissance et la possession. Cette affectabilité inscrite dans la sensibilité humaine comme responsabilité qui la rend non-indifférente à la différence de l’Autre avant même son propre pouvoir de décision, est décrite par Levinas comme “vulnérabilité” et trouve dans la maternité son analogon par excellence. fre / Numa leitura itinerante do pensamento de Emmanuel Levinas, que refaz e articula seus principais momentos, intentamos aprofundar o sentido ético da subjetividade enquanto responsabilidade pelo Outro ou um-para-o-Outro, mostrando que o humano se abre com a possibilidade extraordinária de que a alteridade do Outro venha a contar para o sujeito antes que a sua própria identidade para si mesmo. O ponto agudo deste projeto é sustentar que o sentido ético da subjetividade não emerge de modo suficiente sem uma exaustiva referência à sua dimensão sensível e encarnada. Esta articulação nodal entre ética e encarnação, ou responsabilidade e sensibilidade, torna-se patente à medida em que se descreve o arco de constituição da subjetividade, quer como ser para-si, no gozo sensível e na apropriação econômica das coisas do mundo, quer como um-para-o-Outro, na suscetibilidade a ser afetado pela alteridade de outrem e responder por ela com o dom dos próprios recursos ou, em última instância, com o dom de si mesmo, uma vez que o sujeito primariamente se constitui a partir do que ele frui e tem. Esta afetabilidade responsiva inscrita na sensibilidade humana, que a torna não-indiferente à diferença do Outro antes de seu próprio poder de decisão, é descrita por Levinas com o termo “vulnerabilidade” e encontra na maternidade o seu analogon por excelência.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/3433
Date January 2007
CreatorsSantos, Luciano Costa
ContributorsPivatto, Pergentino Stefano
PublisherPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageFrench
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0027 seconds