Return to search

[en] LAS KENNINGAR: LANGUAGE AND PERSPECTIVISM / [pt] LAS KENNINGAR: LINGUAGEM E PERSPECTIVISMO

[pt] Esta dissertação analisa o ensaio Las kenningar, de Jorge Luis Borges.
Debruçando-nos sobre suas reflexões acerca desse recurso próprio dos poemas
medievais islandeses, encontramos vez para discutir a linguagem, em geral, e a
metáfora, em particular. Mostraremos mais especificamente que certo ângulo
aberto pelo texto de Borges permite pensá-las de uma forma que é
surpreendentemente próxima do tipo de perspectivismo descrito pelo antropólogo
Eduardo Viveiros de Castro em suas reflexões sobre a vida e o pensamento
ameríndio. Tal afinidade é fomentada por inusitados encontros: se o sangue, por
exemplo, nas kenningar, pode ser a cerveja dos corvos; para os ameríndios,
pode ser o cauim do jaguar. Destaca-se nos dois casos, conforme mostraremos,
o privilégio de uma perspectiva e a predominância das relações em devir – e isso
de um modo que promete subverter de forma especialmente radical o pendor
logocêntrico, que tende a permanecer como matéria velha em percepções
contemporâneas ocidentais sobre a palavra, mesmo entre os mais perseverantes
críticos da visão representacionista da linguagem. Busca-se mostrar também como
o ensaio de Borges, na contraluz do perspectivismo ameríndio, abre espaços para
se repensar o jogo entre metáfora e alteridade. / [en] This dissertation analyses Jorge Luis Borges’ essay Las kenningar. Looking
on his reflexions about the kenningar - a resource typical to the icelandic
medieval poetry -, a discussion on language, in general, and on metaphor, in
particular, arises. It is shown specifically that an angle explored by Borges allows
to think metaphor in a very close way to anthropologist Eduardo Viveiros de
Castro’s perspectivism definition as found in his works on Amerindian people life
and mind. Such an affinity is fomented by amusing encouters, e.g. if blood in
the kenningar can be crows’ beer, to Amerindian people it can be jaguar’s
cauim. In both cases, it will be shown that a certain perspective is privileged and
that becoming relationships are dominant. All this ocurrs in a specially radical
way that promises to subvert the logocentric penchant - which becomes “old
stuff” in the contemporary western perceptions about language. It also tries to
show how Borges’ essay along with Amerindian perspectivism call for a
rethinking of the metaphor/alterity game.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:17632
Date10 June 2011
CreatorsSABRINA ALVERNAZ SILVA CABRAL
ContributorsHELENA FRANCO MARTINS
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTEXTO

Page generated in 0.0025 seconds