Return to search

[pt] POR UMA EPISTEMOLOGIA AMOROSA: DO AMOR (1822) DE STENDHAL COMO TEORIA DO CONHECIMENTO / [en] TOWARDS AN EPISTEMOLOGY OF LOVE: ON LOVE (1822) BY STENDHAL AS A THEORY OF KNOWLEDGE

[pt] Esta tese analisa a obra Do amor, escrita em 1822 pelo escritor francês Henri
Beyle (mais conhecido por um dos seus muitos pseudônimos, Stendhal), como uma
elaboração de uma epistemologia amorosa, isto é, considera o livro, que se debruça
sobre o tema do amor e sobre as demais paixões, como uma teorização acerca das
faculdades necessárias ao desenvolvimento do conhecimento dos fenômenos em
geral. Essa interpretação parte da suposição de que a denominação da obra por parte
de Stendhal como um tratado e como ciência não deve ser ignorada, mesmo que a
forma antissistemática do seu texto, quando comparada às correntes
epistemológicas tomadas como modelo pelo escritor (a saber, as de inspiração
sensualista), indique outro tipo de finalidade. Propõe-se, assim, pensar Do amor
como a concepção de uma teoria do conhecimento que precisa ser entendida a partir
de sua desordem formal e não apesar dela. Pretende-se levar em consideração a
forma do tratado como parte constitutiva de sua epistemologia, mostrando que
aquela é efeito da radicalidade de sua premissa sensualista. Levada ao extremo, a
inscrição nessa vertente o faz questionar a suficiência dos modelos científicofilosóficos
disponíveis para o conhecimento da paixão amorosa e a elaborar, ainda
que precariamente, uma nova forma que dê a ver sua compreensão acerca do
fenômeno. / [en] This thesis examines the work On love, written in 1822 by the French writer
Henri Beyle (better known by one of his many pseudonyms, Stendhal), taking it as
an elaboration of an epistemology of love. It considers the book, which is about
love and many other forms of passion, to be a theorization on the faculties necessary
for the development of knowledge in general. This interpretation is based on the
assumption that Stendhal s naming the text a treatise and considering it to be
science should not be ignored, even if the text s anti-systematic form, when
compared to the epistemological currents taken as a model for the writer (namely,
those of sensualist inspiration), would indicate some other finality. This work
proposes, then, reading On love as conceiving a theory of knowledge, one that
should be understood precisely in its formal disorder, and not in spite of it. The
intention is to take into consideration the treatise form under which the book is
presented as a constitutive part of its epistemology, demonstrating that the latter is
the effect of the radicality of its sensualist premise. Taken to an extreme, Stendhal s
inscription in this school makes him question the sufficiency of the philosophicalscientific
models that are available for producing knowledge about the experience
of loving passion and to elaborate, even if precariously, a new form that will give
expression to his understanding of the phenomenom.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:61801
Date24 January 2023
CreatorsCLARISSA MATTOS FARIAS
ContributorsHENRIQUE ESTRADA RODRIGUES
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTEXTO

Page generated in 0.003 seconds