Objetivo: O objetivo deste estudo é estabelecer uma relação entre a aptidão física e os conhecimentos alimentares, com o IMC dos alunos.Material e Métodos: A amostra do presente estudo é constituída por 92 estudantes, sendo 54 do sexo feminino e 38 do sexo masculino, todos pertencentes a Felgueiras e com idades compreendidas entre 12 e os 16 anos. A altura (em cm) dos alunos foi medida através de um estadiómetro portátil (SECA 217). O peso (em kg) e a % Massa Gorda (total; do tronco; dos membros superiores e inferiores) foram avaliados pela balança eletrónica Tanita BC545. O IMC foi calculado através da fórmula peso/altura (kg/m²). Para descrever a prevalência de sujeitos com sobrepeso ou obesidade na amostra foram utilizados os valores de referência sugeridos por McCarthy et al. (2006) e Cole & Lobstein (2012). Para a avaliação da aptidão física foi utilizado a bateria de testes do Fitnessgram, nomeadamente o teste do Vaivém 20 metros para a avaliação da aptidão cardiovascular. Para a recolha dos dados dos conhecimentos alimentares utilizou-se o questionário de conhecimentos de nutrição e alimentação (QCNA). A análise de dados foi realizada com recurso ao SPSS (versão 24) (IBM Corporation, 2016). Na descrição das variáveis categóricas foram utilizadas frequências absolutas (n) e relativas (%) e nas variáveis contínuas foram calculadas médias (M) e desvios padrão (DP). A relação entre variáveis foi estudada com o T-teste, no caso da comparação de dois grupos, depois de verificada a normalidade da distribuição (teste Kolmogorov-Smirnov) e a homogeneidade de variâncias (teste Levene).Resultados: O sexo masculino tem um resultado positivo na força abdominal, extensão de braços e no teste de aptidão aeróbia; por outro lado, tem resultados negativos na flexibilidade da perna direita e esquerda, havendo resultados superiores nas estudantes do sexo feminino nestes dois parâmetros. Estudantes mais velhos apresentaram menor força abdominal, mas mais flexibilidade da perna direita e esquerda. Conhecimentos acerca da relação dieta-doença associam-se com maior força abdominal e flexibilidade perna direita. Por fim, estudantes com maiores índices de IMC, configurados pela definição de Cole e Lobstein (2012) apresentam piores resultados no teste de aptidão aeróbia.Conclusão: Este estudo estabeleceu relações estatisticamente positivas entre o IMC e a aptidão física. No que toca à relação do IMC com os conhecimentos alimentares, observou-se alguma consistência quando comparado os alunos estudados com os pontos de corte do IMC de Cole & Lobstein (2012), pois aqui conseguimos demonstrar que os que têm IMC mais alto obtiveram piores respostas no QCNA, na parte das recomendações diatéticas e na relação dieta-doença, comparativamente aos de baixo IMC. / Objective: The objective of this study is to establish a relationship between physical fitness and eating skills with students' BMI.Material and Methods: The sample of the present study consists of 92 students, 54 female and 38 male, all belonging to Felgueiras and aged between 12 and 16 years old. The height (in cm) of the students was measured through a portable stadiometer (SECA 217). The weight (in kg) and % MG (total, trunk, upper and lower limbs) were evaluated by the Tanita BC545 electronic scale. The BMI was calculated using the formula weight / height (kg / m²). To describe the prevalence of overweight or obese subjects in the sample, the reference values suggested by McCarthy et al. (2006) and Cole & Lobstein (2012). For the evaluation of physical fitness, the Fitnessgram test battery was used, in particular the 20-Meter PACER Test for the evaluation of cardiovascular fitness. The nutritional and food knowledge questionnaire (QCNA) was used to collect the food knowledge data. Data analysis was performed using SPSS (version 24) (IBM Corporation, 2016). Absolute (n) and relative (%) frequencies were used in the description of the categorical variables, and the continuous variables were calculated as means (M) and standard deviations (SD). The relationship between variables was studied with the T-test, in the case of the comparison of two groups, after the distribution normality (Kolmogorov-Smirnov test) and the homogeneity of variances (Levene test) were verified.Results: Males have a positive result on abdominal strength, arms extension and aerobic fitness test; on the other hand, has a negative result on the flexibility of the right and left legs, with higher results in female students in these two parameters. Older students had lower abdominal strength, but more flexibility of the right and left legs. Knowledge about the diet-disease relationship has an association in increased abdominal strength and right leg flexibility. Finally, students with higher BMI indexes, configured by the definition of Cole and Lobstein (2012), present worse results in the aerobic fitness test.Conclusion: This study established statistically positive relationships between BMI and physical fitness. Regarding the relationship between BMI and dietary knowledge, some consistency was observed when comparing the students studied with the Cole & Lobstein (2012) BMI cut-offs, since here we were able to demonstrate that those with a higher BMI obtained worse responses in the QCNA, in the part of the diathetic recommendations and in the relation diet-illness, compared to the ones of low BMI.
Identifer | oai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/116767 |
Date | 20 November 2018 |
Creators | Filipe Azevedo Ferreira |
Contributors | Faculdade de Desporto |
Source Sets | Universidade do Porto |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Dissertação |
Format | application/pdf |
Rights | openAccess |
Page generated in 0.002 seconds