Return to search

Avaliação clínica do perfil epidemiológico de 665 pacientes com câncer oral diagnosticados entre os anos de 1970 - 2009 na FOUSP / Clinical evaluation of epidemiological profile of 665 patients diagnosed with oral cancer between 1970-2000 at FOUSP

O Carcinoma espinocelular (CEC) é o mais comum das neoplasias malignas da cavidade oral. Corresponde a cerca de 70 a 90% dos cânceres orais. Há aproximadamente 200.000 novos casos por ano no mundo. No Brasil são estimados cerca de 14.120 novos casos de câncer oral por ano. A literatura atual tem demonstrado uma alteração do perfil clínico do paciente portador de CEC em relação às quatro décadas passadas. Avaliamos os dados clínicos disponíveis de 665 pacientes diagnosticados com CEC da cavidade oral atendidos na Disciplina de Estomatologia Clínica da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo entre os anos de 1970 a 2009. As variáveis estudadas foram: idade, gênero, etnia e sitio primário do tumor. Os dados foram analisados estatisticamente entre as décadas. Os dados gerais encontrados revelaram que dos 665 casos analisados, 512 (76,99%) eram homens e 143 (21,50%) mulheres, sendo 538 (80,9%) leucodermas, 98 (14,74%) melanodermas, 15 (2,26%) feodermas e 14 (2,11%) xantodermas.Os sítios mais acometidos foram, o assoalho bucal com 150 (22,56%) casos, seguido pela língua com 142 (21,35%), mandíbula 88 (13,23%), palato 72 (10,83%), lábios 62 (9,32%), rebordo e fundo de sulco 31 (4,66%), outros (trígono retromolar, , mucosa jugal e tonsilas) com 94 (14,14%) e 26 (3,91%) sem dados. A idade média geral encontrada foi de 56,81 anos, sendo que nos homens foi de 55,88 anos e nas mulheres de 60,07 anos. Quanto ao gênero, na década de 70, os homens representavam 86% dos casos e na última década 74%, passando de uma relação de 5,93 H/M para 3,32 H/M, resultando em uma redução de 44% na relação homem / mulher. Quando se compara a idade entre as quatro décadas, observamos um aumento das idades médias, de 55,1 anos na primeira década para 60,07 anos na quarta década, porém sem relevância estatística. Pacientes leucodermas foram os mais acometidos na primeira década com 87,56% dos casos e na última com 76,55%, enquanto os melanodermas responderam por 6,47% dos casos na década de 70 e por 19,91% na última década. Não foi possível encontrar alterações significativas do perfil clínico dos pacientes com CEC entre as décadas analisadas. / Squamous cell carcinoma (SCC) is the most common malignancy of the oral cavity, accounting for up to 90% of oral cancers and, in Brazil, there are approximately 14,120 new cases of oral cancer per year. Current literature has shown a change in the clinical profile of patients with SCC in relation to the past four decades. We evaluated the clinical data of 665 patients diagnosed with SCC of the oral cavity treated at the Department of Stomatology Clinic, School of Dentistry, University of São Paulo between 1970 and 2009. The variables studied were age, gender, ethnicity, and primary tumor site. Data were statistically analyzed between the decades. The data revealed that out of 665 cases, 512 (76.99%) were men and 143 (21.50%) women. In the 70\'s, men accounted for 86% of cases and 74% in the last decade, with a ratio of 5.93 Male / Female to 3.32 M / F, a 44% reduction in the male to female ratio. In this cohort, 538 (80.9%) were Caucasian, 98 (14.74%) were Melanoderm, 15 (2.26%) were Mulatto, and 14 (2.11%) were Asian. Caucasian patients were the most affected in the first decade with 87.56% of cases and the last with 76.55%, while the black patients accounted for 6.47% of cases in the 70s and 19.91% in the last decade. The most common affected site was the floor of the mouth (150; 22.56%), followed by tongue (142; 21.35%), mandible (88; 13.23%), palate (72; 10.83%), lips (62; 9.32%), alveolar ridge and fornix (31; 4.66%), or other, e.g., retromolar trigone, buccal mucosa and tonsils (94; 14.14%). Twenty-six (3.91%) cases had no data. The mean age was 56.71, 55.88 years for men and 60.07 years for women. When comparing the age of four decades, an increase of the mean ages of 55.1 years in the first decade to 60.07 years in the fourth decade, but without statistical significance. In conclusion, this study did not find significant changes in the clinical profile of patients with SCC over time.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-06032012-165523
Date14 December 2011
CreatorsRocha, Rita de Cássia Araujo
ContributorsLemos Júnior, Celso Augusto
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeDissertação de Mestrado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

Page generated in 0.0016 seconds