Return to search

Efeitos da suplementação de creatina na massa óssea, função e força musculares e na composição corporal de mulheres pós-menopausadas com osteopenia: um estudo clínico, randomizado, controlado por placebo / Effects of creatine supplementation on bone mass, muscle strength and function and in the body composition of postmenopausal women with osteopenia: a randomized, placebo-controlled clinical study

Introdução: A suplementação de creatina pode ser uma intervenção dietética de baixo custo, segura e eficaz para combater a perda óssea. O objetivo deste estudo foi investigar se a suplementação de creatina a longo prazo pode impactar beneficamente a saúde óssea em mulheres pós-menopausadas com osteopenia. Métodos: Um estudo clínico, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, foi conduzido entre novembro de 2011 e dezembro de 2017 em São Paulo, Brasil. Duzentas mulheres pós-menopausadas com osteopenia foram alocadas aleatoriamente para receber creatina monohidrato (3 g/dia) ou placebo (3 g/dia dextrose) durante 2 anos. No início do estudo e após 12 e 24 meses, foram avaliadas a densidade mineral óssea areal (DMO-DXA; desfecho primário), massa magra e gorda (DXA), parâmetros laboratoriais e marcadores ósseos, função física e força. No período inicial e 24 meses foram avaliados os parâmetros de densidade mineral óssea volumétrica (vBMD) e de microarquitetura óssea de rádio e tíbia distal (HR-pQCT). O número de quedas e fraturas foram avaliados apenas ao final do estudo. Possíveis efeitos adversos foram autorrelatados. Resultados: A DMO de coluna lombar (p < 0,001), colo do fêmur (p < 0,001) e do fêmur total (p = 0,032) diminuiu ao longo do tempo; no entanto, nenhum efeito de interação foi observado (todos p > 0,05). Com relação aos marcadores ósseos, parâmetros de microarquitetura óssea, número de quedas e fraturas, não se observou alteração significativa com a suplementação de creatina (p > 0,05). Massa magra e massa muscular esquelética apendicular demonstraram-se aumentadas ao longo da intervenção (p < 0,001), sem efeito aditivo da creatina (p = 0,73 e p = 0,40, respectivamente). A creatina também não afetou os parâmetros laboratoriais relacionados à saúde. Conclusão: Dois anos de suplementação de creatina não impactaram a saúde óssea de mulheres pós-menopausadas com osteopenia, tampouco a massa magra ou a função muscular dessa população. Isto refuta a noção de que este suplemento dietético isolado possui propriedades osteogênicas ou anabólicas em longo prazo / Background: Creatine supplementation could be a non-expensive, safe and effective dietary intervention to counteract bone loss. The aim of this study was to investigate whether long-term creatine supplementation can improve bone health in older, postmenopausal women. Methods: A double-blind, placebo-controlled, parallel-group, randomized trial was conducted between November 2011 and December 2017 in Sao Paulo, Brazil. Two hundred postmenopausal women with osteopenia were randomly allocated to receive either creatine monohydrate (3 g/day) or placebo over 2 years. At baseline and after 12 and 24 months, we assessed areal bone mineral density (aBMD; primary outcome), lean and fat mass (through dual X-ray absorptiometry), volumetric BMD and bone microarchitecture parameters, biochemical bone markers, physical function and strength, and the number of falls and fractures. Possible adverse effects were self-reported. Results: Lumbar spine (p < 0.001), femoral neck (p < 0.001) and total femur BMD (p=0.032) decreased across time; however, no interaction effect was observed (all p > 0.050). Bone markers, microarchitecture parameters, and the number of falls/fractures were not changed with creatine (all p > 0.050). Lean mass and appendicular skeletal muscle mass increased throughout the intervention (p < 0.001), with no additive effect of creatine (p=0.731 and p=0.397, respectively). Creatine did not affect health-related laboratory parameters. Conclusion: Creatine supplementation over 2 years did not improve bone health in older, postmenopausal women with osteopenia, nor did it affect lean mass or muscle function in this population. This refutes the long-lasting notion that this dietary supplement alone has osteogenic or anabolic properties in the long run

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-22082019-094019
Date10 June 2019
CreatorsSales, Lucas Peixoto
ContributorsBenatti, Fabiana Braga
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeDissertação de Mestrado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

Page generated in 0.0015 seconds