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Estudo da cinética de washout da carnosina muscular após a suplementação de \'beta\' alanina / The kinetics of muscle carnosine washout after \'beta\' alanine supplementation

Yamaguchi, Guilherme de Carvalho 15 August 2018 (has links)
A &#946;-alanina tem se tornado um suplemento nutricional bastante popular entre atletas de diferentes modalidades esportivas. A razão para tal popularidade deve-se ao grande número de evidências indicando que sua suplementação pode aumentar as concentrações intramusculares de L-carnosina. Com a interrupção da suplementação de &#946;-alanina (BA), a degradação e eliminação da carnosina prevalecem sobre sua síntese, ocorrendo assim o chamado washout. O objetivo o presente trabalho foi avaliar a cinética de washout da carnosina durante 16 semanas após a suplementação de BA, associando as mudanças no conteúdo de carnosina muscular com o desempenho em exercício de alta intensidade. Foram recrutados 15 homens fisicamente ativos, não vegetarianos, a qual foram designados aleatoriamente em dois grupos, BA (n= 11) ou PL (n= 4). Cada participante recebeu a suplementação de BA ou PL (dextrose) em tabletes de liberação prologada (NAI®, USA) na dose de 6,4/d durante 8 semanas em um desenho duplo-cego. Amostras do músculo vasto lateral foram colhidas por meio de biópsia muscular, realizadas antes (S01) e após as 8 semanas (S02) de suplementação, bem como na 1ª (W01), 2ª (W02) 4ª (W03), 8ª (W04), 12ª (W05) e 16ª (W06) semanas após suplementação. Adicionalmente, um teste de tolerância ao esforço de alta intensidade (110% da potência máxima) foi aplicado no tempo S01 e S02, assim como nos tempos W03, W04, W05 e W06 para determinar o Tempo até a Exaustão (TTE). Após 8 semanas de suplementação, foi observada uma diferença significante do conteúdo de carnosina muscular entre o grupo BA (40,76± 12,29 mmol/Kg) e o grupo PL (18,74± 1,22 mmol/Kg; p= 0,0040). O delta médio absoluto observado do grupo BA foi de 18,73± 5,80 mmol/Kg (+ 85%) e, o grupo PL - 0,15± 1,78 mmol/Kg (- 0,7%). Após W02 o grupo BA apresentava 17,35± 8,99 mmol/Kg de carnosina (~ 79%; p= 0,4667) e após W03, o conteúdo médio verificado foi 12,43± 8,95 mmol/Kg (~ 56%) no grupo BA, (p= 0,0378). Após W04 o grupo BA apresentava o delta médio de 6,9± 8,30 mmol/Kg (~ 38%; p <0,0001) e após W05, 2,91± 6,76 mmol/Kg (~ 13%; p <0,0001). Após W06, o conteúdo de carnosina retornou próximo aos valores basais em 21,91± 7,99 mmol/Kg (p = 1,000). Após o período de suplementação (S02), o TTE não apresentou diferença significante entre o grupo BA, 150,95± 19,31 segundos, e o grupo PL, 153,78± 13,08 (p= 0,8184). Foi possível observar uma forte correlação linear positiva (r= 0,8995) e significante (p= 0,01492) entre o conteúdo de carnosina muscular e o desempenho físico. Conclui-se que a carnosina é um dipeptídeo estável na musculatura esquelética, podendo levar um tempo de 16 semanas ou mais para retornar aos valores / &#946;-alanine has become a popular nutritional supplement among athletes of different sports modalities. The reason for such popularity is due to the large number of evidences indicating that its supplementation may increase intramuscular concentrations of L-carnosine. With the interruption of &#946;-alanine (BA) supplementation, the degradation and elimination of carnosine prevail over its synthesis, thus occurring the washout. The aim of this study was to evaluate carnosine washout kinetics for 16 weeks after BA supplementation, associating changes in muscle carnosine content with high intensity exercise performance. Fifteen physically active, non-vegetarian males were randomly assigned in two groups, BA (n = 11) or PL (n = 4). Each participant received supplementation of BA or PL (dextrose) in sustained-release tablets (NAI®, USA) at a dose of 6.4g. d-1 for 8 weeks in a double-blind design. Samples of the vastus lateralis muscle were collected by muscle biopsy performed before (S01) and after 8 weeks (S02) of supplementation, additionally in the 1st (W01), 2nd (W02) 4th (W03), 8th (W04), 12th (W05) and 16th (W06) weeks after supplementation. In addition, a high intensity exercise test (110% of maximum power) was performed at time S01 and S02, W03, W04, W05 and W06 to determine Time to Exhaustion (TTE). After 8 weeks of supplementation, a significant difference in muscle carnosine content was observed between the BA group (40.76 ± 12.29 mmol.kg-1) and the PL group (18.74 ± 1.22 mmol.kg-1; p= 0.0040). The absolute mean delta of the BA group was 18.73± 5.80 mmol.kg-1 (+ 85%) and, the PL group - 0.15± 1.78 mmol.kg-1 (-0.7%). After W02 the BA group showed 17.35± 8.99 mmol.kg-1 carnosine (~ 79%, p= 0.4667), and after W03, the mean content was 12.43 ± 8.95 mmol.kg-1 (~ 56%) in the BA group, (p= 0.0378). After W04 the BA mean delta was 6.9 ± 8.30 mmol.kg-1 (~ 38%, p <0.0001) and after W05, 2.91± 6.76 mmol.kg- 1 (~ 13%, p <0.0001). After W06, the carnosine content returned to baseline levels in BA group 21.91 ± 7.99 mmol. Kg-1 (p = 1,000). After the supplementation period (S02), the TTE showed no significant difference between the BA group 150.95 ± 19.31 seconds and the PL group, 153.78 ± 13.08 (p= 0.8184). There was a strong positive linear correlation (r= 0.8995) and significant (p= 0.01492) between muscle carnosine content and performance. The present study shows that carnosine is a stable dipeptide in the skeletal muscle, which may take 16 weeks or longer to return to the baseline levels

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