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O (re)significado da leitura de contos para jovens e adultos privados de liberdade / The (re)signified of reading stories to young people and adults deprived of freedom

Reis, Danielle Bin dos 08 August 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-10T16:21:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 danielle_ reis.pdf: 7959719 bytes, checksum: bf06798c802e51d061b74ec81c98b683 (MD5) Previous issue date: 2015-08-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The theme of this dissertation came from my concerns as a teacher of Criminal Unit, teaching Portuguese for private students of freedom in the form of Education of Young and Adult (EJA), always reflect on the theme of reading and worried me in how to motivate them a constant practice. The research topic was defined in reading the literary genre tale. Justify the choice of narrative, tale feature as a permanent dialogue with life. The tale excites and stimulates ideas in discussions. The research geral objective I propose is to (re)signification of reading stories to young people and adults deprived of freedom. How to (re)signified, I understand a new reading with positions and a meaning that goes beyond the text of the speech and interact with life and with others. Some questions guided this research: How to include in the pedagogical practices, sociointeractional reading conception as social practice? How to propose pedagogical practices that enable the student to (re)signify the story read? As from the reading of short stories motivate writing, giving voices to these students? Initially, I made a short theoretical base on literature as a human right, essential in the process of humanization of people, dialoguing with authors such as Candido (2004) and Cosson (2012). In theoretical basis, I sought to analyze the different conceptions of reading, based on Bakhtin (2003); Koch and Elias (2012); Sole (1998) and Geraldi (1997). As conception of reading to support both classes taught, as the analysis of these, I have chosen one sociointeractional and reading as a social practice design. For this purpose, the authors that dialogue are: Rojo (2004); Kleiman; Moita Lopes (1995) and Fairclough (2001). The research method focused on Applied Linguistics guidelines following a qualitative-interpretative approach. To this end, I performed a didactic intervention project in the perspective proposed by Gasparin (2012), in other words, the Plan for Teaching Work (PTD). Analysis of the classes was carried through my diary and student written productions. As a result, the application of lessons shows the voices of the students in both oral (in listening moments of his interpretations) as in times of writing in which students produce other stories, poems, phrases and illustrations. The students were able to (re)signify the reading of tales read in accordance with the relations established with their impressions of the world, as well as listening to their own colleagues and realizing that we can weave different understandings about what we read. Thus, students extend this continuity of meaning out of school sphere and this implies the reading as a social practice / O tema desta dissertação surgiu de minhas inquietações como professora de Unidade Penal, lecionando Língua Portuguesa para alunos privados de liberdade na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Inserida nesse contexto, reflito sempre sobre o tema da leitura e preocupo-me em como motivá-los a uma prática constante. Delimitei meu tema de pesquisa na leitura do gênero literário conto. Justifico a escolha pela narratividade, característica do conto, como diálogo permanente com a vida. O conto emociona e estimula discussões de ideias. O objetivo geral de pesquisa que proponho é a (re)significação da leitura de contos para jovens e adultos privados de liberdade. Como (re)significado, entendo uma nova leitura com posicionamentos e um significado que extrapole o discurso do texto e interaja com a vida e com as outras pessoas. Alguns questionamentos nortearam esta pesquisa: Como incluir, nas práticas pedagógicas, uma concepção sociointeracional da leitura como prática social? Como propor práticas pedagógicas que possibilitem ao aluno (re)significar o conto lido? Como, a partir da leitura dos contos, motivar a escrita, dando voz a esses alunos? Inicialmente, fiz um breve embasamento teórico sobre a literatura como direito humano, imprescindível no processo de humanização das pessoas, dialogando com autores como Candido (2004) e Cosson (2012). Na fundamentação teórica, busquei analisar as variadas concepções de leitura, baseando-me em Bakhtin (2003); Koch e Elias (2012); Solé (1998) e Geraldi (1997). Como concepção de leitura para respaldar tanto as aulas ministradas, como a análise dessas, elegi uma concepção sociointeracional e da leitura como prática social. Para tanto, os autores com que dialogo são: Rojo (2004); Kleiman; Moita Lopes (1995) e Fairclough (2001). O método de pesquisa centrou-se nas orientações da Linguística Aplicada, seguindo uma abordagem qualitativainterpretativista. Para tanto, realizei um projeto de intervenção didática na perspectiva proposta por Gasparin (2012), ou seja, o Plano de Trabalho Docente (PTD). A análise das aulas foi realizada por meio de meu diário de campo e das produções escritas dos alunos. Como resultado, a aplicação das aulas mostrou as vozes dos discentes tanto na oralidade (nos momentos de escuta de suas interpretações) como nos momentos de escrita em que os alunos produziram outros contos, poemas, frases e ilustrações. Os discentes puderam (re)significar a leitura dos contos lidos de acordo com as relações estabelecidas com suas impressões do mundo, assim como ouvindo os próprios colegas e percebendo que podemos tecer compreensões diferentes sobre o que lemos. Dessa forma, os alunos estendem essa continuidade de significados para fora da esfera escolar e isso implica na leitura como prática social.

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