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[pt] HELENA IGNEZ - GUERREIRA NÔMADE HIPERSENSÍVEL: UM ENSAIO TEÓRICO BIOGRÁFICO SOBRE A DISSOLUÇÃO IDENTITÁRIA COMO ARMA NA MÁQUINA DE GUERRA / [en] HELENA IGNEZ - HYPERSENSITIVE NOMAD WARRIOR: A THEORETICAL ESSAY BIOGRAPHY ON THE DISSOLUTION OF IDENTITY AS A WEAPON IN THE WAR MACHINESAMANTHA RIBEIRO DE OLIVEIRA 21 May 2021 (has links)
[pt] A dissertação recorta o período inicial da trajetória artística e afetiva da atriz Helena Ignez, desde sua infância e juventude, na primeira metade do século XX em Salvador, até o início dos anos 70, no Rio de Janeiro, com foco na personagem Angela Carne e Osso, protagonista do filme A Mulher de Todos (1969). Adota narrativa estruturada por microplatôs que se entrecruzam e são conduzidos pela voz da atriz em primeira pessoa, mesclada à ambientação histórica e à reflexão teórica, centrada nos conceitos de máquina de guerra e de hipersensibilidade dos corpos. Nessa construção múltipla e multifacetada observam-se marcas identitárias difusas, em que aspectos dos agenciamentos de sua vida e de sua personagem apontam para o nosso desejo de diálogo com a contemporaneidade. Passando por sua formação na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, a relação artística e afetiva com o cineasta Glauber Rocha, a sua atividade como atriz profissional, em teatro e cinema, e o seu acoplamento com o diretor Rogério Sganzerla, a partir das filmagens de O Bandido da Luz Vermelha (1968) o trabalho fecha seu enquadramento no filme A Mulher de Todos, experimento cinematográfico considerado até hoje ímpar, pelo ineditismo na representação de um feminino desviante. Como efeito desse filme a dissertação toca nos sete longas-metragens protagonizados pela atriz, logo após, e sob influência de A Mulher de Todos, em agenciamento com os diretores Rogério Sganzerla e Júlio Bressane, na produtora fictícia Belair (1970). / [en] The dissertation portrays the initial period of the artistic and emotional trajectory of actress Helena Ignez, from her childhood and youth, in the first half of the 20th century in Salvador, until the start of the 1970s in Rio de Janeiro, focusing on the character Angela Carne e Osso [Angela Flesh and Bone], the protagonist of the movie the A Mulher de Todos [Everyone s Woman] (1969). It adopts a narrative structured by micro-plateaux which interlace and are driven by the actress s voice in the first person, merged with the historical setting and theoretical reflection, centered on the concepts of war machine and body hypersensitivity. In this multiple and multifaceted construction, diffuse identity marks are seen, where life and character agencying aspects point to our desire for dialogue with contemporaneity. Going through her training at the drama school of the Federal University of Bahia, the artistic and emotional relationship with filmmaker Glauber Rocha, her activity as a professional actress in theater and movies, and her connection with the director Rogério Sganzerla, during the filming of O Bandido da Luz Vermelha [Red Light Bandit] (1968), the work ends with her role in the movie A Mulher de Todos, a cinematic experiment considered unique even today for its innovation in representing a deviant female. As an effect of this film, the dissertation touches on the seven feature films in which the actress played the leading role, shortly after and under the influence of A Mulher de Todos, in collaboration with Rogério Sganzerla and Júlio Bressane, in the fictional production company Belair (1970).
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