[pt] Os cabos ópticos submarinos estão distribuídos por boa parte dos oceanos ao redor do globo terrestre. Esses cabos começaram a ser instalados com maior intensidade na década de 90, apesar de o primeiro cabo submarino óptico ter sido instalado em 1982 nas ilhas Canárias. Atualmente a importância dos cabos ópticos submarinos é de grande relevância para as comunicações mundiais e vem crescendo muito ao longo do tempo com a demanda por serviços de internet, liderada hoje pelas grandes empresas de tecnologia e de exploração de mídia social, tais como Google, Amazon, Meta, etc. Hoje cerca de 99 por cento de todo o tráfego da comunicação mundial da internet passa pelos cabos submarinos. Os custos para implantação desses cabos são muito altos e, portanto, prover alternativas para a ampliação da sua duração para um período maior do que a sua expectativa de vida útil representa um ganho considerável para todos. Considera-se atualmente pelos fabricantes e organismos de padronização internacional, como o ITU-T (União Internacional de Telecomunicações), uma expectativa média de vida útil de 25 anos. Esta expectativa de vida útil dada para os cabos ópticos foi a principal motivação para o desenvolvimento dessa pesquisa, cujos objetivos visam apresentar evidências que indiquem que a tendência de vida útil dos cabos ópticos submarinos pode superar os 25 anos previstos, e dessa forma contribuir para o atendimento da crescente demanda por transmissão de dados no mundo impulsionada pelos serviços de Internet. A metodologia adotada foi coletar dados de medições com o OTDR em cabos ópticos submarinos ao longo de 24 anos e avaliar a degradação sofrida pelo coeficiente de atenuação em dB/km ao longo do tempo das fibras ópticas dos cabos em operação, e comparar com a degradação sofrida pelos cabos sobressalentes, e avaliar também a degradação das perdas nas emendas submarinas e a sua correlação com a profundidade de instalação no mesmo período. As análises foram realizadas através da avaliação das curvas em arquivos na extensão .Sor obtidas com as medições realizadas pelo OTDR. Os resultados obtidos demostraram que os cabos ópticos em operação sofreram degradações compatíveis com os valores esperados e dados pelo ITU-T, mas também mostraram através da análise de curvas de tendência, que a degradação tem um comportamento logarítmico, e a projeção da curva de tendência para os próximos anos indicou que esses cabos poderão continuar em operação por muito mais anos do que os 25 anos, dados como limite anterior. Foi observado também que a penalidade de potência dada pela perda nas emendas é muito superior a degradação somente nas fibras ópticas, que existe uma correlação positiva entre a profundidade das caixas de emenda e a degradação na emenda e que os cabos sobressalentes degradam muito mais que os cabos em operação. / [en] Submarine optical cables are distributed over most of the oceans around the globe.These cables were installed with greater intensity in the 1990s, despite the fact that the firstoptical submarine cable was installed in 1982 in the Canary Islands. Currently, theimportance of submarine optical cables is very relevant for world communications and hasbeen growing a lot over time with the demand for internet services, led today by largetechnology and social media companies such as Google, Amazon, Meta, etc. Today around 99 percent of all world internet communication goes through undersea cables. The costs forimplanting these cables are very high and, therefore, to provide alternatives for optimizingtheir use by extending their duration for a period longer than their expected useful life,given by international standardization bodies, such as the ITU-T (InternationalTelecommunications Union), and by the manufacturers, which currently is 25 years, is ahuge gain for everyone. The life expectancy given for optical cables was the mainmotivation for the development of this research, whose objectives aim to present evidencethat indicates that the useful life trend of submarine optical cables can reach much morethan the 25 years predicted and in this way contribute to meeting the growing demand fordata transmission in the world, driven by Internet services. The adopted methodology wasto collect measurement data with the OTDR in submarine optical cables over 24 years andto evaluate the degradation suffered by the attenuation coefficient in dB/Km over time ofthe optical fibers of the cables in operation and to compare with the degradation sufferedby the spare cables, and also evaluate the degradation of the losses in the underwater splicesand its correlation with the depth of installation in the same period. The analyzes werecarried out by evaluating the .Sor curves obtained with the measurements performed by theOTDR. The conclusions showed that the optical cables in operation suffered degradationscompatible with the expected values and given by the ITU-T, but also showed through theanalysis of trend curves, that the degradation has a logarithmic behavior, and the projectionof the trend curve for the coming years indicated that these cables could continue to operatefor many more years than the 25 years given as the previous limit. It was also observed thatthe power penalty given by the loss in the splices is much higher than the degradation inthe optical fibers alone, that there is a positive correlation between the depth of the spliceboxes and the degradation in the splice, and that the spare cables degrade much more thanthe cables in operation.