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[fr] JUIN 2013: L EXPRESSIVITÉ DES IMAGES ET DES SONS PRODUITS COMME FRACTURE DANS LA COMMUNICATION ET DÉCLENCHER DE L IMAGINATION POLITIQUE / [pt] JUNHO DE 2013: A EXPRESSIVIDADE IMAGÉTICA E SONORA DOS MANIFESTANTES COMO FRATURA NA COMUNICAÇÃO E DISPARADORA DA IMAGINAÇÃO POLÍTICAMARIA DEL-VECCHIO BOGADO 18 August 2017 (has links)
[pt] O presente trabalho se debruça acerca dos elementos expressivos contidos no ciclo de manifestações iniciadas no Brasil em junho de 2013. Compreende-se este evento como um acontecimento político que fricciona a linguagem comum e dispara processos de subjetivação vinculados a um uso singular da imagem e do som. Destacam-se os registros audiovisuais produzidos por manifestantes de um ponto de vista interno aos embates travados com a polícia; e sonoros, tendo em vista a materialidade do som proferido pelas vozes dos manifestantes, para além do significado que exprimiam. Nota-se que as imagens e sons dos manifestantes extrapolavam os limites semânticos da palavra tanto quanto os limites figurativos
da imagem, escapando, em certa medida, ao regime comunicativo e informacional do debate midiático. Aqui, busca-se uma aproximação com o que na imagem seria tido como falha e o que no som seria tido como ruído. Os borrões da imagem, assim como a própria ressonância do som podem ser tomados como disparadores para a imaginação política. Para esta elaboração, leva-se em conta: a noção de acontecimento proposta por Gilles Deleuze e Félix Guattari, a distinção entre polícia e política em Jacques Rancière, o pensamento acerca da materialidade da imagem em Georges Didi-Huberman, assim como do som em Jean-Luc Nancy, e as noções de subjetivação que atravessam o trabalho desses filósofos com fortes
pontos em comum. Em diálogo com esta reação teórica à experiência de 2013, também constitui a dissertação uma reação poética, com a apresentação de um longo poema que busca encenar a relação com o som, com as imagens e os processos de subjetivação que se pensaram aqui. / [fr] Ce document se penche sur les éléments expressifs contenus dans le cycle. des protestations que ont commencé au Brésil en Juin 2013. Ces protestations sont comprises comme un événement politique qui est capable de problematizer le langage commun et provoquer des productions de subjectivation liés à une utilisation singulier de l image et du son. Ici, se détachent les enregistrements audiovisuels produits par des manifestants d un point de vue interne aux affrontements avec la police; et les enregistrements sonores, en vue de la matérialité du son délivré par les voix des manifestants, au-delà du sens exprimé.
Il est possible de noter que les images et les sons des manifestants extrapolaient les limites sémantiques de la parole, autant que de les limites figuratives de l image, échappant dans une certaine mesure, du système de communication et d information du débat médiatique. Ici, nous cherchons un rapprochement avec ce que dans l image serait considéré comme une panne et que dans le son serait considéré comme de pure bruit. Les flous de l image, ainsi que la propre résonance du son peuvent être considérés comme
déclencheurs de l imagination politique. Pour ce développement on tient en compte: la notion d événement proposée par Gilles Deleuze et Félix Guattari, la distinction entre la police et la politique par Jacques Rancière, la pensée sur la matérialité de l image par Georges Didi-Huberman, ainsi que sur le son, par Jean Luc Nancy, et les points communs sur les notions de subjectivations proposés dans le travail de ces philosophes. Dans un dialogue avec la réaction théorique à l expérience de 2013, cette thèse est constituée aussi d une réaction poétique, avec la présentation d un long poème qui cherche à mettre en
scène la relation avec le son, avec les images et les processus subjectifs qui qui ont été pensés ici.
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