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[pt] AGENTES DO TERROR COMO AGENTES DE SEGURANÇA: CONTESTANDO HISTÓRIAS DO IRA / [en] AGENTS OF TERROR AS AGENTS OF SECURITY: CONTESTING HISTORIES OF THE IRAJOANNA DE VASCONCELOS CORDEIRO 22 September 2011 (has links)
[pt] Aquilo que vem sendo interpretado como terror pode, por sua vez, ser interpretado como segurança. As narrativas padrão sobre organizações como o Exército Republicano Irlandês, baseadas em afirmações sobre terror de uma lado e revolução de outro, podem ser relidas com base em narrativas (também usuais) sobre segurança, termo este que infere muito mais legitimidade que terror. A dissertação se debruça sobre o pensamento de Jef Huysmans a fim de fazer uma leitura do IRA enquanto agência de segurança e os processos sociopolíticos onde se inscreve, demonstrado como uma mudança do uso de narrativas do terror para narrativas de segurança remodula a relação entre legitimidade e violência, tanto em relação ao IRA quanto em relação ao Estado. Não se trata simplesmente de uma questão sobre a história de quem é contada, mas de como formas específicas de narrativas e análises acabam por definir o que conta como violência legítima. Desta forma, organizações como o IRA podem ser mais bem compreendidas ao serem consideradas organizações que gozam de legitimidade perante uma população e não partindo do pressuposto de sua ilegitimidade. / [en] What has been interpreted as terror can be interpreted as security. The standard histories about organisations such as the Irish Republican Army, based on claims about terror on the one hand or revolution on the other can be re-read on the basis of (also standard) narratives about security, with security implying much greater legitimacy than terror.This thesis makes usage of Jef Huysmans thought to analyse the IRA as a security agency and the socio-political processes where it is embedded, in order to show how the shift from terror narratives to security narratives recasts the relationship between legitimacy and violence, both in relation to the IRA and to the state. It is not only a matter of whose history gets told, but how specific forms of narratives work to shape claims about what counts as legitimate violence. Therefore, organisations like the IRA can be better understood when interpreted as organisations that have legitimacy over a population instead of starting from the assumption of their illegitimacy.
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