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[en] BEATEN EARTH: ON THE TWO BUTANTÃ HOUSES AND HOW TO INHABIT PATHWAYS / [pt] TERRA BATIDA: SOBRE AS DUAS CASAS DO BUTANTÃ E COMO HABITAR CAMINHOSELEONORA ARONIS RAINHA 07 July 2022 (has links)
[pt] A partir da leitura de duas casas vizinhas no Butantã, na cidade de São Paulo, como
um conjunto – uma casa bandeirante restaurada em 1954 pelo Sphan (Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e transformada em museu como parte
das comemorações do IV centenário da cidade, e a casa que o arquiteto Paulo
Mendes da Rocha construiu para si entre 1964 e 1967 – busca-se entender, através
da dimensão material, construtiva e tátil da arquitetura, questões de escala
continental que transpassam de um tempo ao outro; não por acaso dois momentos
fundamentais para o estabelecimento das fronteiras nacionais, a partir do litoral
atlântico para dentro do continente americano. Olhando simultaneamente para essas
duas casas icônicas da história da arquitetura paulistana, construídas lado a lado e
em uma mesma cota, é possível estabelecer associações entre as ideias de habitar
que elas representam, e, na arquitetura, manifestações da construção de um
território– visível não só nas duas casas, como também no plano comum que as
atravessa. Uma terra batida que guarda expressões dos caminhos, dos meandros,
da topografia transformada e recriada pela ação humana; t(T)erra que foi sendo
minerada, escavada e revirada para caber em algum lugar no intervalo entre esses
dois gestos; entre as duas casas, o Butantã. / [en] From the analysis of two neighbouring houses in the Butantã neighbourhood, in the
outskirts of the metropolis of São Paulo, as a set - a Bandeirante house restored in
1954 by Sphan (National Historical and Artistic Heritage Service) and transformed
into a museum as part of the celebrations of the IV centenary of the city, and the
house that the architect Paulo Mendes da Rocha built for himself between 1964 and
1967 – the aim is to understand, mainly through the material, constructive and
tactile dimensions of architecture, how issues of continental scale may cross from
one time to another; not by chance two fundamental moments in the establishment
of national borders, from the Atlantic coast to the interior of the American
continent. Looking simultaneously at these two iconic houses when considering the
history of São Paulo s architecture, built side by side and on the same level, it is
possible to establish associations between the ideas of inhabiting that they
represent, and, in their architecture, manifestations of the construction of a territory
– visible not only in the two houses, but also in the common plane that traverses
them. A beaten earth that carries expressions of the paths, the meanders, the
topography transformed and recreated by human action; e(E)arth that was mined,
excavated and turned over to fit somewhere in the interval between these two
gestures; in between the two houses, Butantã.
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