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[en] LIVING IN YIDDISH: LULLABY, CHILDHOOD, MEMORY AND NARRATIVE / [pt] VIVER EM YIDDISH: EMBALO, INFÂNCIA, MEMÓRIA E NARRATIVAALINE FARIA SILVEIRA 16 December 2021 (has links)
[pt] Viver em Yiddish: embalo, infância, memória e narrativa, tem como tema central canções de ninar Yiddish, canções Yiddish que trazem o tema da infância e narrativas sobre o Yiddish e a vida. O estudo se debruçou sobre melodias e letras de nove canções de ninar Yiddish; 36 canções Yiddish que trazem o tema da infância; e memórias e narrativas com o Yiddish de quinze pessoas entrevistadas. O objetivo principal foi descobrir o que se canta nas canções de ninar Yiddish; quais infâncias comparecem no cancioneiro Yiddish; e o que contam pessoas conectadas com o Yiddish – na essência de suas vidas – sobre suas relações com a língua, a cultura, as canções. A tese teve a intenção de performar diferentes gestos: (a) fazer investigação teórico-crítica realizada a partir de levantamento bibliográfico sobre o Yiddish – história, língua e cultura; (b) realizar minuciosa análise de nove canções de ninar Yiddish e 36 canções Yiddish que trazem concepções de infâncias: laboração de escavação, seleção, arrumação meticulosa das canções escolhidas em duas coleções; (c) escutar narrativas de oito mulheres e sete homens pertencentes à faixa etária de 62 a 87 anos, falantes de Yiddish, pais, avós e bisavós, músicos, professores, pesquisadores e colecionadores conectados com a cultura Yiddish em memórias, trajetórias de vida, trajetórias docentes. A pesquisa teve como estratégia metodológica a busca por canções de ninar Yiddish e canções que trazem o tema da infância nos compêndios de partituras Mlotek reconhecidos internacionalmente (MLOTEK, 1998; s/ano; 2000), sem necessariamente estarem classificados nos álbuns como canções de infância ou de ninar; e realização de 9 entrevistas individuais e 3 em duplas (dois casais de cônjuges e um casal de irmãos). Foi escrita em pandemia: desafio. Possui como central aporte teórico-metodológico Martin Buber e Walter Benjamin: dois autores presentes no decorrer de toda a escrita em inspiração, interlocução e iluminação nos olhares para as canções, as infâncias, as narrativas ouvidas e os sentidos de ser aluno e professor com o Yiddish. Entretanto, muitos outros autores
chegam com potência para o debate. As análises apontam que a canção Yiddish é diversa, amalgamada e, ao mesmo tempo, original, singular – uma música que traz o dia a dia da vida, criada pelo povo, transmitida na oralidade e também feita por poetas, letristas, músicos. Canções de ninar Yiddish e canções Yiddish que trazem o tema da infância cantam narrativas que sonham, embalam, ninam, rememoram, denunciam; revelam brincadeiras engraçadas e satíricas, histórias com aguçado humor, recheadas quase sempre de medo e esperança. Segredam histórias, deflagram contextos, guardam em si multiplicidade de sentimentos, impressões, dúvidas, certezas, crenças e cotidianos. As narrativas ouvidas das pessoas entrevistadas convidaram a olhar a vida em Yiddish de diversos ângulos, definições e sentidos. Não se constituíram objetos isolados de análise e interpretação, mas matéria integrante do corpo argumentativo: são vozes intercessoras com força de interpelação. / [en] Living in Yiddish: Lullabies, Childhood, Memory and Narrative, has as its central theme Yiddish lullabies, Yiddish songs that bring the theme of childhood and narratives about Yiddish and life. The study focused on the melodies and lyrics of nine Yiddish lullabies; 36 Yiddish songs that bring the theme of childhood; and memories and Yiddish narratives of fifteen people interviewed. The main objective was to find out what is sung in Yiddish lullabies; which childhoods appear in the Yiddish songbook; and what people connected with Yiddish tell – in the essence of their lives – about their relationship with the language, the culture, the songs. The thesis intended to perform different gestures: (a) to carry out a theoretical-critical investigation based on a bibliographical survey on Yiddish – history, language and culture; (b) carry out a thorough analysis of nine Yiddish lullabies and 36 Yiddish songs that bring conceptions of childhood: labor of excavation, selection, meticulous arrangement of the songs chosen in two collections; (c) listen to the narratives of eight women and seven men aged 62 to 87 years old, Yiddish speakers, parents, grandparents and great-grandparents, musicians, teachers, researchers and collectors connected with Yiddish culture in memories, life trajectories, teaching trajectories. The research had as a methodological strategy the search for Yiddish lullabies and songs that bring the theme of childhood in internationally recognized Mlotek music compendiums (MLOTEK, 1998; s/year; 2000), without necessarily being classified in the albums as childhood songs or to lull; and conducting 9 individual interviews and 3 in pairs (two couples of spouses and a couple of brothers). It was written during the pandemic: challenge. Its central theoretical-methodological contribution is Martin Buber and Walter Benjamin: two authors present throughout the entire writing in inspiration, interlocution and lighting in the eyes of the songs, childhoods, the narratives heard and the meanings of being a student and teacher with the Yiddish. However, many other authors come to the debate
with power. The analyzes show that Yiddish song is diverse, amalgamated and, at the same time, original, singular – a music that brings everyday life, created by the people, transmitted orally and also made by poets, lyricists, musicians. Yiddish lullabies and Yiddish songs that bring the theme of childhood singing narratives that dream, rock, lull, remember, denounce; they reveal funny and satirical jokes, stories with sharp humor, often filled with fear and hope. They secrete stories, trigger contexts, keep within themselves a multiplicity of feelings, impressions, doubts, certainties, beliefs and daily life. The narratives heard from the people interviewed invited them to look at life in Yiddish from different angles, definitions and meanings. They were not isolated objects of analysis and interpretation, but an integral matter of the argumentative body: they are intercessory voices with the power of interpellation.
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