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[en] CAPITAL FLOWS AND ECONOMIC GROWTH: THE ROLE OF FINANCIAL DEPTH AND THE EXCHANGE RATE CHANNEL / [pt] FLUXOS DE CAPITAIS E CRESCIMENTO ECONÔMICO: O PAPEL DO APROFUNDAMENTO FINANCEIRO E O CANAL DO CÂMBIOANDRE DINIZ JUNQUEIRA 03 September 2008 (has links)
[pt] O objetivo deste trabalho é investigar empiricamente uma
possível relação de causalidade entre fluxos de capitais (e
abertura financeira de um modo geral) e o crescimento
econômico de longo prazo dos países. Utilizando uma amostra
de 70 países para o período de 1970-2004 foram realizadas
uma série de estimações econométricas em painel em vista de
se medir o impacto de um fluxo mais elevado de capitais
sobre a produtividade das economias. Uma vez que a
literatura documenta uma possível assimetria neste efeito,
no sentido de que capitais externos devem ser benéficos
somente para países que já possuem uma capacidade absorciva
mínima, ou seja, que são capazes de converter de forma
eficaz esses capitais para investimentos produtivos que
alavancam o crescimento, utilizamos termos de interações
nas regressões. Mais especificamente testou-se o papel que
o aprofundamento financeiro de um país, medido como a razão
do volume de crédito doméstico privado sobre o PIB,
desempenha nesta relação entre fluxos de capitais e
crescimento. Os resultados obtidos indicam que, para
economias com razão crédito/PIB maior que um nível de
threshold que varia entre 25 e 30%, o impacto de
maiores fluxos de capitais é positivo e significante. Para
abaixo desse threshold o impacto é negativo.
Uma vez que fluxos excessivos de capitais externos exercem
forte pressão de apreciação da taxa real de câmbio de um
país, e que tal apreciação pode ser maléfica ao
crescimento da produtividade uma vez que impõe perdas
significantes aos setores de bens tradables, pode ocorrer
que países com baixo aprofundamento financeiro cresceram a
taxas menores em resultado de maiores fluxos de capitais
devido a uma apreciação excessiva do câmbio real. No
entanto, as estimações das regressões entre desalinhamentos
da taxa real de câmbio e crescimento apontam um efeito
significante e negativo do ponto de vista estatístico,
porém insignificante do ponto de vista econômico. / [en] The objective of this paper is to investigate empirically a
possible causal relation between capital flows (and
financial openess in a widely fashion) and long run
economic growth. With a sample of 70 countries in the
period ranging from 1970 to 2004 we estimated econometric
panels to test for the presence of a productivity growth
enhancing effect of higher capital flows. Since the
literature points out an assimetric effect in the sense
that foreign capital is desirable only for countries which
have attained a certain level of absorptive capacity, that
means, which are more able to convert them to productive
capital, interactive terms were included in the
regressions. More specifically, we tested the role of the
financial depth, measured as the ratio of domestic private
credit over GDP, on the relationship between capital flows
and growth. The results obtained show that economies which
have already attained a certain ratio of credit over GDP
greater than a threshold that varies between 25% and 30%
has a positive and significant impact of capital flows on
growth. Below this threshold, this impact is negative.
Since excessive capital flows exerts a pressure of strong
appreciation of the real exchange rate of a country and
that appreciation may be negative to productivity growth
since it imposes significant losses to tradables sectors,
it is possible that countries with a low financial depth
had grown less because of the effects of appreciation of
the exchange rate caused by capital flows. However, the
regression estimates between real exchange rate
misalignments and growth show a negative significant effect
by a statistical standpoint but insignificant by an
economic standpoint.
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