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[en] CLOSED DUMP AREA REUSE: LEGAL ASPECTS AND ECOTOXICOLOGICAL TESTS ON LEACHEATE FROM THE SANTA CRUZ - RJ DUMP / [pt] REUTILIZAÇÃO DE ÁREAS DE LIXÕES ENCERRADOS: ASPECTOS JURÍDICOS E ENSAIOS ECOTOXICOLÓGICOS EM CHORUME DO LIXÃO DE SANTA CRUZ - RJMARLUS NEWTON P B V DE OLIVEIRA 09 February 2018 (has links)
[pt] Quando do encerramento do recebimento de resíduos sólidos urbanos (RSU) em uma área de lixão, usualmente é demandado pelo órgão ambiental a adoção de medidas mínimas de controle, como recobrimento, drenagem de chorume e coleta de gases. O monitoramento é exigido por longos períodos de tempo, sem que seja possível o uso do imóvel. Esta estratégia pode gerar descontinuidades urbanas, falhas no acompanhamento e ocupações irregulares. Uma abordagem alternativa seria a reutilização de tais áreas, devolvendo-as ao tecido urbano, aplicando-se as normas que estimulam a eficiência no uso de tais espaços, observados os parâmetros técnicos existentes na legislação. No caso do lixão de Santa Cruz, o recebimento de resíduos foi interrompido há aproximadamente 20 anos e o local permanece encerrado, recoberto e ainda não reutilizado. O monitoramento é feito pela companhia responsável pela gestão de RSU no Município do Rio de Janeiro. Foi realizada vistoria na área e foram coletados solo à montante da massa de resíduos e chorume drenado do aterro. O material foi submetido à análise de potencial Hidrogeniônico (pH), de salinidade (análises em andamento) e metais pesados (Zn, Cu, Pb, Cd, Ni, Cr, Hg e As) e verificou-se que as amostras de solo e chorume, estavam de acordo com os parâmetros das resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). Adicionalmente, foi realizado bioensaio no chorume, que apresentou toxicidade. No presente caso, no entanto, a existência de fatores tóxicos desestimula essa reutilização. Sendo assim, verifica-se que a comparação com os parâmetros técnicos de tais resoluções em vigor não são suficientes para atestar a efetiva recuperação ambiental de um imóvel. / [en] Urban solid waste management is a pending problem for several municipalities in Brazil, which insist on using irregular dumpsites for the final disposal of the waste generated within their territory. The official pools performed on 1989, 2000 and 2008 by the Brazilian Institute for Geography and Statistics (IBGE) have shown an improvement, although more than half of Brazilian municipalities still use open dumpsites. On a daily basis, almost ninety thousand tons of waste reaches dumpsites and, up to date, there are still 2.810 dumpsites operating in Brazil. In the State of Rio de Janeiro the scenario seems to be improving faster. The State generates approximately 10 percent of the total amount of waste produced in Brazil and it has dedicated efforts to promote the proper waste management. For example, on 2003, prior to the federal regulation, the State issued the State Policy on Solid Waste Act (State Law no. 4.191/03). The aforementioned law forbids any final disposal of waste that may cause damages to human health and well-being and to the environment. Also, it prevents open disposal, uncontrolled waste burning, disposal on abandoned site and, in addition to that, demands all dumpsites to be closed within a year from its publication. Although the deadline was not obeyed, it certainly created the sense of urgency that demanded authorities to work on this goal. From 2000 to 2015, the State of Rio de Janeiro has closed 65 percent of the formerly active dumpsites: 129 areas were closed on this timespan. State s official numbers show that up to 98 percent of the waste was placed on sanitary landfills, significantly reducing the environmental impacts of such activity. Even though this number seems to be overestimated, it is clear that the State of Rio de Janeiro has made progress despite the slow advance on the national picture.
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[en] AIR QUALITY MONITORING IN THE STATE OF RIO DE JANEIRO, BRAZIL, THROUGH POLLUTION AND ECOTOXICOLOGICAL BIOMONITORING ASSESSMENTS / [pt] MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BRASIL, ATRAVÉS DA AVALIAÇÃO DA POLUIÇÃO E DO BIOMONITORAMENTO ECOTOXICOLÓGICOKARMEL BERINGUI DE OLIVEIRA DA SILVA 28 June 2022 (has links)
[pt] O intenso crescimento dos centros urbanos provocou aumento considerável da
emissão de poluentes atmosféricos, conferindo destaque à poluição atmosférica. A
qualidade do ar de uma determinada região pode ser afetada por fatores como tipos e
quantidades de fontes de emissão, meteorologia e topografia, o que confere
complexidade para essa área de estudo. Os principais poluentes legislados no Brasil
são SO2, NO2, CO, O3 e o material particulado (MP). Dentre esses, o MP pode ser
considerado como uma das mais importantes classes de poluentes devido sua
composição heterogênea, que pode causar efeitos adversos à saúde e ao meio ambiente.
O monitoramento dos poluentes atmosféricos para fins de fiscalização pode ser
realizado utilizando métodos padronizados que incluem equipamentos capazes de
determinar a concentração dos poluentes em tempo real. No Rio de Janeiro, as
principais redes de monitoramento da qualidade do ar pertencem ao Instituto Estadual
do Meio Ambiente (INEA) e à prefeitura do Rio de Janeiro, que dispõem de estações
automáticas em diversas regiões da cidade e do estado. Entretanto, o monitoramento
tradicional da poluição atmosférica demanda altos investimentos para compra e
manutenção desses equipamentos, diminuindo as áreas passíveis de monitoramento. O
biomonitoramento, por sua vez, que utiliza organismos vivos para avaliar mudanças
ambientais, é considerado uma abordagem adequada para ampliar as áreas monitoradas
e avaliar os impactos causados pela poluição.
Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade do ar no Rio de Janeiro
através do biomonitoramento ativo utilizando Tillandsia usneoides e Tillandsia stricta
como biomonitores, investigando o estresse oxidativo causado pela exposição aos
metais. Considerando o efeito das fontes de emissão na qualidade do ar, buscou-se
também avaliar a qualidade do ar no Rio de Janeiro durante os primeiros meses da
pandemia de COVID-19, quando a mobilidade urbana foi alterada consideravelmente.
Nessa avaliação foi considerada ainda a influência das condições meteorológicas por
meio da comparação com dados obtidos para os mesmos períodos do ano anterior.
O biomonitoramento ativo foi realizado entre julho de 2019 e novembro de 2020
em cinco locais do Rio de Janeiro com diferentes características quanto a emissão de
poluentes: Ramos, Urca, Niterói, Duque de Caxias e Santa Cruz. As plantas foram
removidas de um local rural e instaladas nos locais de monitoramento em julho de 2019
e coletadas em outubro de 2019, janeiro e novembro de 2020. A avaliação do estresse
oxidativo foi realizada através da quantificação dos biomarcadores Metalotioneína
(MT), Glutationa Reduzida (GSH), H2O2 e Peroxidação Lipídica, medida pela
concentração de malondialdeído (MDA). Para avaliar a fração biodisponível dos metais
presente no tecido das plantas foi realizada distribuição subcelular através do
procedimento de purificação da metalotioneína, que fornece três frações nas quais os
elementos foram quantificados por espectrometria de massas com plasma
indutivamente acoplado (ICP-MS), bem como a quantificação dos metais totais
realizada em extratos ácidos dos tecidos das plantas.
Na avaliação da qualidade do ar durante a pandemia, os dados de concentração
de NO2, SO2, CO e O3 e variáveis meteorológicas foram fornecidos pelo INEA para
março e abril de 2020 e usados para avaliar mudanças na qualidade do ar em
comparação com o ano anterior e a contribuição das condições meteorológicas. A
prefeitura do Rio de Janeiro forneceu dados de CO, O3 e PM10 e variáveis
meteorológicas para o período entre março e setembro que foram usados para uma
avaliação que considerou o impacto das medidas de distanciamento social na qualidade
do ar através do acompanhamento desde o primeiro decreto de restrição até a abertura
econômica total. Nos dois casos, os dados foram submetidos a destes estatísticos e
análises temporais.
O biomonitoramento da qualidade do ar indicou que os principais elementos
encontrados nos biomonitores foram Fe, Na, K, Ca, Mg and Al. Elementos
relacionados ao tráfego veicular, como Pb, Cr, Cu and V também foram encontrados
em concentrações expressivas. A T. usneoides apresentou maiores concentrações em
comparação com a T. stricta, entretanto, o enriquecimento das duas espécies em relação
à amostra de referência foi similar, indicando que ambas são adequadas para o
biomonitoramento. Duque de Caxias e Santa Cruz apresentaram os maiores
enriquecimentos, o que pode estar relacionado com a contribuição das emissões
industriais.
A avaliação da distribuição subcelular dos metais demonstrou que Cr, Co, Cu,
Cd, Mn, Ni, Se and Zn foram encontrados na fração termoestável da purificação da
metalotioneína, o que indica que as plantas estão em processo de destoxificação desses
elementos. A T. stricta apresentou maiores percentuais da fração não biodisponível, o
que indica que essa espécie é mais resistente aos efeitos tóxicos causados pelos metais.
Foi observado ainda que em períodos secos a absorção das plantas é menor, devido ao
metabolismo ácido das crassuláceas (CAM), que favorece o controle hídrico em
condições de baixa umidade mantendo as organelas responsáveis pelas trocas gasosas
fechadas durante o dia, período no qual se registram maiores concentrações de
poluentes.
Os biomarcadores de estresse oxidativo indicaram que as duas espécies estão em
condições semelhantes de estresse oxidativo, pois suas concentrações não
apresentaram diferença significativa entre as espécies na maioria dos casos. As
correlações entre os biomarcadores indicaram que a principal função da GSH é no
sistema antioxidante, embora em alguns caso ela tenha atuado auxiliando a MT na
destoxificação de metais. As correlações de H2O2 com MT e GSH indicam que a
exposição de metais estimula e produção de espécies reativas de oxigênio (ROS), como
H2O2, cuja concentração pode ser regulada pela ação da GSH, entretanto, a correlação
com MDA indica que o sistema antioxidante não está sendo eficiente na prevenção do
estresse oxidativo.
A avaliação da qualidade do ar durante a pandemia revelou que a redução de até
85 por cento na mobilidade urbana foi a principal responsável pela melhora da qualidade do
ar, principalmente nos primeiros meses de isolamento social. Foi registrada diminuição
na concentração dos poluentes primários e aumento da concentração de O3, um
poluente secundário. Esse mesmo comportamento também foi registrado em outras
cidades ao redor do mundo e é atribuído aos complexos processos de formação de
ozônio, que dependem da concentração de alguns poluentes primários. Embora as
concentrações de ozônio tenham aumentando, o índice de qualidade do ar durante a
pandemia foi melhor do que em períodos com a rotina normal das cidades. A
contribuição das condições meteorológicas não apresentou muita influência, uma vez
que se mostrou semelhante ao mesmo período do ano anterior.
A avaliação da qualidade do ar no Rio de Janeiro revelou que as emissões
veiculares são as principais fontes de poluentes atmosféricos, e que a mudança no fluxo
de veículos pode melhorar a qualidade do ar, embora empreendimentos industriais
também apresentem expressiva contribuição. A poluição urbana pode causar
desequilíbrio ambiental, uma vez que a vegetação está em constante exposição. Podese destacar ainda que o estado do Rio de Janeiro abriga importantes remanescentes de
mata atlântica, o que demanda constante fiscalização visando a garantia da preservação
ambiental. / [en] The intense growth of urban centers has caused a considerable increase in atmospheric
pollutant emission, which can lead to human health and ecosystem risks. The air quality
monitoring network in Brazil is limited, covering not even half of the states. Biomonitoring
employing plants is, thus, an alternative to increase the monitored areas and still allow the
ecotoxicological evaluations concerning air pollution exposure. In this sense, this study sought
to evaluate the air quality of the metropolitan region of Rio de Janeiro using official
atmospheric pollutant concentration data and biomonitoring efforts aiming to investigate
oxidative stress in the bromeliad species used as biomonitors. During the social isolation period
established as a contingency measure against the spread of the coronavirus, air quality was
improved overall, although ozone concentrations increased relative to the previous year and
the period preceding the lockdown. This change was attributed to an urban mobility reduction
of up to 85 percent. The biomonitoring assessments indicate that the main elements taken up by the
plants were those related to vehicular traffic. The correlation of these elements with oxidative
stress biomarkers indicate that air pollution exposure represents a risk to local ecosystems.
Tillandsia stricta and Tillandsia usneoides displayed similar behavior regarding metal
accumulation, albeit presenting different detoxification processes. Although Rio de Janeiro has
one of the most widespread air quality monitoring networks, studies aimed to assess the
environmental air pollution impacts are required, considering that the state is home to important
and endangered Atlantic Forest remnants. In additions, vehicular emission control can
contribute to air pollution reduction, considering that this is one of the main pollutant sources.
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