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[en] REPRESENTATIONS OF ENGLISH LANGUAGE COURSEBOOKS: ANALYSIS OF THE DISCOURSE OF PRODUCERS AND USERS FROM A SYSTEMIC-FUNCTIONAL APPROACH / [pt] REPRESENTAÇÕES DO LIVRO DIDÁTICO DE INGLÊS: ANÁLISE DOS DISCURSOS DE PRODUTORES E USUÁRIOS COM BASE NA LINGUÍSTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL

RENATO CAIXETA DA SILVA 22 October 2012 (has links)
[pt] Esta tese tem como tópico de pesquisa as representações acerca de livros didáticos de inglês construídas na sociedade por seus produtores (autores e editores) e por seus usuários (professores e alunos). A Linguística Sistêmico- Funcional e conhecimentos sobre representações produzidos nas áreas de Estudos Culturais e Psicologia Social constituem os fundamentos teóricos deste estudo, pautando-se por uma visão de construção social da realidade. Mais especificamente, servem como guia de análise uma proposta de análise semânticodiscursiva e a Gramática do Design Visual, ambas de base sistêmico-funcional. Assim, com base nas teorias consideradas, esta tese leva em conta que o livro didático de inglês é um gênero discursivo presente na cultura educacional brasileira e que carrega em si outros gêneros; e também que ele é um objeto de representação dada sua relevância na sociedade em termos políticos, econômicos, culturais e pedagógicos. Este estudo apresenta, então, análise do discurso de produtores de livros didáticos de inglês, considerando gêneros discursivos produzidos por autores e ou editores sobre cinco coleções didáticas distintas (anúncios de catálogos, quartas capas, e apresentações em manuais do professor) bem como análise do discurso de usuários considerando entrevistas com 12 professores usuários de volumes dessas coleções, e 116 questionários com alunos destes docentes sobre o livro utilizado. Estes livros são usados em cinco estabelecimentos de ensino diferentes localizados em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. A pesquisa é de cunho qualitativo, caracteriza-se pela multiplicidade, e seu caráter construtivista está presente na explicitação das representações através da análise do uso cotidiano da linguagem, nomeando-as e sistematizando-as a partir de elementos verbais e não verbais presentes e recorrentes no corpus. Esta em si é uma das contribuições deste estudo. As análises indicam que produtores e usuários, em geral, representam o livro didático de inglês como fonte, agente, curso e atração, sendo pouco recorrentes as representações do livro didático como facilitador e guia no discurso dos produtores. Já a análise do discurso dos usuários evidencia que os docentes ainda representam o livro de inglês como organizador, suporte, mercadoria, possibilidade, e curso. Diferentemente dos produtores, os usuários (professores e alunos) veem o livro didático como facilitador e como guia de maneira mais recorrente. O estudo mostra que os mesmos recursos de significação, ou semelhantes, contribuem para a construção das representações na e pela linguagem, e que as representações também estão relacionadas entre si. Os recursos de significação que contribuem para a construção das representações são de cunho ideacional, interpessoal e textual, não estando estas, então, limitadas ao aspecto ideacional da linguagem. Além de evidenciar as representações, este estudo ainda sugere que essas representações regulam as práticas sociais de produtores e usuários de livros didáticos. Outras contribuições desta tese podem ser a aplicação dos conhecimentos aqui produzidos em cursos de formação de professores, a promoção de conscientização sobre o discurso a respeito do livro didático em momentos de seleção e avaliação do material, e constituindo-se como um ponto de partida para investigações futuras. / [en] This thesis investigates the representations of English language coursebooks that are socially constructed by their producers (authors and editors) and their users (teachers and students). Systemic-functional linguistics and knowledge about representations from Cultural Studies and Social Psychology constitute the theoretical basis of the study, from a view of social construction of reality. More specifically, a semantic-discursive analysis and the grammar of visual design, both based on the systemic-functional theory of language, serve as guides for the discourse analysis. Using these theories, the thesis takes the English coursebook as a genre that is present in Brazilian educational culture and that carries other genres in itself; it is also an object of representation due to its political, economic, cultural and pedagogical relevance in society. Thus, this study presents an analysis of English coursebook producers’ discourse in five separate series, considering three genres written by authors and editors: catalogue advertisements, back cover blurbs and teacher’s manual introductions. The study also analyzes the users’ discourse through 12 interviews with teachers who adopt volumes from these series, and 116 questionnaires answered by their students. The coursebooks are adopted by five different teaching institutions located in Belo Horizonte and Rio de Janeiro. This research is qualitative, characterized by multiplicity, and it uses a constructivist approach in the sense that the explicitness of the representations is expressed in the everyday use of language, which the analytical procedure identifies, categorizes, and systematizes from the recurrent verbal and non verbal elements in the corpus. This is one of the contributions of the research. The analysis indicates that producers and users, in general, represent the English coursebook as a source, an agent, the course, and an attraction. In the coursebook producers’ discourse, guide and facilitator are less recurrent representations. On the other hand, the analysis of the users’ discourse shows that teachers still represent the coursebook as an organizer, a base, a piece of merchandise, and a possibility. Differently from the producers, users (teachers and students), more recurrently, see the coursebook as a facilitator and a guide. The study shows that the same meaning resources, or similar ones, contribute towards the construction of the representations in and through language, and that the representations are themselves inter-related. These meaning resources are ideational, interpersonal and textual ones, and this suggests representations are not limited to ideational aspects of language only. Furthermore, this research also suggests these representations regulate coursebook producers’ and users’ social practices. The pedagogical contributions of the study may be the application of the knowledge produced here for teacher education; a greater awareness of the discourse on the English coursebook that might help in materials evaluation and coursebook selection processes; and a starting point for future investigations on the topic.

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