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[pt] COMPLEXOS DE COBRE(II) DERIVADOS DE LIGANTES N-ACIL-HIDRAZÔNICOS COMO ALTERNATIVA AOS COMPOSTOS DE PLATINA: SÍNTESE, CARACTERIZAÇÃO, ESTUDOS EM SOLUÇÃO E POTENCIAL FARMACOLÓGICO / [en] COPPER(II) COMPLEXES DERIVED FROM NACYLHYDRAZONIC LIGANDS AS AN ANTITUMOR ALTERNATIVE TO PLATINUM COMPOUNDS: SYNTHESIS, CHARACTERIZATION, STUDIES IN SOLUTION AND PHARMACOLOGICAL POTENTIALFAGNER DA SILVA MOURA 13 January 2025 (has links)
[pt] Câncer pode ser considerado um conjunto de diversas doenças, que unidas,
levam desequilíbrio aos tecidos dos quais se originaram. A gênese do tumor está
associada, em geral, as mutações que as células sofrem e se acumulam em seu
interior. A célula modificada adquire maior capacidade de proliferação, sofrendo
expansão clonal transmitindo seus genes para as células filhas. A proliferação
desordenada é capaz de formar uma massa sólida e intrincada de células alteradas
dentro do órgão onde o tumor foi originado.
Os tratamentos atuais contra o câncer são voltados para o diagnóstico do
tipo de câncer, sua localização e gravidade, orientação, a seleção de melhores
opções de tratamento e o seu progresso. Na segunda metade da década de 1960,
Rosenberg descobriu a atividade antitumoral da cisplatina, motivando a busca por
novos agentes anticancerígenos baseados em metais. Apesar disso, poucos
medicamentos anticancerígenos inorgânicos se mostraram promissores devido a
problemas de toxicidade.
Diante desse escopo, derivados N-acilhidrazônicos e complexos de
cobre(II) têm sido sugeridos como compostos promissores para atingir esse
objetivo. Os complexos de cobre(II) têm sido apresentados na literatura como uma
alternativa promissora aos compostos anticancerígenos de platina, uma vez que o
cobre é um elemento traço essencial com menor efeito colateral. Nas últimas
décadas, muitos compostos de coordenação de cobre(II) que apresentam atividade
antitumoral foram relatados como promissores compostos ativos contra células
tumorais, alguns deles avançando para testes clínicos, como é o caso das
Casiopeínas (marca registrada), apresentando diferentes formas de interação com a célula.
Diante disso, nosso grupo de pesquisa possui experiência em complexos
de cobre(II) com atividade antitumoral já reportados. Além disso, ligantes N,O-doadores N-acilhidrazônicos livres e coordenados revelaram atividade biológica
como agentes anticâncer. Isto motivou o design de uma nova geração de ligantes
similares, na tentativa de potencializar a atividade antitumoral.
Este trabalho compreende a síntese, obtenção e caracterização completa de
ligantes inéditos N-acilhidrazônicos que foram totalmente caracterizados, assim
como seus novos complexos de cobre (II) obtidos a partir de três sais de partida
diferentes, o estudo da reatividade, propriedades espectroscópicas, eletroquímicas
e antiproliferativas de uma nova geração de complexos mono e binucleares de
cobre(II) derivados desses ligantes N-acilhidrazônicos. Dos dez complexos
sintetizados, seis deles apresentaram reatividade frente à HSA (albumina sérica
humana), e três complexos tiveram sua atividade antiproliferativa avaliada,
apresentando atividade maior que a cisplatina. / [en] Cancer can be considered a collection of various diseases that collectively
lead to an imbalance in the tissues from which they originate. The genesis of
tumors is generally associated with mutations that accumulate within cells. The
altered cell acquires an increased capacity of proliferation, undergoing clonal
expansion and transmitting its genes to daughter cells. Disordered proliferation
can form a solid and intricate mass of altered cells within the organ where the
tumor originated.
Current cancer treatments focus on diagnosing the type of cell, its location
and severity, guidance, selecting the best treatment options, and monitoring the
progress. In the latter half of the 1960s, Rosenberg discovered the antitumor
activity of cisplatin, which spurred the search for new metal-based anticancer
agents. Despite this, few inorganic anticancer drugs have shown auspicious due to
toxicity issues.
In this context, N-acylhydrazones and their copper(II) complexes have
been suggested as promising compounds for achieving this objective. Copper(II)
complexes have been presented in the literature as an alternative to platinum-based anticancer compounds, given that copper is an essential trace element with
fewer side effects. In recent decades, many copper(II) coordination compounds
exhibiting antitumor activity have been reported as promising active compounds
against tumor cells, with some advancing to clinical trials, such as Casiopeínas (trademark),
which interact with cells in various ways.
Our research group has experience with copper(II) complexes exhibiting
reported antitumor activity. Additionally, N,O-donor N-acylhydrazone ligands,
both free and coordinated, have demonstrated biological activity as anticancer
agents. This has motivated the design of a new generation of similar ligands to
enhance antitumor activity. This work encompasses the synthesis, acquisition, and
complete characterization of novel N-acylhydrazone ligands, which were
thoroughly characterized, as well as their new copper(II) complexes obtained from
three different starting salts. The study includes the reactivity, spectroscopic,
electrochemical, and antiproliferative properties of a new generation of mono- and
binuclear copper(II) complexes derived from these N-acylhydrazone ligands. Of
the ten synthesized complexes, six showed reactivity towards human serum
albumin (HSA), and three complexes derived from the ligand containing furan as
a substituent had their antiproliferative activity evaluated, exhibiting greater
activity than cisplatin.
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