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[en] WHO AM I? WHO WERE WE?: (THE STORY OF) A RESEARCH ON TEACHER IDENTITIES / [pt] QUEM SOU EU? QUEM ÉRAMOS NÓS?: (A HISTÓRIA DE) UMA PESQUISA SOBRE IDENTIDADES DE PROFESSORESBRUNO DE MATOS REIS 04 February 2014 (has links)
[pt] Neste trabalho, narro a história de uma pesquisa sobre identidades emergentes em uma interação entre professores de inglês da rede municipal do Rio de Janeiro. Enquanto comentam cenas do filme francês Entre os Muros da Escola (2008), esses profissionais trocam experiências e estabelecem relações entre seu cotidiano nas escolas e a ficção cinematográfica. Aqui, lançando um olhar sobre questões de identidades, procuro tanto entender as relações que se estabelecem entre o dia-a-dia dos professores e a(s) narrativa(s) do filme quanto analisar – problematizando – minha influência enquanto pesquisador-participante no surgimento, manutenção ou recusa das histórias e tópicos propostos. Desse modo, realizo não só uma análise de dados como também uma reflexão sobre meu desenvolvimento como pesquisador. A fim de refletir sobre a concepção do estudo e minha participação no trabalho, sigo em uma jornada da Pesquisa Educacional com Base nas Artes (Telles, 1998, 2006) até a Prática Exploratória (Allwright e Hanks, 2009). Para dar conta da complexidade da interação, sirvo-me de construtos teóricos da Sociolinguística Interacional e de diferentes contribuições teóricas no campo do estudo das narrativas. A pesquisa, de natureza qualitativa e interpretativa, tem seus dados formados por excertos da interação em que se dão comentários e discussões a respeito de cenas e/ou personagens do filme. No que tange às construções identitárias, a análise dos dados indica, por parte de todos os participantes, uma tentativa de projetar-se como profissionais competentes, engajados e dispostos a resistir a quaisquer dificuldades que se apresentem na realização de seu trabalho. Nesse sentido, a ênfase nos percalços que se observa na interação comumente se associa a alguma forma de autoelogio. Queixar-se, no contexto analisado, é caminho para valorizar o esforço, para construir-se como aquele que, apesar de tudo e todos, insiste em realizar um bom trabalho. A partir de impasses teórico-metodológicos surgidos no decorrer deste trabalho, reflito criticamente sobre a construção e desenvolvimento da pesquisa, o que me
leva a perceber e explorar diálogos entre a Pesquisa Educacional com Base nas Artes e a Prática Exploratória – experiência que, como procuro registrar reflexivamente, tem contribuições significativas para meu amadurecimento como pesquisador. / [en] In this work, I tell the story of a research on emerging identities in an interaction among English teachers of municipal schools in Rio de Janeiro. While talking about scenes from the French movie The Class (2008), these teachers exchange experiences and establish connections between their everyday life at schools and the fiction the film portrays. Taking identity matters into consideration, I seek both to understand the relations established between the teachers’ reality and the movie’s narrative(s) and to analyze – by problematizing – my influence as a participant researcher on the emergence, maintenance or refusal of the stories and topics proposed. Doing so, not only do I analyze the data, but I also reflect on my development as a researcher. In order to ponder about the study design and about my participation in the process, I go on a journey from Arts Based Educational Research (Telles, 1998, 2006) to Exploratory Practice (Allwright and Hanks, 2009). To cope with the interactional complexity, I make use of theoretical constructs from Interactional Sociolinguistics and of some theoretical contributions from the field of narrative studies. The data of this qualitative and interpretative research is formed by excerpts from the interaction in which commentaries and discussions about the movie scenes and/or characters take place. Regarding identity constructions, the analysis indicates that all participants try to project themselves as competent professionals who are willing to resist any difficulties that may arise in carrying out their work. In this sense, the emphasis on the mishaps perceived in the interaction is commonly associated with some type of self-praise. In the analyzed context, complaining is a way of valuing the effort, of constructing oneself as the one who, despite everything and everyone, insists on doing a good job. Starting from theoretical and methodological dilemmas encountered in the course of this work, I reflect on the construction and development of this research, which leads me to notice and explore dialogic relations between Arts Based Educational Research and
Exploratory Practice – an experience that, as I reflexively try to document, contributes to my development as a researcher.
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