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[pt] EU LEIO, EU ESCREVO A CIDADE: NARRATIVAS NEGRO-FEMININAS DE DESCOLONIZAÇÃO DA MATRIZ COLONIAL / [es] YO LEO, YO ESCRIBO LA CIUDAD: NARRATIVAS NEGRAS-FEMENINAS DE DESCOLONIZACIÓN DESDE LA MATRIZ COLONIALFABIANA DE PINHO 13 September 2021 (has links)
[pt] Uma das características da literatura brasileira feminina contemporânea é a eleição do espaço como categoria de reflexão. Historicamente, escritoras/narradoras negras vêm se apropriando do direito de falar sobre a cidade a partir de seus lugares sociais, geopolíticos e estéticos. Os becos da favela, a Pedra do Sal, as viagens de ônibus e as ruas são alguns dos espaços eleitos para compreender a geo-grafia das relações raciais nas cidades. Esta tese busca compreender os modos pelos quais os textos de Cidinha da Silva, Conceição Evaristo e Eliana Alves Cruz, que têm as cidades como tema e problema, constroem fissuras nas atualizações do projeto modernidade/colonialidade tão vigente nos espaços urbanos contemporâneos. Este estudo objetiva a construção de entendimentos sobre a hegemonia da colonialidade nas cidades contemporâneas, a autoria de mulheres negras na construção de espaços de insubmissão, as (re)existências na ocupação de territórios da Literatura Brasileira e da cidade e, por último, a compreensão de que o pensar a cidade é um percurso epistêmico e estético que desobedece e recusa o colonial. Mais do que abordar os processos de exclusão, apresentaremos, nesta tese, algumas formas literárias que têm como parâmetro a construção coletiva de projetos de anticolonialidade. Com este trabalho, convidamos os leitores à percepção de que toda escrita de mulher negra, independente das filiações e pluralidades estéticas, temáticas e de seus territórios, é uma luta des/anticolonizadora porque esgarça as práticas de controle do Ser, do Saber e do Poder que se fundam em hierarquias de gênero, raça, classe e território. / [es] Una de las características de la literatura brasilena femenina contemporánea es la elección del espacio como categoría de reflexión. Históricamente, las escritoras/narradoras negras se han ido apropiando del derecho a hablar de la ciudad desde sus lugares sociales, geopolíticos y estéticos. Los callejones de la favela, Pedra do Sal, los viajes en autobús y las calles son algunos de los espacios elegidos para entender la geo-grafía de las relaciones raciales en las ciudades. Así, esta tesis busca comprenderlas formas en que los textos de Cidinha da Silva, Conceição Evaristo y Eliana Alves Cruz, que tienen las ciudades como tema y problema, construyen grietas en las actualizaciones del proyecto de modernidad /colonialidad tan prevalente en los espacios contemporáneos. Este estudio tiene como objetivo construir una comprensión sobre la hegemonía de la colonialidad en las ciudades contemporáneas, la autoría de las mujeres negras en la construcción de espacios de insumisión, las (re)existencias en la ocupación de territorios de la literatura brasilena y de la ciudad y, finalmente, la comprensión de que pensar en la ciudad es un viaje epistémico y estético que desobedece y rechaza lo colonial. Más que abordar los procesos de exclusión, presentaremos, en esta tesis, algunas formas literarias que tienen como parámetro la construcción colectiva de proyectos anticolonialidad. Con este trabajo, invitamos a los lectores a darse cuenta de que toda escrita de mujer negra, independientemente de las afiliaciones y pluralidades estéticas, temáticas y de sus territorios, es una lucha descolonizadora porque pone a pruébalas prácticas de control del Ser, del Saber y Poder que se basan en jerarquías de género, raza, clase y territorio.
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