1 |
[pt] EXCLUSIVIDADE EM RELACIONAMENTOS E BEM-ESTAR SUBJETIVO: O PAPEL MODERADOR DO TIPO DE RELACIONAMENTO / [en] EXCLUSIVITY IN RELATIONSHIPS AND SUBJECTIVE WELL-BEING: THE MODERATING ROLE OF THE RELATIONSHIP TYPEGABRIEL RAMOS CAUMO 20 August 2021 (has links)
[pt] Na cultura ocidental moderna a monogamia é vista como a melhor, senão a única, forma de relacionamento amoroso. A monogamia refere-se à exclusividade emocional e sexual entre dois parceiros amorosos. Por outro lado, relacionamentos não-monogâmicos consensuais (RNMC) são aqueles em que há um acordo de não-exclusividade emocional e/ou sexual entre os envolvidos. Estudos mostram que algumas características individuais se relacionam com a escolha por relacionamentos monogâmicos ou RNMC, tais como níveis de apego, sociossexualidade e personalidade. RNMC fogem a cultura mononormativa e as pessoas que se envolvem nesse tipo de relacionamento são estigmatizadas. O objetivo da presente dissertação foi investigar o papel do tipo de relacionamento na relação entre a Exclusividade em Relacionamentos e o bem-estar subjetivo. Para isso foram desenvolvidos dois estudos. No primeiro, buscou-se construir uma escala para medir Exclusividade em Relacionamentos com itens contextualizados. A escala construída apresentou 11 itens, divididos em dois fatores (Monogamia e Fidelidade), bons indicadores de fidedignidade e evidências de validade satisfatórias. No segundo estudo, utilizou-se escala desenvolvida no estudo anterior para verificar o efeito da Exclusividade em Relacionamentos no bem-estar subjetivos de indivíduos em relacionamentos monogâmicos e RNMC. Os resultados indicaram que só há interação entre o fator monogamia da Exclusividade em Relacionamento com os afetos positivos e a satisfação de vida (fatores do bem-estar subjetivo) no grupo de pessoas em relacionamentos monogâmicos. A conclusão discute a relação entre a cultura mononormativa e a escolha por relacionamentos monogâmicos ou RNMC, assim como o impacto dessa escolha no bem-estar subjetivo. / [en] In modern Western culture monogamy is seen as the best, if not the only, form of loving relationship. Monogamy refers to emotional and sexual exclusivity between two loving partners. On the other hand, consensual non-monogamous relationships (CNMR) are those in which there is an emotional and/or sexual non-exclusivity agreement between those involved. Studies show that there are some individual characteristics that relate to choosing monogamous relationships or CNMR, such as attachment, sociosexuality and personality. CNMR escapes the mononormative culture and people who get involved in these types of relationships are stigmatized. The aim of this dissertation was to investigate the role of the type of relationship in the relationship between Relationship Exclusivity and subjective well-being. Two studies were developed. In the first, we sought to build a scale to measure Relationship Exclusivity with contextualized items. The constructed scale had 11 items, divided into two factors (Monogamy and Fidelity), good indicators of reliability and satisfactory evidences of validity. In the second study, the scale developed in the previous study was used to verify the effect of Relationship Exclusivity on the subjective well-being of individuals in monogamous relationships and CNMR. The results indicated that there is only interaction between the Monogamy factor of Exclusiveness in Relationship with positive affects and life satisfaction (factors of subjective well-being), in the group of people in monogamous relationships. The conclusion discusses the relationship between mononormative culture and the choice for monogamous relationships or CNMR, as well as the impact of this choice on subjective well-being.
|
2 |
[pt] MONOGAMIA NA CONTEMPORANEIDADE: UM ESTUDO SOBRE A EXCLUSIVIDADE SEXUAL NO CASAMENTO / [en] MONOGAMY IN CONTEMPORARY TIMES: A STUDY ON SEXUAL EXCLUSIVITY IN MARRIAGEPATRICIA MACHADO DA SILVA 28 April 2022 (has links)
[pt] Esta pesquisa teve como objetivo geral investigar a vivência de homens e
mulheres em casamentos concebidos como monogâmicos, no sentido da exclusividade
sexual. Foi realizada uma pesquisa de natureza qualitativa, na qual foram entrevistados
cinco homens e cinco mulheres cisgênero, casados ou em coabitação, em relação
heteroafetiva e sem filhos. Para análise dos resultados, foi utilizado o método de análise
de conteúdo em sua vertente categorial-temática. Com base na análise dos dados
coletados, emergiram cinco categorias principais e uma subcategoria. São elas: Pilares
da conjugalidade; Sexo no casamento; Exclusividade sexual na conjugalidade;
Infidelidade conjugal: quando a exclusividade é rompida; e Concepções sobre
relações não-monogâmicas consensuais. A categoria Exclusividade sexual na
conjugalidade foi desdobrada na subcategoria Dissociação entre sexo e afetos. Os
resultados apontam que o acordo de exclusividade sexual está relacionado à busca de
segurança emocional e de estabilidade conjugal, sendo a exclusividade afetiva mais
valorizada do que a sexual. Insatisfação no casamento e desejo de realizar fantasias
sexuais foram apontados como principais fatores preditores de infidelidade conjugal, a
qual foi definida como ruptura do que foi acordado entre os membros do casal. As
relações não-monogâmicas, que não exigem exclusividade de modo consensual, são
pouco conhecidas e consideradas complexas pelos entrevistados. Conclui-se que o
acordo de exclusividade sexual é assumido implicitamente e raramente abordado pelos
cônjuges. / [en] This research aimed to investigate the experience of men and women in
marriages conceived as monogamous, in the sense of sexual exclusivity. A qualitative
research was carried out, in which five men and five women were interviewed, married
or in cohabitation, in a hetero-affective relationship and without children. To analyze
the results, the content analysis method was used in its categorical-thematic aspect.
Based on the analysis of the data collected, five main categories and one subcategory
emerged. They are: Pillars of conjugality; Sex in marriage; Sexual exclusivity in
conjugality; Marital infidelity: when exclusivity is broken; and Conceptions about non monogamous consensual relationships. The category Sexual exclusivity in conjugality
was divided into the subcategory Dissociation between sex and affections. The results
indicate that the sexual exclusivity agreement is related to the search for emotional
security and marital stability, with affective exclusivity being more valued than sexual
exclusivity. Dissatisfaction in marriage and the desire to fulfill sexual fantasies were
identified as the main predictors of marital infidelity, which was defined as a breach of
what was agreed between the members of the couple. Non-monogamous relationships,
which do not require exclusivity in a consensual way, are unfamiliar and considered
complex by the interviewees. It is concluded that the sexual exclusivity agreement is
implicitly assumed and rarely discussed by the spouses.
|
Page generated in 0.0516 seconds