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[en] THE ROYAL CELEBRATIONS IN RIO DE JANEIRO: (SECOND HALF OF THE EIGHTEENTH CENTURY) / [pt] AS FESTAS REAIS NO RIO DE JANEIRO: (SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII)ROBERTA MARTINELLI E BARBOSA 10 March 2017 (has links)
[pt] As festas reais ocorridas na cidade do Rio de janeiro na segunda metade do século XVIII, bem como as suas narrativas, constituem o tema desta tese. Sua primeira parte se propõe a pensar tais celebrações em suas conexões com outras manifestações festivas similares no espaço atlântico do império português no mesmo período cronológico, especialmente em cidades como Lisboa e Luanda. Seguindo essa perspectiva, o trabalho se propõe a relacionar as práticas festivas em homenagem ao rei lusitano ocorridas nessas diferentes localidades de modo não a ressaltar algum tipo de homogeneidade entre elas, mas sim a buscar os modos específicos pelos quais elas expressaram padrões e códigos comuns ao império português- não só nos próprios festejos, mas também nas narrações produzidas sobre eles, denominadas Relações de festas, por meio das quais se articulava certa memória acerca da monarquia e do império. Já a segunda parte da tese tenta refletir sobre o modo pelo qual tais padrões nos ajudam a entender três situações festivas na cidade colonial do Rio de Janeiro: as celebrações no ano de 1762 pelo nascimento do príncipe da Beira; as comemorações pelo casamento dos infantes D.João e Carlota Joaquina, em 1782; e as festas pelo nascimento do príncipe D. Antônio, em 1795. Pela tentativa de compreender a lógica de cada uma dessas práticas festivas, que identifique os sujeitos e grupos que dela tomaram parte, pretende-se pôr em evidência as dinâmicas das relações sociais do Rio de Janeiro do período, de modo a compreender como os diferentes grupos da cidade faziam da festa um espaço dramatizado de disputa e de afirmação de seu lugar dentro do Império Português. / [en] The royal celebrations held in the city of Rio de Janeiro in the second half of the eighteenth century, as much as their written narratives, are the theme of this thesis. The first part describes these events and their connections with similar festive manifestations in other cities of the Portuguese empire in the atlantic world during the same period, especially Lisbon and Luanda. These festive pratices in homage to the Portuguese king are analyzed not to stress some type of homogeneity among them, but rather to seek the specific ways they expressed patterns and codes common to the Portuguese empire expressed not only in the celebrations themselves, but also in the narratives produces about them, called the Relações de Festas, written to articulate a certain memory about the monarchy and Empire. In turn, the second part contains a reflection on the way in which these patterns help shed light on three festive situations in the colonial city of Rio de Janeiro: the celebrations in 1762 of the birth of the Príncipe da Beira (heir apparent to the throne); the commemorations of the marriage of king João VI and Carlota Joaquina in 1782; and the celebrations of the birth of Prince Antônio in 1795. By trying to undestand the logic of each of these festive pratices, identifying individuals and groups that took part in them, I highlight the dynamics of the social relations in Rio de Janeiro in the period, to indicate how the different groups dramatized the festivities and claimed their place within the Portuguese empire.
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[pt] ENREDADOS PELAS PÉROLAS: HISTÓRIAS CONECTADAS DE TRABALHADORES INDÍGENAS, EUROPEUS E AFRICANOS NO ATLÂNTICO DE PÉROLAS (1498-1650) / [es] ENREDADOS POR LAS PERLAS: HISTORIAS CONECTADAS DE TRABAJADORES INDÍGENAS, EUROPEOS Y AFRICANOS EN EL ATLÁNTICO DE LAS PERLAS (1498-1650) / [en] ENTANGLED BY PEARLS: CONNECTED STORIES OF INDIGENOUS, EUROPEAN AND AFRICAN WORKERS IN THE PEARL ATLANTIC (1498-1650)FIDEL ALFONSO RODRIGUEZ VELASQUEZ 15 September 2023 (has links)
[pt] Esta tese utiliza como fio condutor a história da extração, comércio e circulação de
pérolas no mundo atlântico. Interessa-se pelo trabalho e ação política de atores
singulares pertencentes a diversas populações indígenas, africanas e europeias
involucradas na exploração de pérolas americanas impulsionadas no sul do Caribe
pela monarquia hispânica. Em particular, analisa como, em meio às transformações
globais do uso da cultura material e sua indissociável relação com a história do
trabalho e dos trabalhadores durante os séculos XVI e XVII, os saberes e a ação
política dos povos indígenas e africanos contribuíram para moldar a exploração
desta joia marinha. A tese está dividida em duas partes, com três capítulos cada
uma. As partes foram denominadas como: (I) A cultura política e (II) O trabalho e
os trabalhadores. A primeira parte utiliza trajetórias de mulheres indígenas como
Isabel e Orocomay; funcionários ibéricos como Juan López de Archuleta; africanos
e afro-portugueses como Rodrigo e Domingo, para evidenciar a ação política e as
formas como esses atores e seus povos foram fundamentais para delinear a
crescente geografia atlântica da extração, circulação, comércio e fluxos de
trabalhadores que o negócio perlífero conectou. A segunda parte centra sua atenção
no trabalho e nos trabalhadores das pescas de pérolas, primeiro na ilha de Cubagua
e Rio Hacha, depois na ilha de Margarita e Cumana, analisando a coexistência de
diferentes regimes laborais e sistemas de trabalho, assim como os lugares de
procedência desses trabalhadores no Caribe, no Pacífico e na Costa Ocidental
africana. Essa segunda parte pensa também as transformações políticas e sociais,
assim como as conexões e os intercâmbios culturais entre a Península Ibérica, o sul
do Caribe e a Costa Ocidental africana. Neste marco transcultural e de conexões
globais, este trabalho estabelece um diálogo transversal com: (i) a história global
dos impérios ibéricos, (ii) a história global do trabalho, (iii) a historiografia das
pescas de pérolas do Novo Mundo e, finalmente, (iv) a historiografia das
populações indígenas e africanas. Desta forma, entende-se as experiências de
indígenas, africanos e europeus no atlântico das pérolas como uma janela analítica
para compreender as complexidades e os matizes das formas de relação intercultural
que caracterizaram não somente esta região, mas também o nascente mundo
moderno. Esta tese propõe uma nova interpretação do papel de indígenas e africanos
durante os séculos XVI e XVII no atlântico conectado pelas pérolas, mostrando
como em meio a cenários complexos marcados pela violência, esses atores com
suas agendas políticas próprias e seus conhecimentos da navegação e o mar, assim
como suas lutas pela liberdade, limitaram, potenciaram e transformaram o
desenvolvimento das pescas de pérolas. / [en] This thesis uses the history of the extraction, trade and circulation of pearls in the
Atlantic world as a guiding thread. It is interested in the work and political action
of singular actors belonging to diverse indigenous, African and European
populations involved in the exploitation of American pearls promoted in the
southern Caribbean by the Hispanic Monarchy. In particular, it analyzes how, in the
midst of global changes in the uses of material culture and its inseparable
relationship with the history of labor and workers during the sixteenth and
seventeenth centuries, the knowledge and political action of indigenous and African
peoples contributed to shape the exploitation of this marine jewel. The thesis has
been divided into two parts, with three chapters each. These parts have been named:
(I) Politics and (II) Labor and workers. The first part uses the trajectories of
indigenous women such as Isabel and Orocomay; Iberian officials such as Juan
López de Archuleta; Africans and Afro-Portuguese such as Rodrigo and Domingo,
to evidence the political action and the ways in which these actors and their peoples
were instrumental in delineating the growing Atlantic geography of extraction,
circulation, trade and labor flows that the pearling business connected. The second
part focuses on the work and workers in the pearl fisheries, first in Cubagua Island
and Río Hacha, then in Margarita Island and Cumana, analyzing the coexistence of
different labor regimes and the changes in the forms of coercion, recruitment
mechanisms and work systems, as well as the places of origin of these workers in
the Caribbean, the Pacific and the West African Coast. This second part also
considers the political and social transformations, as well as the connections and
cultural exchanges between the Iberian Peninsula, the southern Caribbean and the
West African coast. In this transcultural and global framework of connections, this
work establishes a transversal dialogue with: (i) the global history of the Iberian
empires, (ii) the global history of labor, (iii) the historiography of the pearl fisheries
of the New World and, finally, (iv) the historiography of the indigenous and African
populations. In this way, the experiences of Indians, Africans and Europeans in the
pearl Atlantic are understood as an analytical window to understand the
complexities and nuances of the forms of intercultural relations that characterized
not only this region, but also the nascent modern world. This thesis proposes a new
interpretation of the role of indigenous people and Africans during the sixteenth and
seventeenth centuries in the pearl-connected Atlantic, showing how in the midst of
complex scenarios marked by violence these actors with their own political agendas
and their knowledge of navigation and the sea, as well as their struggles for
freedom, limited, enhanced and transformed the development of pearl fisheries. / [es] Esta tesis utiliza como hilo conductor la historia de la extracción, el comercio y la
circulación de perlas en el mundo atlántico. Se interesa por el trabajo y la acción
política de actores singulares pertenecientes a diversas poblaciones indígenas,
africanas y europeas involucradas en la explotación de las perlas americanas
impulsadas en el sur del Caribe por la monarquía hispánica. En particular, analiza
cómo, en medio de los cambios globales de los usos de la cultura material y su
indisociable relación con la historia del trabajo y los trabajadores durante los siglos
XVI y XVII, los saberes y la acción política de los pueblos indígenas y africanos
contribuyeron a moldear la explotación de esta joya marina. La tesis ha sido divida
en dos partes, con tres capítulos cada una. Se han denominado a estas partes como:
(I) La cultura política y (II) El trabajo y los trabajadores. La primera parte utiliza
las trayectorias de mujeres indígenas como Isabel y Orocomay; funcionarios
ibéricos como Juan López de Archuleta; africanos y afroportugueses como Rodrigo
y Domingo, para evidenciar la acción política y las formas como estos actores y sus
pueblos fueron fundamentales para delinear la creciente geografía atlántica de la
extracción, circulación, comercio y flujos de trabajadores que el negocio perlífero
conectó. La segunda parte centra su atención en el trabajo y los trabajadores de las
pesquerías de perlas, primero en la isla de Cubagua y Río Hacha, después en la isla
de Margarita y Cumana, analizando la coexistencia de diferentes regímenes
laborales y los cambios en las formas de coerción, los mecanismos de reclutamiento
y los sistemas de trabajo, así como los lugares de procedencia de estos trabajadores
en el Caribe, el Pacífico y la Costa Occidental africana. Esta segunda parte piensa
también las transformaciones políticas y sociales, así como las conexiones y los
intercambios culturales entre la península ibérica, el sur del Caribe y la Costa
Occidental africana. En este marco transcultural y global de conexiones, este trabajo
establece un diálogo transversal con: (i) la historia global de los imperios ibéricos,
(ii) la historia global del trabajo, (iii) la historiografía de las pesquerías de perlas
del Nuevo Mundo y, finalmente, (iv) la historiografía de las poblaciones indígenas
y africanas. De esta forma, se entienden las experiencias de indígenas, africanos y
europeos en el Atlántico de las perlas como una ventana analítica para entender las
complejidades y los matices de las formas de relación intercultural que
caracterizaron no solo esta región, sino también al naciente mundo moderno. Esta
tesis propone una nueva interpretación del papel de indígenas y africanos durante
los siglos XVI y XVII en el Atlántico conectado por las perlas, mostrando cómo en
medio de escenarios complejos marcados por la violencia, estos actores con sus
agendas políticas propias y sus conocimientos para la navegación y el mar, así como
sus luchas por la libertad, limitaron, potenciaron y transformaron el desarrollo de
las pesquerías de perlas.
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