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[en] MEMORY MATTER(S): ASSEMBLING MEMORIALS IN POST-GENOCIDE RWANDA / [pt] MATERIALIDADES DA MEMÓRIA: MONTANDO MEMORIAIS NO PÓS-GENOCÍDIO DE RUANDAFERNANDA BARRETO ALVES 05 February 2019 (has links)
[pt] Trabalhando na transversalidade entre memória e memorialização, esta tese propõe um engajamento com a materialidade a fim de explorar a memória como uma fusão de corpos (humanos e não-humanos se misturando), lugares (configurações espaço-temporais frágeis e provisórias) e práticas (ações sempre permeadas por performances e traduções), formando assemblagens mnemônicas (Freeman; Nienass; Daniell, 2016) em Ruanda no pós-genocídio. Como a memorialização em Ruanda está profundamente permeada por um tipo particular de matéria - restos humanos -, adotamos um foco corpóreo, olhando para os enredamentos entre pessoas e coisas, considerando seu embaçamento. Indo além das práticas de representação, exploramos os movimentos de fricção entre uma ampla gama de entidades que se agrupam (e desmontam) em memoriais, enfatizando seu caráter imprevisível e sublinhando suas configurações espaço-temporais provisórias. Com este movimento, esperamos energizar a paisagem com outras possibilidades além da concepção da matéria e do lugar como passivo ou estável e em direção a uma transformação mais fluida encenada no encontro entre essas entidades materiais-semióticas. Explorando encontros afetivos entre corpos e lugares, argumentamos que é apenas nesse processo que os lugares memoriais são encenados. Trabalhando sob a rubrica do novo-materialismo, sugerimos uma bricolagem de abordagens, dando conta do político em uma sensibilidade mais cooperativa-experimental (Thrift, 2008) em relação à materialidade generativa. Tal esforço nos permite lembrar e esquecer com e por meio de outros corpos, reconhecendo a importância das coisas/matéria e lugares nas práticas de memorialização em Ruanda, e convidando a participar do chamado para um envolvimento teórico e metodológico com a experiência vivida em Relações Internacionais. Mais especificamente, esta dissertação se engaja com o movimento e o fluxo dos lugares e da matéria por meio de memoriais como locais de fricção e da circularidade do corpo morto. Buscando compreender diferentes modos de agrupamentos de memória, oferecemos duas assemblagens para explorar essas diferenças: memoriais nacionais cuidadosamente projetados (Kigali, Murambi e Bisesero) e um lugar de memória espontâneo – o Rio Nyabarongo. A pesquisa destes espaços heterogêneos construídos como locais de memória é baseada em trabalho de campo realizado em Ruanda em 2011 e 2014. / [en] Working within the transversality of memory and memorialization, this dissertation proposes an engagement with materiality in order to explore memory as a fusion of bodies (human and nonhuman intermingling), places (fragile and provisional spatiotemporal configurations), and practices (actions always embedded in performances and translations), forming mnemonic assemblages (Freeman; Nienass; Daniell, 2016) in post-genocide Rwanda. As memorialization in Rwanda is deeply embedded in a particular type of matter – human remains –, we adopt a corporeal focus, looking into the entanglements between persons and things considering their blurriness. Going beyond practices of representation, we explore the movements of friction between a wide range of entities assembling (and disassembling) in memorials, stressing its unpredictable character and underlining their provisional spatiotemporal configurations. With this move, we hope to energize the landscape with other beyond the conception of matter and place as passive or stable and towards a more fluid transformation enacted in the encounter between these material-semiotic entities. Exploring affective encounters between bodies and places, we argue that it is only in this co-becoming that memorial places are enacted. Working under the rubric of new materialism, we suggest a bricolage of approaches, accounting for the political in a more co-operative-cum-experimental sensibility (Thrift, 2008) towards generative matter. Such effort enables us to remember and forget with and through other bodies, acknowledging the importance of things/matter and places in memorialization practices in Rwanda, and inviting to join the call for a theoretical and methodological engagement with the lived experience in International Relations. More specifically, this dissertation engages with movement and flux of places and matter through memorials sites as places of friction and through the circularity of the dead body. Trying to grasp different modes of memory gatherings, we offer two assemblages to explore these differences: carefully designed national-level memorial sites (Kigali, Murambi, and Bisesero) and a spontaneous place of memory – Nyabarongo River. The research on these heterogeneous spaces assembled as places of memory is based on fieldwork conducted in Rwanda in 2011 and 2014.
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