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[en] INVESTIGATION OF SENSORY PROBLEMS IN AUTISTIC CHILDREN: RELATIONSHIP WITH THE SEVERITY OF THE DISORDER / [pt] INVESTIGAÇÃO DE PROBLEMAS SENSORIAIS EM CRIANÇAS AUTISTAS: RELAÇÕES COM O GRAU DE SEVERIDADE DO TRANSTORNOROBERTA COSTA CAMINHA 31 October 2016 (has links)
[pt] Setenta anos após as primeiras descrições de autismo, os prejuízos sensoriais parecem finalmente ganhar um espaço no cenário do transtorno. Hoje já parece haver um consenso de que esses problemas realmente existem e possivelmente estão por trás de muitos dos sintomas encontrados nos autistas. Pesquisas científicas sugerem que até 95 porcento de crianças autistas apresentam problemas sensoriais. Diante da inclusão de critérios sensoriais no próximo DSM-5, torna-se fundamental um número cada vez maior de estudos a fim de esclarecer melhor a especificidade desses problemas no autismo, seus mecanismos de ação, sua prevalência e sua relação com sintomas oficiais do transtorno (prejuízos de interação e comunicação social com padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades). Esse trabalho representa, portanto, um ponto de partida de estudos dessa natureza no Brasil. Seu objetivo foi investigar através do questionário Short Sensory Profile (SSP) os prejuízos sensoriais em uma amostra de 28 crianças autistas brasileiras e explorar a relação desses padrões sensoriais com o grau de severidade do transtorno, avaliado através do Childhood Autism Rating Scale, Second Edition (CARS2-ST). Apesar de questões metodológicas, os resultados foram consistentes com a literatura. A maioria das crianças autistas da pesquisa, 82,1 porcento apresentou algum grau de problema sensorial. No grupo de crianças com autismo severo, a incidência de problemas sensoriais foi de 94,4 porcento. Uma análise do perfil sensorial geral revelou que 85,7 porcento das crianças apresentaram dificuldades na categoria Auditory Filtering, 60,7 porcento na categoria Low Energy/Weak e 53,6 porcento na categoria Underresponsive/Seeks Sensation, sendo esta última a categoria que apresentou a maior correlação com o grau de severidade do autismo. Os resultados, assim como as limitações do estudo e orientações futuras são discutidos. / [en] Seventy years after the first descriptions of autism, sensory problems seem to finally have its place in the scenario of the disorder. There seems to be a consensus about the existence of these problems and their possible role behind many of the symptoms found in autism. Scientific research suggests that up to 95 percent of children with autism have sensory issues. Given the inclusion of a sensory criteria in the upcoming DSM-5, it becomes essential to have a growing number of studies to further clarify the specificity of these problems in autism, their mechanisms of action, its prevalence and its relationship with the official symptoms of the disorder (social communication and interaction impairments with restricted and repetitive patterns of behaviors, interests and activities). This work therefore represents a starting point for studies of this nature in Brazil. Its goal was to investigate, through the Short Sensory Profile (SSP), sensory problems in a sample of 28 Brazilian children with autism and explore the relationship of the sensory patterns with the severity of the disorder, measured by the Childhood Autism Rating Scale, Second Edition (CARS2-ST). Despite methodological issues, the results were consistent with the literature. Most of the children assessed, 82.1 percent had some degree of sensory impairment. In the group of children with severe autism, the incidence of sensory problems was 94.4 percent. A sensory profile analysis revealed that overall 85.7 percent of the children had difficulties in the Auditory Filtering category, 60.7 percent in the Low Energy / Weak category and 53.6 percent in the Underresponsive / Seeks Sensation, the latter being the only category that correlated the most with the severity of autism. The results, as well as the study s limitations and future directions are discussed.
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