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[en] DESTROYED OR TRANSFORMED: THE MOURNING OF THE ADULT CHILD FROM THE PERSPECTIVE OF MOTHERS / [pt] DESTRUÍDAS OU TRANSFORMADAS: O LUTO PELO FILHO ADULTO SOB A ÓTICA DAS MÃESANA MARIA RODRIGUES FRANQUEIRA 03 February 2017 (has links)
[pt] Embora perdas sejam esperadas no curso normal da vida das pessoas, o
entendimento é que o luto pode causar muito sofrimento, associado a severas
consequências para a saúde e o bem-estar das pessoas. A literatura sobre o luto aponta
que uma das perdas mais dolorosas e devastadoras é a perda de um filho, afetando a vida
emocional, conjugal, familiar e social. O processo de luto, necessário após perdas
significativas, deve ser compreendido de forma global, não atentando apenas aos seus
sintomas e reações, mas ao modo de enfrentamento de cada enlutado e aos significados
construídos por ele e que revelam os recursos utilizados para o enfrentamento da perda.
Esta pesquisa tem como objetivo investigar as características específicas do processo de
luto da perda de um filho adulto através da ótica das mães. Realizamos um estudo de
campo, entrevistando cinco mães enlutadas, com idades entre cinquenta e setenta e cinco
anos. O material discursivo coletado nas entrevistas foi analisado. Emergiram quatro
categorias de análise: 1) reações iniciais e sentimentos diante da morte do filho; 2)
estratégias de enfrentamento e elaboração do luto; 3) continuidade do vínculo com o
filho morto e 4) relacionamento conjugal/parental. Constatamos que a religiosidade, o
suporte da rede de apoio e a continuidade do vínculo com o filho morto são poderosos
recursos de enfrentamento da perda. Além disso, os dados extraídos dos relatos das mães
indicaram que cada uma delas impõe a sua marca ao seu processo de luto, marca que
deriva da relação particular com o filho morto, da idade da mãe ao perder o filho, das
perdas anteriores, do contexto familiar e do apoio recebido. Os resultados desse estudo
apontam para a necessidade de educação para a morte e para o luto em nossa sociedade, e
para a importância da preparação de profissionais de saúde que trabalham com enlutados
nos mais diversos âmbitos. Assim, contribuímos para reduzir o estigma que circunda esse
tema, promovendo a resiliência como ferramenta importante. / [en] Although losses are expected to occur in the normal course of people s lives, the
understanding is that grief can cause a lot of suffering, associated with severe
consequences for the health and well being of people. The literature on grief indicates that
one of the most painful and devastating losses is the loss of a child, affecting the
emotional life, marriage, family and social relationships. Although necessary after
significant losses, the grieving process should be understood as a whole. Attention should
be paid not only to symptoms and reactions, but also to the individual way of each
mourner to cope with it and to the meanings constructed by him or her, which will reveal
the resources used to face the loss. The objective of this research was to investigate the
specific features of the process of mourning the loss of an adult child through the lenses
of mothers. We conducted a field study by interviewing five bereaved mothers, aged
between fifty and seventy-five years old. The written material collected from the
interviews was analyzed. There were four categories of analysis: 1) initial reactions and
feelings about the death of the child; 2) coping strategies and elaboration of mourning;
3) maintenance the bond with the dead child and 4) marital/ parenting relationship. We
found that religiosity, network support, and maintenance of the bond with the dead child
are powerful resources for coping with loss. Furthermore, the data extracted from the
reports indicated that each mother imposes her personal mark on the grieving process, the
mark that derives from her particular relationship with the dead child, her age at the time
of the child s death, her previous losses, the family context and the support received. This
study contributes to assert the need for education for death and grief in our society and
help in the preparation of health professionals who work with bereaved people in various
contexts. Thus contribute to reduce the stigma that surrounds this theme by promoting
resilience as an important tool.
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