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[en] CENTRAL NERVOUS SYSTEM RESPONSE TO SATIETY HORMONES: A STUDY OF MAGNETIC RESONANCE IMAGING / [pt] RESPOSTA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL A HORMÔNIOS DE SACIEDADE: UM ESTUDO DE IMAGENS DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICAANDRE SENA MACHADO 05 September 2022 (has links)
[pt] O agonista do receptor do peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1),
melhora o controle glicêmico, reduz o apetite e o peso corporal, sendo usado para
o tratamento de diabetes tipo 2 (DM2). Também se mostrou associado a alterações
nas respostas cerebrais, relacionadas a estímulos alimentares. Entretanto, seus
efeitos na conectividade funcional intrínseca do cérebro não são conhecidos. Com
objetivo de melhor entender o papel do GLP-1 na conectividade intrínseca do
cérebro em pacientes DM2, dados de ressonância magnética funcional (RMf) de
redes do estado de repouso relevantes para o comportamento alimentar foram
analisados em dois estudos. Em ambos, todas as imagens foram adquiridas após um
jejum noturno (8-12 horas). O estudo 1 teve como meta investigar o efeito agudo
do bloqueio de GLP-1 na conectividade funcional. Foram adquiridas imagens de
RMf durante o estado de repouso, em dois dias separados, de 20 pacientes DM2
sem complicações e 20 controles saudáveis, primeiro sob infusão de solução salina
e, posteriormente, sob a infusão de antagonista do receptor de GLP-1. Já o estudo
2 teve como objetivo investigar, em pacientes DM2, se haveria diferenças na
conectividade intrínseca, quando comparados os tratamentos com agonista do GLP1 liraglutida e com insulina glargina. Os mesmos pacientes DM2, participantes do
estudo 1, foram tratados, em ordem aleatória, por 12 semanas com liraglutida e por
12 semanas com insulina glargina. Os dados de RMf em estado de repouso foram
coletados antes do início do tratamento, após 10 dias e após 12 semanas. As análises
de neuroimagem foram corrigidas para múltiplas comparações com o Family-wise
error, as correlações foram feitas com coeficiente de correlação de Pearson. Os
resultados do estudo 1 mostraram que, durante a infusão da solução salina,
pacientes DM2 apresentaram maior conectividade comparados a controles na ínsula
esquerda e opérculo, relacionada à maior perda de peso, mediada pelo agonista de
GLP-1 após 10 dias e 12 semanas. Além disso, a conectividade foi maior em
pacientes DM2 versus controles no polo frontal, córtex frontal medial, no giro
cingulado anterior e no giro paracingulado, a qual se correlacionou com menor
perda de peso, mediada por agonista de GLP-1, após 10 dias (todos P(FWE) menor que 0,05).
Não houve efeito da infusão do antagonista do receptor de GLP-1 ou do tratamento
com agonista de GLP-1, na conectividade (todos P(FWE) maior que 0,05). Em conclusão, a
conectividade basal em estado de repouso mostrou estar relacionada à mudança de
peso, mediada pelo agonista do GLP-1, com maior conectividade frontal
correlacionando com menos perda de peso durante o tratamento com agonista do
GLP-1, enquanto maior conectividade na ínsula esquerda, correlacionou com maior
perda de peso, mediada pelo GLP-1, indicando relação entre a conectividade
intrínseca dessas redes e o efeito de perda de peso do tratamento com GLP-1. / [en] The glucagon-like peptide 1 (GLP-1) receptor agonist is used for the
treatment of type 2 diabetes (DM2) as it improves glycemic control, reduces
appetite and body weight. It is also related to altered brain responses to food stimuli,
but its effects on intrinsic brain connectivity are unknown. With the goal of better
understanding GLP-1 s role in the intrinsic brain connectivity of DM2 patients,
functional resonance imaging (fMRI) data of resting-state networks relevant for
eating behavior was analyzed in two studies. In both, all images were acquired after
an overnight fast (8-12 hours). Study 1 aimed to investigate the acute effect of GLP1 blockade on functional connectivity. On two separate days, fMRI data was
acquired from 20 DM2 patients and 20 healthy controls, first under saline infusion
and thereafter under GLP-1 antagonist infusion. Study 2 aimed to investigate, in
DM2 patients, if there were any between treatment differences in intrinsic
connectivity when comparing GLP-1 receptor agonist liraglutide with insulin
glargine. The same DM2 participants in study 1 were thus treated in random order
for 12 weeks with liraglutide and insulin glargine, fMRI data was collected at the
start of treatment, after 10 days and after 12 weeks. Study 1 results showed that,
during saline infusion, DM2 patients had greater connectivity compared to controls
in the left insula and operculum, which related to greater GLP-1 mediated weightloss after 10 days and 12 weeks. Also, connectivity was greater in DM2 patients
versus controls in the frontal pole, frontal medial cortex, anterior cingulate and
paracingulate giry, which related to less GLP-1 mediated weight-loss after 10 days
(all P(FWE) less than 0.05). There was no effect on connectivity for GLP-1 antagonist, and no
long-term differences between treatments (all P(FWE) less than 0.05). In conclusion, baseline
resting-state connectivity was shown to be related to GLP-1 mediated weightchange, with greater frontal connectivity relating to less weight loss during GLP-1
treatment, while higher left insula connectivity correlated to greater weight loss during GLP-1 treatment, indicating a relationship between baseline intrinsic
connectivity in these regions and weight loss during GLP-1 treatment.
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