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[en] POPULAR HEALTH SURVEILLANCE: A SPATIAL PRACTICE FOR HUMAN EMANCIPATION / [pt] VIGILÂNCIA POPULAR EM SAÚDE: UMA PRÁTICA ESPACIAL PARA EMANCIPAÇÃO HUMANA

FELIPE BAGATOLI SILVEIRA ARJONA 27 January 2022 (has links)
[pt] A presente tese nasce de uma contestação às concepções hegemônicas na ciência e no senso comum sobre o pensar a saúde humana, problematizando a sua influência nas práticas de saúde pública e na organização popular para proteção da vida, apontando para uma alternativa à Vigilância em Saúde como uma ação da biopolítica do Estado para controle e padronização de corpos: a Vigilância Popular em Saúde, uma prática espacial para emancipação humana, um devir no qual grupos subalternos apropriam-se de mecanismos de biopoder para soberania sobre seus corpos. A orientação metodológica está pautada no materialismo histórico-dialético na compreensão do real em movimento e seu desenvolvimento teórico-crítico indicando que: a) A Vigilância em Saúde é um instrumento de biopoder para manutenção da hegemonia social e tem seu escopo de atuação limitada, impossibilitando a solução para crises sanitárias e sociais que precarizam vidas humanas de forma desigual. b) As experiências analisadas são estratégias contra-hegemônica através de práticas espaciais de atores sociais em distintas realidades brasileiras, que associaram conhecimentos científicos com os diversos saberes populares na construção de ações para enfrentamento aos processos de adoecimento humano. c) Uma trajetória teórica e prática foi construída através da relação sociedade e natureza, na historicidade da condição física do corpo e na determinação socioespacial da saúde, para então vislumbrar a realização de práticas espaciais emancipatórias da Vigilância Popular em Saúde. Esta tese é uma análise sobre uma alternativa ao Estado moderno, é uma reflexão sobre as práticas espaciais para emancipação humana, uma contribuição ao debate teórico e a ação de grupos subalternos na busca pela transição para uma sociedade pautada na justiça social. / [en] This thesis is born from a challenge to the hegemonic conceptions in science and common sense about thinking about human health, problematizing its influence on public health practices and popular organization for the protection of life, pointing to an alternative to Health Surveillance as an action of State biopolitics for the control and standardization of bodies: the Popular Health Surveillance, a spatial practice for human emancipation, a becoming in which subaltern groups appropriate biopower mechanisms for sovereignty over their bodies. The methodological orientation is based on the historical-dialectical materialism in the understanding of the real in movement and its theoretical-critical development indicating that: a) Health Surveillance is an instrument of biopower for the maintenance of social hegemony and has its scope of action limited, making it impossible to solve health and social crises that make human lives precarious in an unequal way. b) The analyzed experiences are counter-hegemonic strategies through spatial practices of social actors in different Brazilian realities, which associated scientific knowledge with the various popular knowledge in the construction of actions to confront the processes of human illness. c) A theoretical and practical trajectory was built through the relationship between society and nature, in the historicity of the physical condition of the body and the socio-spatial determination of health, to then glimpse the realization of emancipatory spatial practices of Popular Health Surveillance. This thesis is an analysis of an alternative to the modern state, a reflection on spatial practices for human emancipation, a contribution to the theoretical debate and the action of subaltern groups in the search for the transition to a society based on social justice.

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