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Fatores predisponentes ao comportamento violento em portadores da síndrome da dependência alcóolica atendidos em um centro de referência em dependência químicaSANTOS, Camila Cordeiro dos 31 January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / FACEPE / Pesquisas sobre o uso do álcool e comportamento violento vêm sendo alvo de intensas investigações, contudo, ainda permanece complexo inferir o uso do álcool como causa direcional à violência. Estudos apontam que há vários fatores de risco que podem estar associados à expressão do comportamento violento nesta população. A presente pesquisa se configurou em um estudo transversal. O mesmo objetivou estimar a prevalência e os fatores associados à violência intrafamiliar em portadores da Síndrome da dependência alcóolica (SDA) atendidos no Núcleo de dependência química (NEDEQ) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC- UFPE) que buscaram atendimento no período de janeiro a outubro de 2012. Foram entrevistados 95 pacientes, entre eles homens (N=64) e mulheres (N=31). Para o levantamento de dados, foram utilizados um questionário sócio-demográfico, dois instrumentos de rastreio para o consumo de álcool, o Cut down Annoyed Guilty Eye-opener Questionnaire (CAGE), o The Alcohol Use Disorders Identification Test- AUDIT e uma escala para aferir o tipo e a gravidade da violência expressa pelos pacientes, a Escala Tática de Conflitos (CTS2). Para verificar a associação entre as variáveis foram utilizados os testes de Qui-quadrado e exato Fisher. Os resultados apontaram prevalência de uso nocivo de álcool em 3% dos homens e dependência em 97% e 100% das mulheres. Houve prevalência da violência psicológica tanto nos homens (90%) quanto nas mulheres (100%), seguida da violência física encontrada em 84% das mulheres e 80% dos homens. Associações estatisticamente significativas entre o consumo de álcool e violência foram observadas em pacientes com história familiar de uso de álcool (90%), abuso psicológico (87%) e físico na infância (81%), terem presenciado violência motivada pelo álcool na infância (100%) e uso de múltiplas substâncias psicoativas (81%). Outros fatores relacionados estatisticamente significantes foram o nível de escolaridade e ocupação. Os agressores entrevistados não estabeleceram uma relação causal entre álcool e violência. Entretanto, relataram que a violência exercida contra o parceiro era mais grave quando o mesmo se encontrava sob efeito do álcool. Os dados obtidos neste estudo corroboram com pesquisas que apontam que o uso de álcool e drogas e a presença de violência anterior nas famílias de origem podem ser apontados como fatores de risco para a perpetuação da violência intrafamiliar. Destacamos a importância da construção de políticas publicas com o objetivo de prevenção e intervenção junto a esta população.
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